::sexta-feira, julho 30, 2004

Rápidas

Arroz
Do inglês 'rice'.
Damien Rice.
Um novo valor, uma nova promessa, da cena musical irlandesa, que está (aparentemente) a dar cartas com o seu album de estreia, "O".
'Singer&song writer', 'troubadour', etc...
Um pouco 'soft' demais, talvez, mas nada mau, o rapaz.
Hoje voltou à rubrica "XFM" da Radar (97.8), que nos apresenta os albuns\músicas em destaque na rádio londrina "XFM", com o tema "Cannonball".
Aqui te deixo o link para a letra, para poderes acompanhar a música, caso a apanhes na estação da tua preferência: http://www.damienrice.com/lyrics.html#4.
Bonita, não?

Verão
Há-de nos valer, assim como as férias que implicitamente o acompanham, para recuperarmos das "consequências" das nossas decisões. Ou, à falta delas, das nossas indecisões.
Porque a apatia, em certas situações, também tem a sua utilidade e pode ajudar a resolver impasses, ao deixar que eles se resolvam por si.
Melhor dizendo, por terceiros, pelas circunstâncias.
Venha o tempo. Venha a distância.

Férias
Para a semana voltam as minhas.
Parte delas pelo menos.

Vou com a Leila e 10 lobitos da Alcateia ali para os lados de Peniche, participar no XXII Acampamento Regional da Região de Lisboa, de Sábado 31 de Julho, a Sábado 7 de Agosto.
Só a nível da 1ª Secção seremos 300 e tal, entre lobitos e animadores.
Vai valer a pena, com certeza, vai ser "muita louco", mas... confesso que não estou com grande vontade. Cenas.
Enfim... a man's gotta do what a man's gotta do, certo?

Eh... "Férias", boa piada. (hum... dejá vu...)

Pausa
Forçada.
No blog.
A não ser que descubra lá para o meio do pinhal um ponto de acesso à internet que me permita continuar a "blogar" durante a próxima semana. Seria engraçado, fazer o diário de campo aqui. Mas, não sei porquê, tenho as minhas dúvidas que venha a acontecer.

Regresso o mais tardar na 2ª feira, dia 9.
Espero que ainda estejas por cá.

Tu
Lembra-te que é pelo pelo que és, pelo que fazes, que os outros te avaliam.
Não são as tuas posses nem as pessoas\coisas às quais te associas que fazem com que gostem mais ou menos de ti. Ou não deviam ser.
Não confundas "convivência obrigatória" com "gosto pela tua companhia".
Nem "diplomacia" com "amizade".

O nosso 1º

Não vem a propósito de nada, mas... ainda se me continua a escapar um ligeiro sorriso de gozo de cada vez que vejo a foto deste senhor legendada com "1º Ministro de Portugal".

::quinta-feira, julho 29, 2004

Cansasso

Muinto. Tremendo.
Não só fizico mas tamãe picicológico.
Expcialmente picológico.
É no que dam estas andanssas da furmassão.
Uma cemana em pé, a falar pelos cutuvêlos de coisas que muintas vêses não intreçam nem ao menino jezus... fico de rastos.
Então quando são cursos nóvos que nunca dei e que me-obrigam a estudar a fundo a lissão, a prepararia melhor de véspera, ui! É do piore. Comó desta cemana.

Chego a esta altura, ao fim do curso, que já não maguento nas pernas, carcumidas questão pela má circulassão, e com a cabessa complétamente feita em àgua do cansasso acumulado das cemanas antriores, do strésse das aulas em si, daquela ãciedade de nunca saber quando algum dos formandos se vai sair com a duvida fatal, ou quando os ezercicios vão correr mal... fico de rastos.
Não sei o que digo nem o que fasso: troco os bês pelos vês, gagueijo, perco o fio à meada, repito-me, engasgo-me, repito-me... fico de rastos.

Ele é java, é uebxfir, é àpêís de content manager, são cervletes, e jotaéssepês... Enterpráise java bins! Só coisas interçantes, como vês!
E depois... é só homens! Ou quase só.
Com sorte lá há um ou outro curso em que tenho no meio dos 8 ou 10 , com o devido respeito, uma ou outra moça para alegrar o dia. Sempre dão outro colorido à coisa. Não muito, porquenfim, mas dão.

No outro dia fiz as contas: este ano hadem ir para douze as semanas nesta vida.
Ora se não me falhem as contas, 12 semanas para 12 mezes, dá cerca de 1 semana e qualquer coisa por mês! O que é quase um quarto de cada mês! Um quarto do ano, portanto, mais coisa menos coisa. Um quarto do ano a dar formassão. Ou mais! se descontar o mês de férias. Eh... "Mês"... boa piada. "Férias"... outra boa piada.

Enfim... olha, fico de rastos.
Nem vontade para blogar tenho!

Faz hoje anos...

...a Paulinha, que anda a passear por Itália, a sortuda.

Buon compleanno, amica! Tanti auguri!

E tu vê lá se não te esqueces de lhe telefonar.
;o)

::quarta-feira, julho 28, 2004

Complicado

Muito complicado, eu sei, quando as coisas sobre as quais se querem escrever são... impróprias para consumo, digamos assim. Consumo público, pelo menos.

É um equilibrio difícil de conseguir, de facto.
Por um lado, queres abrir a alma, desabafar, deitar cá para fora tudo o que pede para sair, mas, por outro, sabes que tens de conter esse impulso, que tens de fazer uma auto-censura às tuas próprias ideias. Aos teus sentimentos.

Escreves, apagas, desistes, tentas de novo. E desistes outra vez.
Mas acabas por voltar, porque alguma coisa tem de ser dita. Escrita.
Algo que, por muito pouco que seja, consiga aplacar esse "fervilhar" interno, essa pressão que teima em não diminuir, e que ameaça fazer-te ruír.

É difícil, sim. Mas não impossível.
Não há impossíveis, não sabes? Se não sabes, se não sabias, fica então a saber.
Pode ser que qualquer dia te conte como eu o descobri...

Tenta outra vez, vá. E outra vez, se for preciso. E outra vez.
Vais ver que, quando deres por ti, já conseguiste.
Vês?

::segunda-feira, julho 26, 2004

Menino!

Eu compreendo que te seja complicado ter de ir para a àgua nesta figura, tendo em conta que as miúdas te vão estar a controlar e tal...



... mas daí a seres mal educado... vamos com calma, ok?


::domingo, julho 25, 2004

O Fogo

Voltou.
Como em todos os Verões passados.
Pontual como sempre, sem nunca faltar ao compromisso.
E sem nunca anunciar de antemão o ponto de encontro.

Quando se junta ao seu companheiro predileto - o vento - quando galgam juntos por matas e montes inacessíveis, todos os meios do mundo parecem insuficientes.

Hoje ataca(m) mais um dos 'nossos' locais favoritos: a Serra da Arrábida.
Como se não lhe bastasse já aquela chaga a céu aberto...

E Monchique. E Santarém. E...

Volta também com ele o desespero e a angústia de todos quantos se vêem por ele ameaçados.

E volta o esforço sobre-humano de quantos lhe fazem frente.
Voltam os verdadeiros heróis às primeiras páginas dos jornais, às notícias de abertura dos noticiários.

Heróis que havemos de voltar a esquecer, cujos nomes permanecerão no anonimato e cujos 'contratos' continuarão na mesma.
Mas que hão-de cá estar para a próxima.
Se Deus quiser.

::sábado, julho 24, 2004

Contabilidade II

E a tarde reservou:

3 unidades em 5;
5 dirigentes em 14;
5 animadores (dirigentes+caminheiros) em 25;

O que, feitas as contas, dá:

Menos uma unidade;
Menos 3 dirigentes;
Menos 7 animadores;

Dos que foram de manhã só 4 ficaram para a tarde.
Dos que não foram de manhã só uma apareceu à tarde.

E assim se realizou mais uma actividade dos famosos "os mesmos".
Obrigado e voltem sempre.

Contabilidade I

4 unidades em 5;
8 dirigentes em 14;
12 animadores (dirigentes+caminheiros) em 25;

São estas as contas da 1ª parte (manhã) da "Operação Arrumação&Limpeza da Sede", agendada para o dia de hoje (dia todo, entenda-se), destinada apenas aos animadores do 626.

Uma espécie de "limpeza de Verão" antes de zarparmos todos para férias.
Os nºs são, mais uma vez, elucidativos.
Vejamos o que a tarde nos reserva...

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::sexta-feira, julho 23, 2004

Aproveitando...

...que não me sinto em grande forma para escrever qualquer coisa de jeito;
...que sempre fui de ficar calado quando não tenho nada a dizer;
...o 'exemplo' da Carlota, que colocou no seu blog um poema de Neruda;
...as palavras de Luis Fernando Veríssimo, que me enviaste em tempos, e que são uma constante fonte de inspiração...

...aqui ficam as mesmas:

"QUASE

Ainda pior que a convicção do não, a incerteza do talvez é a desilusão de um 'quase'. É o 'quase' que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no Outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.

Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que a fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planeando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu! "

(era para colocar algumas passagens a bold, as minhas favoritas, mas acabei por achar preferível que sejas tu a fazê-lo às tuas)

...3

::quinta-feira, julho 22, 2004

Anónimo

Mas porquê 'anonymous'?
Porque não assinar o comentário?
No sistema de comentários anterior, com aquela complicação de uma pessoa ter de se registar, etc, ainda se percebia, embora mesmo nessa situação bastasse acrescentar o nome no final do próprio texto.
Mas com o novo, onde basta indicar o nome, uma inicial, qualquer coisa, no campo disponibilizado para o efeito... não percebo!

Tens 'medo' de quê?
De assumir as tuas opiniões, as tuas 'bocas'?
De que alguém saiba que também por cá andas?

Será apenas 'preguicite aguda'?
Ou ainda estás a jogar?

Porquê, afinal?

::quarta-feira, julho 21, 2004

Oporto

Voltei lá hoje, com um parceiro (de negócio, ok?) para fazer a apresentação de uma solução de Business Intelligence (pomposo, hein?) a um potencial cliente.

Saí de Lisboa às 8h, e cheguei pelas 20h. A Lisboa, claro. Ao Porto cheguei pelas 10h30. Ou seja, foi mais uma visita de médico à 'Nação do Norte'.
Já é a 3ª ou 4ª, sempre nestes moldes. Chegar, reunir\apresentar, voltar.
Um autêntico 'Vini, vidi, vici', se as coisas correrem bem.

Mas estas "rapidinhas" têm servido para me despertar a curiosidade e aguçar o apetite. Mais do que já estavam, isto é, por tudo o que tenho ouvido dizer do Porto a quem o conhece melhor que eu (o que não é difícil).
A vista da ponte da Arrábida, então... bery nice.

Tenho de tratar de reservar um dia ou dois para lá ir conhecer os Clérigos, a Ribeira, e até mesmo o antro do Dragão.
Queres vir comigo?

Boas notícias

Portugal mais verde
Segundo dados da Sociedade Ponto Verde divulgados na passada 2ª feira, o primeiro semestre deste ano registou um aumento de 33,4% na quantidade de lixo recolhida e encaminhada para reciclagem, face ao mesmo período do ano passado.

Aparentemente, e segundo a notícia, ao efectuarmos a separação das embalagens em nossas casas, eu e tu demos um contributo significativo para este aumento. Creio que estamos de parabéns!

De registar ainda a ultrapassagem do vidro pelo papel&cartão como material mais recolhido. As árvores agradecem, por certo.

Hugo Viana de volta ao Sporting
Ainda que se trate apenas de um empréstimo por uma época, dada a qualidade (comprovada) do jogador e o facto de ser um "filho da casa", esta é obviamente uma muito boa notícia para qualquer 'Lagarto'.
Especialmente tendo em conta os rumores que o davam como reforço no Benfica ou, pior ainda, no Porto!

38
Não só não são menos como 'prometido', como acabam por ser mais do que as existentes anteriormente. Refiro-me às secretarias de Estado do XVI Governo Constitucional.
Deve ser, provavelmente, para acompanhar o aumento do nº de ministérios. Tem a sua lógica.
Acaba por ser uma boa notícia se tivermos em conta que é um sinal de que, pelo menos em certos aspectos da governação, a estabilidade pela qual tantos temiam está garantida. Pois ficamos com a certeza de que continuam (e continuarão) a haver algumas coisas que não mudam mesmo. Certo?

(Já para não falar das surpresas de uns, das 'ligações perigosas' de outros, e do 'tira-daqui-coloca-ali' de outras)

Invisibilidade (II)

Não funciona.
Ou melhor, funcionar até funciona, mas nem sempre.
E mesmo quando funciona pode provocar sérios problemas.

Já em 1897, em "O homem invisível", H.G.Wells ("Guerra dos Mundos", "A máquina do tempo", "A ilha do Dr.Moreau") nos descrevia os seus efeitos destruidores sobre a mente humana, ao contar-nos a história de um jovem cientista que decide servir de cobaia às suas próprias experiências sobre o tema.

No que respeita ao artigo que aqui te deixei na passada 6ª, e aos dois princípios sobre os quais assentarão as técnicas nele referidas, devo dizer-te que é com o 1º que te deves preocupar: O princípio da impresença.
Este é, sem dúvida, o mais poderoso, o mais eficaz, mas também o mais perigoso. Pois ao mesmo tempo que te torna invisível perante os outros, estará também a contribuir para que te tornes, de certa forma, inexistente. Até mesmo, a longo prazo, para aqueles que se preocupam contigo, e que te querem bem.
Percebo que por vezes tenhas a necessidade de "não estar". Mas tem cuidado. Não desapareças. É mais fácil do que possas pensar.

Já o 2º princípio é mais inofensivo.
O tal que te permite tornar outros invisíveis.
Poderá, no limite, dar-te ares de estrábico e\ou de mal-educado, talvez.
Mas não mais que isso. E a sua eficácia, diga-se em abono da verdade, é quase nula.
Porque como já deves ter ouvido dizer, ou mais provavelmente, lido num daqueles mails que passas a vida a receber sobre os amigos, o amor, e outras "lamechices" afins, só se vê verdadeiramente com o coração.

Se tiveres em conta que geralmente só queremos tornar invisível alguém que vive no nosso coração - por via de qualquer uma das duas emoções opostas, e ao mesmo tempo tão próximas, que dele emanam - facilmente perceberás o porquê da ineficácia da "esterovisão".

Porque para o coração, para o amor e para o ódio, não há invisibilidades, não há técnicas que se possam aplicar.

::terça-feira, julho 20, 2004

Ainda o Shreck2

Esqueci-me de vos dizer para não saírem da sala antes do filme terminar, pois está reservada uma pequena surpresa para o "final", após a apresentação dos actores.

Acaba por ser, no fundo, mais um ensinamento:

"It's not over, till it's over".

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Shreck2

Fui ver ontem.
Está muito bom. Recomenda-se.
Não terá, talvez, a força do primeiro, mas os ingredientes continuam todos lá.

É uma excelente forma de reencontrar (embora, por vezes, algo adulterados) muitos dos elementos que deram cor e alegria à nossa infância.

Uma excelente oportunidade também, para relembrar as diversas "morais da história" que estão na base de todos os contos de fadas, e que nos são transmitidas por entre (e por via de) toda aquela animação\confusão.

Eu retive\relembrei muitas coisas, entre as quais as seguintes:

- Toda a Princesa quer viver um conto de fadas e encontrar o seu Principe Encantado;
- Mas nem todas percebem, contudo, que o "encanto" pode existir sob as mais diversas formas, e não apenas das mais óbvias;
- As que o percebem serão, eventualmente, mais felizes;
- Porque nem sempre o que projectamos para o exterior corresponde àquilo que realmente somos (é a tal coisa da verdadeira beleza ser a interior, suponho);

- Não se pode agradar a... Principes e Ogres (?);
- Tudo o que fazemos são acções para as quais haverão sempre reacções. Positivas e negativas, esperadas e inesperadas;

- Também as Princesas podem ser "mal-educadas";
- E até mesmo um sapo pode "viver feliz para sempre";

E no fim de todo este tempo continuo sem conhecer o conto d'"Os 3 ratinhos cegos"!

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::segunda-feira, julho 19, 2004

Texugo

Foi a minha Patrulha durante os dois anos que estive nos Exploradores (júniores, na altura), há muito, muito tempo atrás. Foram, sem dúvida, e como para a maioria daqueles que tiveram a sorte de entrar tão cedo, (d)os melhores anos da minha vida escutista.

É também a alcunha com que eu "pico" a Amiga que, apesar de também já andar nestas andanças do escutismo há algum tempo, só tenho vindo a descobrir nos últimos 2 anos. Tem sido um verdadeiro prazer e um previlégio único. Obrigado por teres "aparecido".

Como no início, também agora no "fim", o Texugo a marcar de forma muito positiva a minha vida de escuteiro (e não só). :)

E tu, sim tu, faz favor de não te sentires desprezado/a, só porque não me refiro também a ti de uma forma mais directa e/ou explícita, tá bem?
Sabes bem o lugar que ocupas cá dentro.
E se não sabes... bem, lá terei que trabalhar mais nisso, não é?

Porquê?

Ora, "porquê?".

Nunca sentiste necessidade de mudar qualquer coisa em ti, na tua vida?
Para simplesmente quebrar a rotina, a monotonia, ou para te sentires alguém diferente, alguém "novo"?
Para simplesmente seguires as novas tendências, ou para tentares obter um outro ânimo para quebrar com o ontem e/ou enfrentar o amanhã?

Ás vezes é o suficiente, uma mudança de visual.
Até porque tudo o resto, todo o contexto onde te inseres, e onde funcionas é mais complicado de mudar. Embora não impossível, claro. Longe disso.

E se fores menina então, tens a tarefa bastante facilitada.
Em relação ao visual, isto é.
Cabelos mais curtos, encaracolados, esticados, de outra(s) cor(es); unhas (todas as 20!); maquilhagem; vestidos, fatos, saias, calças, sapatos, sandálias; brincos assim, colares assado, pulseiras cozido... eu sei lá! Mil e uma alternativas.

Para nós meninos, a coisa é um pouco mais complicada. Estamos muito mais limitados. Mesmo tendo em conta que, hoje em dia, desde que o contexto o "permita" e que não se dê importâcia às diferentes conotações, qualquer menino também tem, na realidade, todas aquelas opções.

Mas falando apenas por mim, as minhas opções não eram assim tão variadas. Eram as normais, chamemos-lhes assim.
E mais não fiz que optar por uma delas.
Escalrecido/a?

::domingo, julho 18, 2004

No quintal

Porque me apeteceu.
Porque já estava "mais para lá do que para cá".
Porque me lembrava do ano passado.
Porque quis voltar a "acampar".
Porque estava equipado com "colchonete" e dois bons sacos-cama.
Porque a casa estava sobrelotada.
Porque mesmo estando noutra divisão era possível que ouvisse o Edy a ressonar.
Porque o resultado da combinação do alcool, das bifanas, e da mousse de chocolate poderiam ter efeitos nefastos num ambiente fechado.
Porque gosto de dormir sob as estrelas, mesmo quando elas estão tapadas pelas nuvens.
Porque pude.
Porque não tenho de o fazer todos os dias.
Porque sim.
Porque não?

Relax

É esse o tema principal do já tradicional evento que reúne animadores e "antigos animadores" do 626 em casa do Carlos Moreira (no Picão, ali para os lados da Malveira), no fim do nosso ano escutista.

Pretende ser, e é de facto, uma "actividade" de descompressão e de entrosamento para todos aqueles que ao longo do ano (ou em anos anteriores) andaram preocupados e atarefados com estas coisas do escutismo, e da formação\animação dos jovens do agrupamento.

É um momento, no extremo, no qual não se quer ouvir falar do "trabalho", e durante o qual quaisquer preocupações sobre o mesmo são suspensas e temporariamente esquecidas.

Trata-se essecialmente de uma sardinhada, uma patuscada levada a cabo durante o Sábado à tarde, que por vezes se inicia na 6ª feira anterior (à noite), e que invariavelmente se prolonga até Domingo para os verdadeiros "aficionados".

Quis-me parecer, apesar de só ter chegado no Sábado à noite, que este ano a participação (a "aderência", como dizem alguns) foi bastante elevada, pese embora a ausência de alguns habitués.

Também o nº de resistentes me pareceu maior este ano. 15 ao todo, se não me falham as contas, distribuídos pelas 3 camas, 1 sofá e chão da casa. E no quintal, por baixo da varanda: eu.

Ambos os factos (a adesão e a resistência) me parecem indiciar um saudável espírito de grupo, que tão necessário é quando se anda nestas lides.

Teremos os nossos cometas e os nossos planetas mais periféricos, é verdade, bem como, infelizmente, as nossas tempestades solares, mas acho que, no fundo, nos mantemos um sistema bastante harmonioso e coeso. Estes momentos ajudam a que assim seja.

Os resistentes deste ano devem andar por esta altura na Feira Medieval, em Óbidos, a fazer por aproveitar ao máximo os últimos momentos de mais um fim-de-semana muito bem passado "em família".

E por esta altura, e tal como em qualquer família, também já há-de estar a funcionar a máquina de "boatos e má-lingua", para cuja alimentação e manutenção este tipo de "acontecimento social" tanto contribui.
Enfim, não há bela sem senão, não é?

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::sexta-feira, julho 16, 2004

Invisibilidade

Aqui vos deixo um resumo de um artigo que encontrei na conceituada revista 'AppfelStrudêllScience':

"Sendo geralmente associada aos domínios da fantasia e da ficção-científica, a invisibilidade é algo que está,  no entanto,  ao alcance de todos.
 (...)
Com efeito, a capacidade de nos tornarmos invisíveis perante outros, ou até mesmo (mas mais difícil) de tornarmos outros invisiveis para nós, é algo que poderá ser conseguido, com maior ou menor dificuldade, através do domínio e aplicação de determinadas teorias da Física e Relação Intra-Pessoal!
 (...)
Na base das técnicas atrás referidas encontramos então os dois Princípios Fundamentais da Invisibilidade:

 - O princípio da "impresença física", que basicamente nos diz que se alguém não está no mesmo local físico de outro acaba assim por adquirir um certo estado de invisibilidade em relação a este, e vice-versa. Um princípio ao qual alude, embora de forma periférica e aplicada mais ao campo da inaudabilidade, a célebre questão "Se uma àrvore cai na floresta e ninguém o presencia, fará barulho ao cair?".
 - O princípio da estereovisão, muito aplicado no desenvolvimento dos outrora populares estereogramas, que define a capacidade de desfocar um qualquer elemento no espaço (através da concentração noutros elementos), retirando-o por completo do campo de visão e tornando-o assim, de certa forma, invisível.
 (...)
Seguindo a tradição desta publicação de manter um distanciamento saudável em relação à Ciência (nas suas mais diversas vertentes, e da qual pretende ser apenas um imparcial meio de divulgação), não podemos terminar este artigo sem deixar de alertar o leitor para os malefícios sociopsicoemocionais que poderão advir da incorrecta e irresponsável manipulação da invisibilidade."

E esta, hein?

::quarta-feira, julho 14, 2004

Agora sim

She's back. Está realmente (e finalmente) de volta a nossa pequena missionária, lá das terras de Angola.

Chegou hoje às 6 da matina ao aeroporto da Portela, com a boa disposição de sempre, carregada de malas e saudades. Vem também carregada, com certeza, de muitas histórias que há-de partilhar connosco, pois muita coisa terá ficado por contar para além do que ia escrevendo, quando podia, no "seu" blog.

Termina assim, ao fim de 5 meses, esta sua primeira aventura africana (e digo primeira, porque tenho a certeza de que haverão mais), 4 ou 5 meses mais cedo do que o previsto, mas com a certeza de ter dado quanto podia. Ou talvez mais.

Por muita vontade que se tenha, por muito grande que seja o espírito de missão, não vale realmente a pena andar a mendigar trabalho tão longe de casa, "de graça" ainda por cima, quando por cá continuam a haver tantas situações onde aplicar essa vontade e esse espírito, e tanta gente a necessitar de uma mão amiga e de um sorriso.

Bem vinda de volta, Ana.
(Reunião de Direcção hoje à noite, ok? ;o)

::terça-feira, julho 13, 2004

E ainda...

... um novo sistema de comentários ('transmissões'), para te facilitar a vida nas tuas tentativas de interacção comigo!

Os comentários realizados no sistema anterior continuam disponíveis, apesar do sistema em si já não o estar.

::segunda-feira, julho 12, 2004

Novidades

Não só no Continente, mas também por cá.

Mais concretamente, duas novas secções na "barra da direita":

  • Estrelas binárias - com acessos directos a posts anteriores, onde tento imprimir maior interactividade a esta coisa através das historietas que lá conto e das respectivas "sondagens de opinião";

  • Outros universos - onde disponibilizo links para acesso a blogs de interesse (do meu interesse, claro). Para já, apenas os de amigos. (Hum... diz lá, não te lembra o velhinho anúncio das canetas 'bic'?)

Velha Wings

Que vais tu dizer ao teu neto Arconciel?
Qual é o teu conselho?

a) Mergulha de cabeça, meu rapaz.
"It's better to burn out than to fade away"

b) Lamento imenso, mas não há nada a fazer. Estás mesmo queimado.
"Can't win'em all, kiddo"

c) Toma lá 5Euros, mete-te no próximo comboio e pira-te daqui.
"Run, er, Arconciel, run"

d) Procura novas forças dentro de ti, luta. Segue o pensamento Kawai nº7.
"Use your Force... Arconciel. Use your Force"

e) Olha, por acaso tenho por aqui um fato de amianto a mais...
"When the going gets rough..."

f) Ok. Isto é a planta da central energética. Eis o que tens de fazer...
"Hasta la vista, baby!"

Barbaleta

"A vida de uma barbaleta é uma vida amaldiçoada".
Foram estas as primeiras palavras que Arconciel Wings ouviu da sua Avó, Velha Wings.
Foram, aliás, as primeiras palavras que ouviu de qualquer ser, barbaleta ou outro, pois haviam sido proferidas no preciso momento em que Arconciel abandonou o estado larval e adquiriu o seu belo corpo de barbaleta.

No momento não percebeu, obviamente, o significado de tais palavras, mas estas ficariam para sempre gravadas na sua memória, tal como ficavam gravadas nas memórias de todas as jovens barbaletas em cuja cerimónia de renascimento a Velha Wings estivesse presente. Era o seu dever como matriarca do Clã Wings presidir a todas as cerimónias, e a ela cabia a responsabilidade pelo impressionamento - não confundir com impressão - da Lei da Vida na própria alma de cada recém-renascido.

O significado preciso de tal afirmação veio a compreendê-lo mais tarde, ao aprender os versos da Canção do Destino das Barbaletas, ensinada a todas as jovens barbaletas desde a infância, com o propósito de as alertar para a maldição que sobre elas pairava.

"Náscemos às barbaletas
Dazásas pretas, da fitázuli.
Avoamos até às lâmpdas,
Quêmêmos ázázas,
Ná podemos másvoari"

Com efeito, eram raros os machos adultos que, mais tarde ou mais cedo, não se deixavam seduzir pelo encanto das lâmpadas, seres diabólicos que, quais sereias, atraíam os barbaletos para a destruição, com a sua luz brilhante e chamativa, e com as suas belas e sensuais vozes (que provocavam, segundo alguns testemunhos, uma estranha sensação de relaxamento excitante).

Embora o seu brilho fosse igualmente visível para as fêmeas, a sua voz era algo que estas nunca tinham escutado, pelo que atribuíam a sua existência aos delírios do vício que aprisionava os seus irmãos, filhos e maridos, e ao qual, estranhamente, elas próprias eram imunes.

Ao atingir a idade maior Arconciel não foi excepção à regra, e na sua alma nasceu e cresceu o fascínio por esses estranhos seres.

Era uma lâmpada nova, acabada de instalar. De uma classe obviamente diferente das outras. Mais duradoura, diziam uns. Mais económica, diziam outros. Mais aerodinâmica, diziam os que já haviam aventurado alguns vôos rasantes.
Nada disso lhe interessava. Sabia apenas que a sua luz era a mais bela que alguma vez tinha visto. Ao mesmo tempo potente e suave. Doce.
Sentia a alma estilhaçar-se em mil pedaços sempre que a via, tal era a sua beleza, tal era a força com que lhe tocava o coração.
Não tinha reação. Não tinha palavras.

Tinha, isso sim, medo. Medo de olhar para ela. Medo de se aproximar.
As rimas da infância continuavam bem presentes, tal como a memória dos amigos perdidos
para o calor destruídor. Durante muito tempo esse mesmo medo, essa cobardia (sensatez?), foram mais fortes que o fascínio, que a atração exercida, e mantiveram-no à distância.

Mas, e à semelhança das palavras da Velha Wings, também a sua imagem ficara gravada na sua mente, e a vontade de voar ao seu encontro aumentava de dia para dia.
Para a contrariar afastou-se dos amigos, já completamente perdidos na luz; experimentou técnicas zzzen, ensinadas por muzzkitos vindos do distante Kawai; chegou inclusivé a frequentar as colónias de pirilampos, na busca de outras luminosidades.

Todos estes artifícios, aliados ao tempo e à maturidade entretanto alcançada, surtiam o efeito desejado, e, a pouco e pouco, Arconciel começou a sentir-se suficientemente forte para enferentar a luz e lhe resistir. Qual não foi a sua surpresa quando, no momento escolhido para o confronto, percebeu que a luz da bela lâmpada já não era tão forte nem tão pura como outrora fora. Se tal facto resultava do desgaste natural de qualquer lâmpada ou da nova fortaleza do seu carácter, não o sabia.

Apenas lhe interessava fazer o teste final: voou, ao mesmo tempo temeroso e convicto das suas capacidades, até perto daquela que sempre fora a sua luz.
Não sentiu qualquer calor mais forte que aquele de um dia normal de Verão. Não sentiu qualquer amarra inquebrável que não o deixasse escapar. Sentiu, no entanto, ouviu, a sua voz calma e triste. A princípio assustou-se mas, acalmando-se, acabou por responder às suas perguntas, e por colocar as suas próprias questões. Conversaram durante muito tempo e, à medida que o tempo passava, Arconciel sentia-se cada vez mais seguro de se ter libertado da maldição.

Deixou-a ao princípio da manhã, sem qualquer esforço, e voltou para casa.
As noites que se seguiram foram encontrá-lo novamente junto da sua lâmpada, sempre esvoaçando de cá para lá em seu redor, entretido em conversas que se foram tornando cada vez mais informais e intímas.

Depressa a sua lâmpada voltou a ocupar todo o seu pensamento, e tornou-se seu único desejo estar junto dela, absorver a sua luz, ouvir a sua voz. Continuava a acreditar, no entanto, que tinha superado o feitiço das lâmpadas e que a qualquer momento seria capaz de a deixar, de a esquecer.

Só quando alguns amigos o alertaram para o escurecimento das suas asas, para o seu humor irritadiço e para outros sintomas típicos numa vítima da maldição, é que finalmente aceitou a realidade: tinha caído na armadilha das lâmpadas.

Sem que disso se tivesse apercebido, a luz incialmente fraca tinha vindo a aumentar de intensidade, a par do calor que tudo consumia e que já começara a deixar marcas vísivies no seu corpo. Percebeu também que a força de vontade que julgava ter não passara de uma ilusão, pois mesmo naquele momento tudo o que queria era voar para junto da sua lâmpada, independentemente das consequências. Ouvia a sua voz a chamá-lo, dentro de si, no seu próprio coração, e sabia que não lhe iria resisitir.

Ainda assim, num derradeiro momento de lucidez, e com a pouca força de vontade que lhe restava, dirigiu-se para aquela que sabia ser a sua última esperança: a Velha Wings!

::domingo, julho 11, 2004

Um escape

Não sei se já alguma vez te disse (a ti sei que sim) mas naqueles momentos em que me sinto um pouco mais "down", mais sozinho, mais desorientado, ou simplesmente mais bazarouco, há uma actividade que sempre consegue animar-me um pouco: fazer compras.

CD's, livros, BD, até mesmo roupa!

Não sei se é uma manifestação do meu "eu-feminino" (o tal que te levou a pensar, nos 1ºs dias do jogo, que eu era uma menina), ou se é apenas a sensação de controlo, de liberdade, que acompanha o acto de gastar montes de dinheiro em futilidades (neste momento convém relativizar quer o "montes" quer o "futilidades", ok?).
Não sei o que é, sei apenas que cumpre o efeito desejado. Pelo menos até verificar o saldo da conta, ou receber em casa o extracto do cartão de crédito.
É um.. um... bolas, escapa-se-me o nome... aquilo que não cura a doença mas alivia os sintomas... Rita (qualquer uma das duas), dá aqui uma ajuda, sff!

Tudo isto para dizer que hoje fui à Fnac, e que o propósito inicial (e inocente) que era apenas comprar uma "USB Key" (quem não sabe o que é pode pensar nisto como uma diskette com um formato completamente diferente mas com muito mais capacidade), depressa degenerou naquilo que é técnicamente designado por "shopping frenzy". Mini-frenzy, para ser mais correcto, pois os mecanismos de auto-controlo acabaram por disparar. Mais vale tarde que nunca, não é? (Perguntem ao Florentino Ariza, que ele corroborará, por certo)

E assim, no saquinho lá vieram:

"So-called Chaos", da Alanis Morrissete, e de quem sou fã incondicional desde a 1ª hora. Não há uma canção desta senhora para a qual não consiga encontrar um paralelo (mais próximo ou mais distante) para um determinado momento da minha vida. Não há uma que não soe como vindo directamente dos locais mais profundos da sua alma, do seu coração. É uma das minhas Deusas (na realidade, é mesmo Deus. A quem duvidar aconselho o aluguer do filme "Dogma", do Kevin Smith, com o Ben Affleck, Matt Damon e Salma Hayek, entre outros).

"Two way monologue", do Sondre Lerche, cujo 1º album, "Faces down", tem sido parte integrante da Banda Sonora Original da Minha Vida, desde que mo apresenteaste hà cerca de um ano e meio. Espero que esteja tão bom ou melhor.

"Riot on an empty street", dos Kings of Convinience, o sucessor de "Quiet is the new loud", que veio parar à minha musicoteca(?) pela mesma via que tanta outra excelente música "desconhecida": como prenda de aniversário da dupla Kika&Luís.

"Esquissos", dos portugueses Toranja, do qual só conheço a 1ª faixa, "Carta", mas que é razão suficiente para querer investigar as restantes 11.

E por último, o album homónimo dos "Scissor Sisters", onde se encontra uma versão... diferente (chocante?) do "Confortably numb" dos Pink Floyd, e, entre outros, o tema "Take your mama", muito "alto astral" e com um cheirinho a um Elton John d'outros tempos.


Talvez lá para o fim do mês já os tenha acabado de ouvir a todos.

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O dia d'ontem

Sábado, 10 de Julho.
Dia de aniversário de um dos famosos Lidadores (infames, para alguns). Do Rui Cintra, para ser mais preciso. O "3º mais velho", depois do Jorginho (desculpa lá, mas sempre serás Jorginho) e de mim.

Dia, também, da última actividade para a maioria dos elementos da Alcateia 51. Isto porque ainda temos pela frente o (acampamento) Regional, na 1ª semana de Agosto, no qual irão estar presentes 10 lobitos (cerca de 1/4 do total). Fomos passar o dia a Troia, onde pouco mais fizemos que "anhar" ao sol, na praia e nos jardins.

Foi uma última actividade "fraquita", tendo em conta que costumamos acabar com um acampamento de 3 ou 4 dias, muito mais elaborado e completo, mas a (in)disponibilidade da equipe de animação assim o obrigou. Dos animadores e dos próprios Lobitos, diga-se em abono da verdade. Dos 38 só 13 estiveram presentes. O que acaba por ser natural, dado que nesta altura a maioria dos pais já estão de férias, ou já "despachou" as crianças para "a terra" ou para uma qualquer colónia de férias.

O tempo não foi o melhor, com uma manhã e início de tarde muito nublados e com alguns ameaços de chuva, mas até se estava bastante bem na praia e arredores. A água estava gelada (para os adultos, claro, nunca para as crianças), mas ainda deu para ir a banhos e ensaiar uns mergulhos.

Foi, enfim, um dia muito bem passado, sem muito "escutismo" mas com diversão q.b., e com um clima muito bom de relaxamento, que tanta falta faz ao fim de um ano de trabalho.

Para nós (animadores e companhia) terminou no sítio do costume, não no Pingo Doce, mas n'O Pedro (o restaurante "dos bombeiros"), onde tive a oportunidade de comer pela primeira vez um "Naco à Lagareiro". Imaginem um "Naco na Pedra" misturado com um "Bacalhau à Lagareiro", mas sem a pedra e sem o bacalhau, e ficarão com uma ideia.
Muito bom. Aconselha-se.

::sábado, julho 10, 2004

Tudo ou nada?

"I want it all", cantavam há uns anos os Queen, já na fase descendente da sua carreira. "(i want) More", cantavam os Sisters of Mercy uns anitos antes.
Hoje, como que em oposição, cantam os Yo La Tengo "You can't have it all".

Não se pode ter tudo.
"Não se pode agradar a Gregos e Troianos".
Claro que se pode desejá-lo e até fazer por isso, mas como também diz o povão, "Quem tudo quer, tudo perde". E o povão costuma ter razão.

Independentemente dos malabarismos que se inventem e se executem, há-de chegar um momento em que se tem de tomar uma decisão. Um momento de escolha entre as várias alternativas, geralmente antagónicas. De selecção da que será mais "correcta", ou daquela que limita mais as perdas.

Ao não o fazer abrimos a porta para que a decisão seja tomada por terceiros e arriscamos a que tudo aquilo que procuramos equilibrar acabe por caír por terra.
E arriscamos ficar com nada (ou será sem nada?).

Nas amizades (porque, infelizmente, há quem não aceite que a transitividade não se aplica neste domínio), nos amores, na vida profissional, no lazer... em tudo.

É, por vezes, uma das leis\lições da vida mais difíceis de aprender e aceitar.
Penso eu de que.

::sexta-feira, julho 09, 2004

Ele há coisas...

Uma
A marca das sandálias do B (e de outros sapatos): Bibi.

Bibi? Será possível? Não será engano? (cuidado com as variações!)
Não é engano, não. Não sei se a marca apareceu antes ou depois da alcunha se tornar pública, mas acredito que tenha sido antes. A não ser que algum iluminado se tenha lembrado de adoptar o nome num genial golpe de marketing, claro.

Fico com alguma curiosidade em relação ao impacto que toda a porcaria que tem vindo à tona nos ultimos anos à volta desse nome possa ter tido nas vendas da dita marca.
Mas pode ser que um dia destes passe lá na loja de calçado infantil do Central Park e pergunte.

Outra
O nome de uma loja de roupa infantil (estarei a detectar um padrão?), que fica ali para os lados de S.Sebastião. No Bairro Azul, para ser mais preciso.

Na realidade o nome em si, 'Teddies', não me causa qualquer "comichão", não tem nada de mal e está perfeitamente adaptado ao tipo de mercadoria. A própria loja, embora pequenina, também é bastante simpática.

O logotipo é que me deixa... curioso.
Tem, para além do nome, e como não podia deixar de ser, um ursinho.
E o que me intriga é exactamente a composição destes dois elementos, a sua posição relativa, pois o dito boneco aparece no meio do nome. Haverá ali algum significado oculto?

Não estás a percerber? Eu tento explicar.
À falta de uma imagem, imagina que o asterisco (*) que vou colocar abaixo no nome é o ursinho, e talvez fiques com uma ideia do que estou a falar:

'Ted*dies'

Amigo, já que é da loja da tua irmã que estamos a falar, poderias fazer-me o favor de tentar descobrir quem é o Ted?

::quinta-feira, julho 08, 2004

Iniciação

Algum dia teria de acontecer. Preferia que tivesse sido mais tarde, quando ele fosse mais velho, mais "resistente", mas foi mesmo hoje.

Aproveitando-se do facto de seu papá estar a falar ao telefone com a "avó Didi" sobre a "semi-queda" que ele tinha acabado de dar, e que chegou a provocar um beicinho acompanhado de lágrima no canto do olho, o puto escapuliu-se para a cozinha para fazer sabe-se lá o quê.

Quando o papá volta para a cozinha para acabar o jantar (uma espécie de bolonhesa, mas sem tomate) está ele a iniciar um grande choro, encostado ao banco do papá e agarrado à sua pilota. Tinha acabado de a "entalar" ao tentar descer do banco.

Apressa-se o papá a pegar-lhe ao colo e a tentar consolá-lo, mas o choro não passa (pudera!) e a certa altura começa o engasganço, a tosse, o puxar, e por último, um leve... regurgitar!

Com a cara, o peito, e a camisa ligeiramente sujas, o papá tenta prevenir eventuais réplicas, e lá vão os dois para a casa de banho, onde sai mais uma golfada que produz uma bela pintura abstrato-impressionista no espelho. Não se segue mais nenhuma, felizmente. E os destroços (poucos) parecem conter apenas a água que tinha bebido, as duas massinhas que o papá lhe tinha dado e... carne picada?

"Que é que estavas a fazer no banco, meu pateta?"
"Tava a decer..."
"A descer? E porque é que tinhas subido? Foste roubar as minhas massinhas?"
"E bifinhos..."

Chora mais um pouco, tosse mais um pouco, pede para trocar de roupa. O papá dá um beijinho para passar, e a coisa lá acalma. Passados uns minutos já o incidente foi esquecido, restando apenas alguma "vermelhidão local" como prova do mesmo.

Mais tarde volta a subir para um dos bancos, para fazer companhia ao papá que termina o jantar, e ao dele descer "como deve ser", diz orgulhosamente: "Agora não me ajilei!".

E assim se fez a sua iniciação ao mundo das joelhadas, das boladas, dos zippers, e outros acidentes que tais...

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Á deriva... ou não!

Tal como o país (na opinião de alguns, quiçá a maioria) assim esteve também o 626.
Esteve. Durante... 4 dias. 5, pronto. Menos de uma semana.

Terminou hoje a "crise institucional" que se criou quando, na 6ª Feira passada, no Conselho de Agrupamento marcado para o efeito, não foi eleito ninguém para o cargo de Chefe de Agrupamento. Por falta de candidatos.

Também no que respeita aos "eleitores" o acto (eleitoral, entenda-se) imitava a realidade nacional, tal era o nível de abstenção. Faltavam, à hora marcada, cerca de metade dos Conselheiros. O passar do tempo acabou por fazer diminuir o valor inicial que, ainda assim, e dada a importância do momento, se manteve num nível preocupante. Pelo menos, imagino eu, para quem pudesse estar a considerar dar "o passo em frente" e se deparasse com tamanha manifestação de... Indisponibilidade? Indiferença? In-quê, afinal?

Hoje, contudo, a crise acabou com o surgimento de um candidato.
Ou deverei dizer resurgimento?
O suspiro de alívio geral, dizem os técnicos, foi audível em toda a àrea metropolitana de Lisboa. E arredores. Eu sei que ouvi. Eu sei que suspirei.

Não só porque se resolve a crise mas, especialmente, porque se trata de alguém que conhece como ninguém os cantos à casa. Que gosta como poucos (para não dizer ninguém) da casa. Que sempre "deu o litro" (e meio. Dois litros!) para a manter limpa, arrumada, arejada e moderna.

Seria bom, no entanto, se todos os outros que suspiraram comigo e que, eventualmente, já se estivessem a mentalizar para "outros voos", não perdessem o impulso e dessem também um passito em frente (ainda que não "o" passo, mas...).

Bem sei que neste momento estou meio de fora e que tu nunca saíste, mas ainda assim... Bem vindo de volta, Chefe!


Nota: Para os "ouvintes que me lêm" e que não o sabem, o 626 é o Agrupamento do Corpo Nacional de Escutas do qual faço parte. O de Linda-a-Velha. O máior!

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::quarta-feira, julho 07, 2004

Praia

No Sábado. Com a miudagem. Ou parte dela, pelo menos.
Mas estou a ver as coisas um pouco mal paradas em termos metereológicos.
Espero que até lá o vento leve estas nuvens cinzentonas que para aí andam para outras paragens e que aproveite para ir com elas.

Que raio de tempo este.
Já no ano passado foi a mesma coisa: no dia da praia, toma lá tempo menos próprio para banhos. Já é azar.
É que depois de uma semana fechado numa salinha a falar para 6 marmanjos sobre Java e afins, o que apetece mesmo é ir apanhar um pouco de sol e dar um ou dois mergulhos nas ondas.

Façamos figas.

7 razões

Para andar de transportes públicos:

  • A possibilidade de dormir uns minutos extra (à ida e à vinda)

  • Evitar o stress de conduzir no trânsito

  • Pôr a leitura\estudo em dia (se não estiver a dormir)

  • Ver umas caras bonitas (se não estiver a dormir ou a ler)

  • Fazer exercício físico (do Marquês a Arroios e volta. Ainda são alguns Kms por dia)

  • Poupar uns trocos (25€ do passe vs 60€ ou mais em gasolina)

  • Contribuir para a menor poluição do meio-ambiente

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::terça-feira, julho 06, 2004

Indo...

"Vais para onde?"
"Hum? Como assim?"
"Fiquei com a ideia de que ias para algum lado. Vais para onde?"
"Ah... vou para longe..."
"Quantos kilómetros?"
"Os necessários e suficientes..."
"Já percebi."
"Boa! És esperta, tu..."
"Parvo. ... Vou ter saudades."
"Vais? Sempre tens alguma coisa, então. E é bem melhor que nada, que é aquilo que eu vou ter..."
"Bruto! Estúpido!"
"Oui, c'est moi..."
"Adeus!"
"Isso..."

Há um mês atrás

Por esta hora, lembras-te onde estavas?

Hoje

Faz anos a minha priminha Célia, a mais nova da "velha nova geração".
Parabéns!!! 20 e quantos? :op

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::segunda-feira, julho 05, 2004

E "prontos"

Já está.
2004/2005 vai ser um ano sabático.
Um ano de "suspensão" para respirar fundo, arejar bem as ideias e arrumar a bagunça.

Custou muito (custa muito), não só por tudo o que está para trás, mas também por sentir que são motivos "egoístas" que me levam a esta tomada de posição. Pela dúvida que persiste, pelas trocas e baldrocas a que obriga, pela "frustração" de algumas intenções que vem causar.

Mas sei que nunca haveria um momento certo, e que todos os anos a minha (in)capacidade de parar havia de se manter idêntica.

Sei também que ainda me vou arrepender muitas vezes, tantas quantas as reafirmações da certeza da necessidade, por isso tenho que tentar aproveitar bem o Verão (pós-actividades) para realmente cair em mim (porque ainda não o fiz) e me mentalizar para uma das mais profundas alterações de sempre à minha "rotina".

Ajuda bastante o facto de ser um "até já", e não um "adeus".
Se depois ainda me quiserem de volta, claro.

She's back!

Almost!
Volta para semana, em princípio.
Fico triste-contente, tal como ela. Mas mais contente que triste!

Quem é ela? Hum... queres iniciar um novo jogo?

Formação

Começo hoje uma nova ronda de acções de formação.
3 semanas a dividir por 2 clientes diferentes.

Começo a chegar à conclusão que isto de dar formação também é mais ou menos como uma caixa de chocolates. Com a diferença de que a dor de barriga vem no início e não no fim. Porque "you never know what you gonna get".

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::domingo, julho 04, 2004

Vices

Por ironia do destino coube aos dois países mais pobres da UE disputarem a final do Euro2004. Isto é, os ex dois países mais pobres. Ou os mais pobres até há cerca de 1 ou 2 meses atrás. Qualquer coisa assim do género.

E tal como no início, quando connosco inauguraram o calendário do campeonato, os gregos levaram a melhor. Foram o (nosso) Alfa e o Ómega. O princípio e o fim.

Parece que jogámos melhor. Parece que não merecíamos ter perdido.
Digo "parece" porque acabei por não seguir o jogo com grande atenção, em grande parte devido ao factor "Bernardo à solta" :).
Mas, como se costuma dizer, é isto o futebol. O resultado final é determinado pelos golos e não, infelizmente para nós, por um qualquer juri que levanta placas com a pontuação no final da performance.

E assim chegou ao fim esta nossa epopeia futebolística.
Como dizia alguém na rádio, saímos de cabeça levantada mas de coração ferido.
Ficámos a um degrau do topo, mas creio que chegámos mais longe do que a maioria pensava ser possível (sim, desta vez incluo-me na maioria).
Não só a nível desportivo como a nível organizativo.
E por essa mesma razão, a festa lá fora continua.
Não tão "rija" como se esperava (essa está no outro lado do Mediterrâneo), mas festa na mesma.

Enfim, o que nos vale é já estarmos por cá mais habituados às vitórias do "azul e branco" que do verde ou do vermelho...

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::sexta-feira, julho 02, 2004

O Verão...

... dá cabo de mim. >suspiro<

Tenho, sim

Mais que fazer. Se me conheces minimamente (e aos meus afazeres) sabes disso. Ou tens uma ideia, pelo menos.

O meu dia de trabalho normal começa por volta das 9h e acaba pelas 19h/19h30. Estou por cá com alguma frequência ao Domingo, e nalguns feriados e pontes (ou será pontos?).
O tempo das directas frequentes já lá vai, felizmente, embora ainda aconteça fazer uma ou outra quando os prazos apertam.

No entanto, e como respondi ao JR num dos posts iniciais, não me posso queixar. Muito. Porque já foi bem pior. Nos tempos do círculo laranja. :o)
Mas há sempre "picos de trabalho", quando todos os projectos (sim, porque é sempre mais que um) são para ontem. Tu também sabes o que isso é, por certo.

E não me queixo também porque considero que este andamento de horários alargados, de feriados e Domingos (não digo fins-de-semana porque os Sábados continuam reservados para os escuteiros), acaba por ser normal numa empresa pequena (mas com grandes ambições) como a Step, onde coisas que são dadas como certas em empresas de maior dimensão, são muitas vezes uma incógnita. Receber o salário no fim do mês, por exemplo. Mas nem disso me queixo, porque sabia ao que vinha quando começámos esta aventura. Que está a dar os seus frutos, diga-se de passagem.

Mas também é verdade que podia ser mais concentrado, mais focado no trabalho. Podia de facto poupar alguns minutos por dia, talvez até 1 hora (ou mais?!), se não me distraísse com a leitura do Publico online, com os meus sites favoritos, com as idas ao café.
E com os teus mails, com as conversas que mantenho contigo no Messenger, etc.

Mas como também poderás saber não gosto de deixar uma conversa a meio, e muito menos ignorar qualquer um dos teus mails. Acho que já passamos demasiado tempo longe um do outro para que me possa "dar ao luxo" de o fazer.

Até porque a tal "pausa que descontrai" faz falta, para se manter os parafusos todos no sítio. E no fundo não acredito que essa "concentração" me fizesse ir para casa mais cedo regularmente, ou que me permitisse deixar de trabalhar "horas extras". Não é isso que me rouba tempo para as coisas mais importantes. Elas é que se tiram tempo umas às outras, talvez.

Porque para além do trabalho, tenho os escuteiros e as suas múltiplas reuniões e actividades. E tenho o B e o resto da família. Nem sempre por esta ordem, mas...

E ainda assim... tenho, sim, tempo para encaixar mais esta "distração" no meio dos meus diferentes horários. Porque gosto. Porque acho que vale(mos) a pena.
E porque me faz falta, também. É, talvez, a tal história do exibicionismo, lembras-te?

::quinta-feira, julho 01, 2004

Discussão

Tu és um adolecente inconciente, com 17 ou 18 anitos.
Eu sou uns 9 ou 10 anos mais velho que tu (talvez não menos inconciente), e no meio onde nos conhecemos funciono como um dos teus formadores\educadores. Um dos "exemplos a seguir".

Eu fumo. Tu também.
Começámos provavelmente da mesma forma, pelas mesmas razões.
Ambos sabemos que muito provavelmente estaríamos melhor se não fumássemos, e temos consciência dos malefícios do tabaco. Terei eu mais que tu, talvez, derivado da idade, da experiência, etc.
E por isso mesmo, pela consciência que tenho do que te pode fazer, e também pela nossa relação ("social" e de amizade), procurarei aconselhar-te no sentido de não o fazeres.

E até o faço sem o considerar uma hipocrisia.
Porque será tudo, eventualmente, apenas uma questão de força de vontade. Que eu não tenho, ou que já está demasiado subjugada pela dependência, pelo vício.
Tu, por outro lado, ainda és jovem, não tens o vício tão enraizado, terás mais força, etc e tal.

Reconheço, contudo, que a minha legitimidade pode estar algo diminuída fruto da circunstância de partilhar do teu vício.
Mas onde é que ela vai parar, até onde é que desce, a partir do momento em que fumo contigo e/ou te cravo o cigarro que me falta? Como é que isso afecta o meu papel na nossa relação?

Diz de tua justiça.
E sim, para o efeito podes substituir o tabaco pelo alcool, pelo excesso de velocidade, ou por qualquer outro tipo de vício\"mau hábito" que queiras.

O meu "anti-vazio"









4h30am:

"Mããe!"

"Mamããããã!"

"Anda cá!"

"Vem pó pé de mim!"

"Deita-te aqui!"

"Tapa-me!"

"Vira pa mim..."

"Olha pa mim!"


Tás pouco mimado, tás. :o)