::terça-feira, novembro 30, 2004

Everybody's eternal

Everybody's got to learn sometime

Mas eu já não te tinha dito que a música em questão não era do Rod Stewart?
IRRA!
É desconfiada, a doutora!
Se estivéssemos a falar de alguém que tivesse ficado atrás de ti no último S.M.A.R.T. (jogo tipo Trivial Pursuit, ou Quizz (de Santos?), com várias equipes, que se realiza todos os 1ºs e 3ºs Domingos de cada mês, no restaurante "O Pedro", em Linda-a-Velha. A próxima sessão é no Domingo, dia 5, às 21h. Aparece!), ainda se percebia.
Mas acontece, como muito bem deve saber, que não é esse o caso!
APRE!

E para que conste, a música é da autoria de uns tais de 'The Korgis', uma banda (duo?) dos fins dos anos 70/inícios dos anos 80, que terá alcançado os seus '5 minutos de fama' com este tema.

Foram (ou têm sido), na realidade, mais que 5 minutos, pois a música, apesar/por causa da sua simplicidade, rapidamente se tornou daqueles 'temas eternos dos quais toda a gente tem de fazer uma cover'.

Assim, ao longo dos anos temos tido versões mais ou menos bem conseguidas de gente tão variada como:

- Dream Academy (1987)
- Baby D (1995)
- Zucchero (????)
- Erasure (2003)
- Beck (2004)
- Joe Cocker (2004)

A versão que toca por aí neste momento (dependendo da rádio que estiver sintonizada, claro), é de facto a do Beck, que faz parte da banda sonora original do

Eternal sunshine of the spotless mind

um dos meus filmes preferidos deste ano e, possivelmente, de sempre.
Se ainda não viste, trata de o ver.

Mesmo que não gostes de coisas mais ou menos 'psicadélicas', ou de narrativas que avançam, recuam, que fazem pontes e constroem túneis à volta e por dentro do enredo.

Não, não é nenhum 'Pulp Fiction'.
É mais 'Queres ser John Malkovich?' ou 'Adaptation' (não me lembro do título em português), ou não fossem todos 'filhos do mesmo pai'.

Com ficção, fantasia, romance, humor...

A história gira à volta de um tipo que se submete a um processo inovador de 'limpeza da memória', para esquecer a namorada que terá feito o mesmo em relação a ele, quando a relação de ambos azeda e começa a dar para o torto.

A (ex)namorada é a Kate Winslet.
Ele é o Jim Carrey.

Mas não deixes que isso te impeça de ver o filme!
Mesmo que não suportes o homem, ou que já estejas farto(a) das suas caretas e controcionismos.
Porque este não é, definitivamente, um 'Jim Carrey Movie'.
Tá certo que há lá um momento ou outro em que nos demonstra a sua 'expressividade', mas é mínimo, e nem sequer é 'aparvalhado' ou 'espalhafatoso'.
Não tem mesmo nada das costumeiras patacoadas do senhor.

Também por lá andam a Kirsten Dunst, o Mark Ruffalo e o Elijah Wood (o Frodo, sim).

É um filme muito... bonito. Isso!
E que, na minha humilde opinião, vale mesmo a pena: o dinheiro, o tempo, e o superar do eventual preconceito.

E, quase de certeza, um filme, uma situação, com a qual te irás identificar.
Ou que, pelo menos, com a qual identificarás algo pelo qual já passaste, alguém que foste. Ou que poderás vir a ser.

Porque todos temos, de uma forma ou de outra (mais ou menos dolorosa, com maior ou menor importância) algo ou alguém no nosso passado, na nossa vida, que em determinado momento teremos querido (poder) esquecer.

"You can erase someone from your mind.
Getting them out of your heart is another story"

Vai alugar, vá.
Se não gostares, olha... eu pago!

::segunda-feira, novembro 29, 2004

Maratona

Uau! 3 seguidas!
Cada uma com uma duração de cerca 75/80 minutos.
E 2 delas com menos de 12h de intervalo.

Não é para qualquer um.
É mesmo "só para homens", diria.

Foi demais.
Desafiador. Engraçado. Bom!

Mas exagerado, há que admiti-lo.
Não que me tenha ressentido depois, nada disso.
O que, agora que penso nisso, até é de estranhar.
O meu 'pico', afinal, já passou há alguns anos e estas 'maluqueiras' já não são propriamente para a minha idade.

E não, não estou a dizer que estou velho ou algo do género.
Nem que estou em baixo de forma, atenção.
Até acho que estou bastante bem, tendo em conta o meu sedentarismo.
Já não tenho a pedalada de outros tempos, é verdade, mas ainda me vou 'aguentando bem à bronca'. Tão bem quanto qualquer um na minha idade, suponho.
E até talvez melhor que alguns.

Tal como a resistência, também a técnica já não é o que era, claro.
Mas, neste caso, e felizmente, no sentido inverso.
Penso que é incontestável que tem vindo a melhorar bastante.
E a tendência é para que assim continue, com o acumular da experiência.

Mas independentemente do que melhora ou não, a verdade é que estas maratonas (como qualquer outra, talvez), não podem repetir-se com muita frequência.

É mesmo assim e não há que ter vergonha em dizê-lo.
Os anos passam e vão pesando cada vez mais.
É assim a lei da vida.
O mais velho dá lugar ao mais novo, cada qual com o seu momento, etc...
O 'ciclo da vida' como cantava o outro.
Enfim.

Quanto a resultados práticos... bem, não foram famosos.
Nada famosos mesmo. Não se salvou um.

E mesmo gostando de pensar que sou daqueles que o faz pelo gozo, pela coisa em si, e não para provar o que quer que seja, a quem quer que seja!, é claro que também gosto das vitórias, como todos gostamos.
Nalguns campos da vida mais do que noutros (onde prefiro os empates, por exemplo), é certo.

E dos (campos) de futebol sabe sempre bem sair com pelo menos um golo a mais que o adversário. Infelizmente, e por diversos condicionalismos, desta vez isso não aconteceu em nenhuma das partidas.

Todas acabaram com a vitória da equipe adversária.
Desde a 'normal' de 5ª feira à noite, até à 'normal' de Sábado de manhã, passando pela 'extraordinária' de 6ª feira à noite.

Só me recordo do resultado exacto de uma delas (a de Sábado de manhã), não sei se por ter sido a última, se por ter sido a derrota mais pesada: 12-3 contra uma equipe do Expresso.

Claro que a pele de 'bode expiatório' foi logo colocada em cima dos meus ombros e dos do JR, por termos ido jogar os 3 dias seguidos.
O que vale é que já estou habituado. Se não é por uma razão, é por outra.

É pena é que seja 'bode'.
Porque prefiro muito mais a de 'lobo'... ;p

::domingo, novembro 28, 2004

Aprende!

"Change your heart..."
"Isso queria eu, mas..."
"...look around you."
"... não é assim tão simples. E acredita que eu tenho 'lookado around' bastante."
"Change your heart..."
"E queres dizer-me como, por favor? Falar é fácil."
"...it will astound you."
"E eu não sei? Não sei eu outra coisa! E, se calhar, por isso mesmo é que é tão difícil."
"I need your loving..."
"Não digas isso! ... Eu sei..."
"...like the sunshine."
"Ah! És alguma espécie de planta, não? ... Desculpa. Foi parva, esta..."
"Everybody's got to learn sometime."
"Sim, suponho que sim. Até eu."
"Everybody's got to learn sometime."
"Mas esse 'time' não tem altura certa para chegar, não é?"
"Everybody's got to learn sometime."
"Acho que já percebi a mensagem, ok?"
"Everybody's got to learn sometime."
"..."

::quinta-feira, novembro 25, 2004

Dividido

Não. Não é isso.
Não se pode dizer que o espaço esteja dividido.
Não lhe podemos chamar uma divisão.

(vamos lá ver se consigo explicar...)

Porque a divisão implica que não já exista uma totalidade.
A não ser, claro, que se esteja a dividir por um.

Mas não sendo esse o caso, e havendo divisão, cada uma das fracções será menos que o (ex)todo. E terá essa consciência. Isto é, saberá que lhe falta algo para ser/estar completa.

A não ser q se encare a si própria como um 'novo todo', e então sinta uma plenitude que na realidade não tem.

(até aqui não deve haver grandes dúvidas)

Mas também não creio que seja isso.

Parece-me - na minha humilde opinião de leigo na matéria (ou não!) - que o que se passa não é tanto uma divisão do todo em fracções, com o respectivo enfraquecimento e eventual desvirtuação de cada uma destas, mas sim uma duplicação, uma multiplicação, desse mesmo todo, em vários planos de existência. Em diferentes dimensões.

E acredito que seja esta a verdadeira resposta para o problema.

(porquê?)

Porque nem mesmo a tal capacidade elástica do todo, a tender para o infinito, de que me falavas, resolve inteiramente a questão.
Porque mesmo no infinito, mesmo não sabendo onde estão os limites, podemos 'sentir' que não preenchemos o todo, quer porque ainda há espaço por ocupar, quer, e é isto que nos interessa, porque lá existe outra coisa qualquer a roubar(-nos) a plenitude.

(certo?)

Mas, como já te disse, tal não acontece.
Cada 'fracção' sente (sabe!) que é plena.
Que não é apenas uma parte do todo, incompleta, mas o próprio todo em si.
Que tudo abarca e que tudo preenche.

E assim sendo, a única forma de duas (ou mais!) destas fracções coexistirem será, paradoxalmente, não coexistindo verdadeiramente.
Não existindo no mesmo plano, não partilhando o mesmo espaço, mas vivendo cada uma na sua própria realidade.

Como rectas paralelas que nunca se encontram.
Embora, na realidade, esta analogia não se possa aplicar.
Porque, em boa verdade, estes diferentes planos por vezes cruzam-se, intersectam-se, e abalam aquilo que é percebido em cada um como sendo a realidade, o conceito de todo.

(ainda estás a acompanhar?)
(eu nem por isso...)
(vou tomar um ben-u-ron, já volto!)

Repete

'Repeat' é o nome de uma das rúbricas da Radar, na qual todos os dias é entrevistada uma pessoa diferente (quando a rúbrica não é, também ela, 'repeated'), que nos da a conhecer a música que passa na sua 'grafonola' (este é o nome de outra rúbrica, mas essa fica para outro dia), em modo 'repeat'.

Ou seja, aquela música que quando acaba de tocar, ele/a (o/a entrevistado/a) volta a colocar no início para ouvir de novo.
E de novo.
E de novo.
E de novo.
...
Ad eternum.

E ad nauseum também, provavelmente.
E por isso mesmo, no meu caso concreto, não há uma única música que passe em repeat.
Há várias. Ou vão havendo.

Consoante o momento.
Consoante o estado de espírito.
Consoante a novidade ou a nostalgia.

Neste momento, neste preciso momento, 'even as we speak' (ou 'even as i write', melhor dizendo) são o 'Flight attendant' e o 'Sparrows over Birmingham', do Josh Rouse. Aliás, é o album quase todo. Quase. Com ênfase especial nestes dois temas.
(O 'Under your charms'? Também, também...)

Pela beleza das músicas em si.
Pelos sentimentos que (me) evocam.
Pela próximidade do concerto.
Porque sim.

E tu?
Qual é a música que andas a passar em 'repeat'?

::quarta-feira, novembro 24, 2004

100

"Não, não há ninguém que faça 100 anos".

Mas há quem ande lá perto!
Ou quase!

Como a Carlota, por exemplo, que faz hoje anos e que dá mais um passo na direcção do centenário! :p

Por isso, caro amigo/conhecido/visitante desconhecido, afina a voz (dentro do possível), e dá um pulinho ao universo dela, aqui ao lado, para lhe cantares os PARABÉNS!

Se ela já lá tiver colocado algum post alusivo à data, espeta-lhe um comentário em jeito de voto de felicidades, dia feliz ou algo do género.

Sim, mesmo que não a conheças (e o mais provável é não a conheceres).
É que ela anda um pouco com a neura da idade, e a precisar de ser animada.

O que é perfeitamente compreensível! (a neura)
Afinal, sempre são 32 anos.

Coitada da velhota!
:)

E se fores tu, Carlota, que estás aqui a ler este ultraje, olha... desculpa lá qualquer coisinha!

Muitos PARABÉNS, gaija!
E muitos beijos.

PS: Onde é a festa, afinal?

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::terça-feira, novembro 23, 2004

A minha rua

Eu gosto muito da minha rua.
É muito bonita, com prédios bonitos de cada um dos lados.
Os prédios não são muito altos, mas não faz mal porque a rua também não é muito larga. É mesmo muito estreitinha. Ás vezes mal se consegue passar, por causa dos carros que estão estacionados de um lado e do outro.

O papá diz que é uma diotice ainda se fazerem ruas assim, especialmente quando se sabe que passam autocarros nessas ruas.
Eu gosto de ver os autocarros a darem aquela curva apertadinha ao virarem para a minha rua. E ao virarem para a outra também. E quando vem alguém do outro lado ainda é mais giro.
Ás vezes os autocarros tem de passar por cima do passeio o que não lhes faz lá muito bem. Aos passeios, mas se calhar aos autocarros também não.
O papá diz que não percebe como é que os passeios podem estar naquele estado ao fim de tão pouco tempo, e que é tudo uma tristeza e não sei quê.
Mas eu cá gosto de brincar nas covas que os pneus dos autocarros fazem nos passeios. São tão grandes e redondinhas.

Na parte da rua onde fica a minha casa, não há prédios dos dois lados, só de um.
Do meu. Do outro lado há umas casas, assim parecidas com caixotes, que têm jardim e tudo. Algumas até têm piscina e árvores e arbustos e cães.
Das janelas da minha sala posso ver as meninas da casa que fica em frente à nossa a brincar no jardim, umas com as outras. E também consigo vê-las a brincar nos outros lados da casa, se deixarem as janelas abertas. E nas outras casas da rua também posso fazer isso.
E essa é uma coisa de que eu gosto muito na minha rua. É que podemos ver para dentro das casas das outras pessoas, para as conhecermos melhor e sabermos se elas estão bem ou se precisam de ajuda, por exemplo, com um ladrão que lá tenha entrado, ou com um fogo ou assim.

Acho que o papá não deve gostar muito desta minha ideia, porque fecha sempre os estores quando chega a casa e é de noite. Se tivéssemos cortinados era mais fácil, mas não temos. Só temos nos quartos. Isso faz-me alguma confusão porque nos quartos não temos janelas de outros prédios à frente. Só lá mais abaixo. Mas se calhar há pessoas com binóculos no monte lá ao fundo, ou na mata do Monsanto, e por isso é que temos lá os cortinados. E se calhar também porque é no quarto que nos vestimos e ficamos com o rabinho à mostra e tal. Afinal, já não me faz confusão!

Uma coisa que eu gostava que houvesse mais na minha rua eram árvores. Só há assim umas cinco ao pé do 'quente e bom', que faz uns bolos muita bons, mas onde os empregados têm todos a mania, diz o papá. Mas essas árvores são todas mais ou menos pequeninas. Na parte de trás da minha rua há mais, onde se entra para as garagens dos prédios, e é lá que às vezes vou brincar com os outros meninos. Mas temos de estar sempre a parar por causa dos carros que entram e saem, e sempre com muita atenção por causa dos cãezinhos que vão passear os donos e fazem o cocó ali.

Mas também, ali mesmo ao pé da nossa casa fica a Mata do Estádio Nacional, e por isso não me importo muito se não houverem mais árvores ali na rua, porque posso cheirar o ar puro que vem das outras e ir para lá brincar às vezes. O papá diz que essas não devem demorar muito mais a ir. ... Eu não sei bem para onde é que ele acha que as árvores vão, mas gostava mais que não fossem e que ficassem por ali. A não ser que façam como as andorinhas e os outros passarinhos e voltem de vez em quando para o pé da gente.

Mas a coisa de que eu gosto mais de todas na minha rua é da vista, que é muito bonita, especialmente quando estamos na minha varanda e onde conseguimos ver a ponte sobre o Tejo e o Cristo Rei e o Monsanto e até lá ao longe no mar. O papá diz que é Cascais.
Mas nem é preciso subir lá ao quarto andar para gostar da vista que se vê. Mesmo quando estamos na rua ou no passeio, podemos ver o rio até ao outro lado à Trafaria, porque ao fundo da nossa rua não há prédios e parece que vamos cair na água se nos debruçarmos. Mas não vamos, porque ela ainda está lá ao longe, depois das casas e do comboio.
A vista do fim da rua é muito bonita e eu gosto mais quando o céu está azul e cheio de sol. Mas também gosto quando está mau tempo, porque se vê o mar e as ondas zangadas com as nuvens e com a chuva e o vento.
Eu nunca lá fui à noite, porque os papás não me deixam, mas também deve ser giro, mesmo sem se ver nada, porque há sempre muitos carros lá parados com pessoas dentro dos carros a ver as luzinhas e a falar.
Mas agora se calhar já não vão mais para lá, porque puseram umas paredes de ferro lá a tapar o rio, como fazem nas obras e se calhar vão fazer umas casas novas ali em baixo, como estão a fazer na outra rua em cima, ao pé das vivendas dos ricos e do hotel do sólplei, e onde também há uma vista bonita para o rio, pelo menos enquanto não ficar tudo cheio de casas ao lado umas das outras. O papá disse que é 'irónico' e que 'faz sentido', e quando eu lhe perguntei o que isso queria dizer ele não me conseguiu explicar muito bem e eu fiquei na mesma. Mas ele disse que quando for mais velho eu vou perceber, e eu já fiquei contente.

Fim.

Laughter

"Laughs? At you?"
"Duh! What do you think?"
"Just kidding. With you."
"At least that's what i like to think."
"Touché! So, it's laughter."
"Yes, laughter. Like..."
"'AHAHAHAHAHAHAHAHA'."
"No. Not like that!"
"What then?"
"It's quieter. Less..."
"Less loud?"
"Yes. Softer..."
"A soft laughter."
"Yes. Almost a giggle."
"A giggle? What, like 'ihihihihih'?"
"No, no, no. Not like that either."
"Ok. I'm almost officially lost here."
"Man... you can be pretty thick when you want to!"
"So i've been told."
"See? Eheheheh."
"What? Is it like that?"
"Like that? What?"
"What you just did. The 'ehehehehe' laugh."
"Oh! No... That's a... a 'gotcha laugh'. A 'naughty laugh'."
"Naughty."
"Yes, naughty. You know what i mean!"
"Yes, i do. I think i do. It's just that i'd expect it to be naughty, and you just said it isn't like that." "Well... there are 'naughty laughs' and then there are 'naughty laughs', you know?"
"Oh! Of course! And which one is it, then?"
"A 'naughty'... a... wait... i know... an eggs... exsilly... axile... "
"Exhilarated?"
"Yes, that's it! It pretty much says it all, don't you think?"
"Yes. Yes it does. And it 'fits'."
"It sure does!"
"So. Somewhat quiet, somewhat soft... "
"And joyfull!"
"Oh joy! Of course..."
"And..."
"We could just go on and on, couldn't we?"
"Yes, i suppose we could."
"But we're not going to, are YOU?"
"Er... well... not if you're not interested, anyway."
"I think i got the picture."
"Oh! Right..."
"Right!"
"But you were the one who raised the question!"
"Indeed i was. But now i have my answer. Thanks."
"You're welcome."
"Ok."

::segunda-feira, novembro 22, 2004

626+1208

= Gustavo!

Nasceu ontem à noite o filho do Gonçalo (do 626, de Linda-a-velha) e da Cristina (do 1208, de Miraflores).

Os Pais que já o eram antes de o serem!
(É o apelido dele(s). Já ela é mais nomes próprios. Como eu! :)

Muitos PARABÉNS e muitas FELICIDADES para os 3.
(e para as respectivas famílias: de sangue e escutistas)

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Última chamada

Para os interessados em ir comigo e com a Paulinha ao concerto do Josh Rouse, no dia 15 de Dezembro (Forum Lisboa).

Vou comprar os bilhetes hoje ao fim da tarde, por isso 'diguem qualquer côsinha' se quiserem aproveitar a boleia.

(Claro que podem sempre comprar mais tarde, mas...)

Ignorante

Dos factos.
Do que se passou.

Mas estavas bem assim, não estavas?
Como tanta gente por esse mundo fora.
Feliz e contente, nessa tua ilusão.

Desculpa-me por a ter quebrado.
Por te ter desfeito os sonhos.

Continuo a achar que é melhor assim, no entanto.
Continuo a achar que tomei a atitude correcta.

Pelo respeito, pela consideração, que me mereces.
Porque as relações se constroem na base da confiança, e esta assenta na honestidade.

E também, confesso, porque me deu bastante gozo!
AH!

Porque mais uma vez voltaste (voltaram) a cantar vitória antes do tempo!
"ÉSSÉLBÊ! ÉSSÉLBÊ! ÉSSÉLBÊ!"

Porque com apenas 30 minutos jogados, já estavam a fazer contas aos 3 pontos!
"Ganhámos! Ganhámos!"

Já eram, de novo, líderes isolados do campeonato!
Pois sim... Tolos!

Não sabias, pois não, que afinal tinham empatado 3-3?
E que, segundo algumas opiniões, se o jogo durasse mais 5 ou 10 minutos, até eram bem capazes de levar o 4º?
Ah pois é, bebé!

Desculpa lá ter sido o portador da má notícia.
Mas ainda seguem à frente, de qualquer forma.
E 4 pontos sempre são 4 pontos.

"Hey! Don't shoot the messenger" ;p

::domingo, novembro 21, 2004

My favorite things (I)

Aqui ficam algumas delas.
Outras mais, de outras 'áreas', hão-de ir ficando.

Para ler ao som da voz da Julie 'Maria' Andrews, do saxofone do John Coltrane, ou de qualquer outro intérprete da música de Hammerstein e Rodgers:

"
When the dog bites, when the bee stings,
When I'm feeling sad,
I simply remember my favorite things,
And then I don't feel so bad.
"

Os anúncios...

...da Peugeuot.
Desde o carro 'a sério', ao 'felino', passando pela inveja dos outros.

...do Mercedes Classe A.
Dinâmico. Vivo. Inspirador. "Segue a tua estrada".
("impele a tua própria canoa", em 'linguagem escutista' :)

...das Amoreiras.
Malu Mader. Palavras para quê?

...da Optimus.
"Segue o que sentes".
Fantásticos. Grandes 'bandas sonoras' (Mercury Rev, Mew e outros).

::sexta-feira, novembro 19, 2004

Tá mal!

Ah pois claro que tá mal.
Andam para aí certos e determinados bloggers, hã?, a falar mal do governo a torto e a direito, a mandar bocas sobre a censura e não sei quê, quando o que faziam melhor era tarem caladinhos, e que ainda por cima, e isto eu sei de fonte fido digna hã?, que têm certas e determinadas conotações com os partidos da oposição e tal.
Ainda para mais quando o senhog ministgo já não veio esclarecer tudo, hã, e explicar aos pogtugueses que as conclusões da tal da Alta Autoridade, ou lá o que é, não são credíveis, e que, portantos, devem ser desconsideradas, tipo aqueles filmes, dos advogados e não sei quê, e riscadas da acta, pá!

"Ah pois, e o lápis lazuli, e não sei quê"
E não sei quê, não! E não sei quê, não!
Porque eu, hã, eu!, que já fui vítima de tentativas de silenciamento dos meus conteúdos - "ah e tal, vê lá se paras com essas cenas e o camandro..." - eu sei bem o que é a censura, e sei muito bem, hã!, que esse tipo de coisas só acontece entre gaijos que andem de candeias avessas, e toda a gente sabe, toda a gente sabe!, que estes senhores são todos do mesmo clube, e que portantos, essas coisas que andam para aí a insinuar são o mais perfeito disparate.

"Ah e tal, porque és jovem..."
Ah e tal, não! Porque eu nasci antes do 25 de Abril, ok?, eu sei bem o que é viver debaixo de um regime opressivo e não sei quê. E nesse tempo um gaijo, pá, um gaijo tinha de ser criativo, não havia esta liberdade toda, quem um gaijo pode andar a descascar em quem bem entende durante horas a fio, que eu sei, nem na televisão, nem na rádio!, e era preciso arranjar maneira de dar a volta às coisas e dizer o que se tinha a dizer e tal, mas de forma a evitar ser entendido, assim a modos que directamente, para ver se não lhe aplicavam, aí sim!, essa cena da censura ou pior. Ou pior!

Agora estes gaijos, estes gaijos, blogam blogam, blogam blogam, pá, mas não os vejo a fazer nada!

...
Eh!

(desculpem lá qq coisinha, mas depois de 2 semanas a ser constantemente bombardeado de 'gato fedorento' por alguns dos tipos a quem estive a dar formação, precisava de tirar isto do sistema. E tal!)

E pronto

Mais duas semanitas de formação que chegam ao fim.
São 16h40 e ainda me 'sobram' 5 formandos na sala a tentar resolver os ultimos exercícios.

Os restantes 7 já debandaram.
Uns saíram assim que dei por terminada a teoria (por volta das 15h30).
Os outros foram saíndo à medida que se aproximava a sua 'hora ideal' para apanhar o barco ou o autocarro. Ou a boleia do colega.

Consegui dar cerca de 60% do programa do curso desta semana.
Não está mal, considerando que tive um dia a menos que o previsto para o fazer, pois a 2ª feira foi aproveitada para completar os 75% do programa da semana passada.

É no que dá ter turmas com mais 50% de formandos do que o ideal (são mais 50% de cabeças com dúvidas, claro).
E especialmente mandarem as pessoas para estas acções de formação sem que preencham os pré-requisitos necessários.

Eu até já cá tinha estado, em 2002, e com esta mesma malta, a dar aquilo que é o mínimo indispensável para se tirar o devido proveito do programa destas duas semanas, mas desde então a grande maioria nunca mais teve qualquer contacto com a matéria dada, pelo que chegaram a esta altura praticamente como estavam há 2 anos. A zeros. Ou lá muito perto.

O que obriga a estar constantemente a 'voltar atrás' para explicar conceitos que já deviam estar interiorizados, e que são fundamentais para o bom entendimento da nova matéria, e faz com que exercícios que deviam demorar uma hora a resolver ocupem uma manhã inteira.

Enfim.
Faz-se o que pode.
O melhor que se pode.
Mas cansa, bolas!

Para encher?

Ou talvez não.
Dependerá do teu ponto de vista.
É assim, às vezes também me dá para estas coisas:

"Desiderata"
De Max Ehrmann (1872-1945)

"
Go placidly amid the noise and haste, and remember what peace there may be in
silence.

As far as possible, without surrender, be on good terms with all persons.

Speak your truth quietly and clearly, and listen to others, even the dull and
ignorant; they too have their story.

Avoid loud and aggressive persons; they are vexations to the spirit.

If you compare yourself with others, you may become vain and bitter, for always
there will be greater and lesser persons than yourself.

Enjoy your achievements as well as your plans.
Keep interested in your career, however humble; it is a real possession in the changing fortunes of time.

Exercise caution in your business affairs; the world is full of trickery.
But let this not blind you to what virtue there is: many persons strive for high
ideals, and everywhere life is full of heroism.

Be yourself.
Especially do not feign affection.
Neither be cynical about love, for in the face of all aridity and disenchantment it is perennial as the grass.

Take kindly the counsel of the years, gracefully surrendering the things of youth.

Nurture strength of spirit to shield you in sudden misfortune.
But do not distress yourself with imaginings.
Many fears are born of fatigue and loneliness.
Beyond a wholesome discipline, be gentle with yourself.

You are a child of the universe, no less than the trees and the stars; you have a right to be here.

And whether or not it is clear to you, no doubt the universe is unfolding as it should.
Therefore, be at peace with God, whatever you conceive him to be, and whatever your labors and aspirations, in the noisy confusion of life, keep peace with your soul.

With all its sham, drudgery and broken dreams, it is still a beautiful world.
Be cheerful.
Strive to be happy.
"

('Desiderata': latim para 'coisas desejáveis', ou 'coisas a desejar')

::quinta-feira, novembro 18, 2004

Leão

Desta vez não é sobre o Sporting.

É sobre o Rodrigo Leão.
Conheces? Gostas?

Eu não conheço muito, apenas uma faixa do último album ('Cinema') - 'Lonely Carrosel', com a Beth Gibbons (dos Portishead).

Como gosto muito desta música, e porque sempre tive a ideia de que não apreciava a música do senhor, sem sequer te saber explicar muito bem porquê, estou bastante interessado em conhecer mais e em desfazer o 'preconceito'.

E lembrei-me de aproveitar o concerto de 'apresentação' do album para o fazer.
É no Sábado à noite, no CCB.

Queres fazer-me companhia?

Ólueis rid gud buques

A Fnac do Colombo ou do Chiado, a Bulhosa do Central Park, a Bertrand do Oeiras e a(s) Ponto de Encontro no Saldanha. E também, e como não podia deixar de ser, a BDMania na Rua das Flores, a Mongorhead Comics na Almirante Reis (nos arredores da Praça da Alegria, a partir de Dezembro ou Janeiro) e a Kingpin of Comics no S.João de Deus.

Em épocas 'densamente povoadas' de aniversários (como o têm sido os ultimos meses) e no Natal, se precisares de me encontrar, o melhor que tens a fazer é dirigires-te a qualquer uma destas livrarias, pois é muito provável que lá esteja à procura do 'livro certo' para (te?) oferecer (mas telefona 1º, just in case).

Os livros são, de facto, das coisas que mais gosto tenho em oferecer.
Não só porque gosto de ler, mas também porque 'tenho a mania' e sou daqueles que acham que todos o devemos fazer, que nos faz bem. E ainda, confesso, porque são do mais fácil de escolher e de tentar 'acertar' nos gostos de cada um, dada a diversidade da oferta.

Porque os há, realmente, para todos os gostos.
Sobre os mais variados temas, e sob as mais variadas formas, cores e feitios (bem, na realidade, são quase sempre rectangulares, mas acho que percebes a ideia).

E apesar de nestas coisas de livros e leituras me considerar bastante eclético (como aliás em tudo o resto: na comida, na roupa, na musica, nos filmes, nos amigos, nas amigas...), é rara a vez que vou a uma livraria que não encontre um livro que me faça parar para me certificar de que estou a ler bem o título, pela estranheza/absurdo do mesmo.

São sempre um pouco fora do normal e indiciam e/ou aparentam (cumprindo a sua função) um conteúdo algo afastado da minha 'órbita'.
Como o daquele livro do MEC, sobre uma das características do Amor.
Ou como aquele, de cujo autor não me recordo, que até foi objecto de intervenção da polícia, numa cidade algures no Norte, e que se referia a algo que, supostamente, as mulheres não gostarão de fazer.

Há mesmo de tudo.
Desde aqueles do estilo 'Seja um pai de sucesso, tenha um filho de sucesso', na onda do 'Quem mexeu no queijo de quem mexeu no seu queijo?', cuja eficácia continuo a achar duvidosa, mas que, a julgar pela proliferação da espécie, até nem devem vender mal; aos que me fazem rir ao imaginar os eventuais subterfúgios de quem lhes pega e vai para a fila pagar. Tipo o 'Kamasutra Ilustrado do ano 2000', 'A vida sexual dos Papas' (sem acentos, sim), 'O tamanho não importa - um guia prático para pequeninos', e outros que tais.

Como este que encontrei numa das últimas 'idas às compras', por exemplo:

"Dos cornudos: suas espécies e tipos"

Um livro do século XVIII (!), de um tal de Fourier (não, não é o matemático), que "estabelece a tipologia de todos os cornudos possíveis e imaginários de acordo com uma metodologia cientificamente rigorosa".

Até é capaz de ser uma leitura engraçada, com as ilustrações que acompanham cada uma das categorias e tudo o mais (folheei, claro!), mas não será, com certeza, 'literatura para as massas'. E daí, nunca se sabe.

Enfim, mais uma prova de que os gostos não se discutem, e de que há, de facto, 'malucos' para tudo.

PS:
Tás a imaginar a cena na caixa?
"Ah e tal, não é para mim, é para oferecer.".
"Ah e tal, não! Ah e tal, não!".
Porque uma coisa destas não se oferece nem a brincar!
Pelo menos a um amigo ;p

::quarta-feira, novembro 17, 2004

Conceitos



Ilusão



Realidade

Smoke-free!

Será?
Não sei porquê mas custa-me a acreditar.

Porque como tantas outras leis que deviam ser seguidas, e cujo desrespeito devia ser punido, mas não é, quer-me parecer que esta há-de ir pelo mesmo caminho.

Com uns, por um lado, a quebrá-la, e outros, por outro, a não a fazer cumprir.

É a velha questão da fiscalização, da penalização, etc.
Nas finanças, no ambiente, nas estradas, nos 'antros de perdição nocturna', e por aí adiante.

Mas já é um princípio. Um bom princípio.
E uma atitude que aplaudo. De pé.

Desculpa-me qualquer coisinha, 'ó tu que fumas'.
Afinal, se eu não posso (ou não devo) fazer outro tipo de coisas passíveis de prejudicar terceiros, por mais prazer que me dêm, e por mais falta que me façam, porque razão há-de o tabaco ser diferente, com todos os malefícios que lhe são conhecidos, e que nem tu, com certeza, poderás negar?

Só não percebo a preocupação dos senhores dos restaurantes e afins, que apareceram nas repotagens à hora de almoço, a dizer que 'pessoalmente acham muito bem', mas que 'vai ser mau para o negócio'. A queixarem-se da probabilidade, da quase certeza, de virem a perder clientes.

Mas porquê?
Hoje em dia, até percebo que muito pouca gente queira tomar a decisão de tornar o seu espaço comercial num espaço sem fumo, com receio de que a clientela fumadora fuja para a concorrência (e por isso também aplaudo a Haggen Daaz do Chiado, apesar dos preços escandalosos, por ter adoptado essa medida).

Mas a partir do momento em que todos são 'smoke free', em que não há concorrência para onde fugir, parece-me que esse será um falso problema.

Será que os fumadores vão deixar de ir 'comer fora'?
Ou será que vão passar a ir apenas aos restaurantes que têm esplanada?

Ou será que os referidos senhores já estão a contar com o desrespeito à lei, por parte dos concorrentes?

::terça-feira, novembro 16, 2004

Porta aberta

Para mais um universo.
Desta feita para o da Leila, que gentilmente me concedeu a autorização para o fazer em troca de gentileza idêntica da minha parte.

Tava a ver que não! :)

E assim já não preciso de passar pela 'ponte' para lá chegar.

Beijinho, Sheila

::segunda-feira, novembro 15, 2004

Ajuda-me...

...por favor, a responder a esta questão:

"O que é mais importante: o que sentimos ou o que queremos?"

Percebes a pergunta?
É um pouco 'tricky', admito.
Mas penso que podemos fazer uma tradução algo livre disto para qualquer coisa como:

"Devemos seguir o coração ou os nossos 'sonhos'?"

Isto partindo do princípio, claro, que o coração não nos aponta na direcção daquilo com que sonhamos, daquilo que queremos para a nossa vida.

Porque efectivamente isso nem sempre acontece.
Muitas vezes o coração aparece no caminho que traçámos, não para nos acompanhar, mas para nos apresentar vias alternativas e, eventualmente, nos desviar. Para nos atraiçoar!

E nessas situações é preciso optar.
E se há quem efectivamente o faça, optando por ouvir o coração e segui-lo, ou por não o ouvir (por abafá-lo, por desprezá-lo), e por continuar na senda dos objectivos delineados, também há quem não consiga fazê-lo.

Quem pura e simplesmente se deixa levar por um dos lados, sem ter sequer a oportunidade de escolher, de parar para pensar, incapaz de conter a enxurrada das emoções, ou de ultrapassar as barreiras entretanto erguidas dos lados do caminho.

E quem não consiga decidir, quem não saiba o que fazer. Quem fique parado no caminho, a circular o coração, tentando encontrar uma forma de seguir pelos dois caminhos, ou na impossibilidade de tal feito, encontrar um caminho intermédio. Ora avançando um pouco, ora recuando, à espera de algum tipo de 'intervenção divina' que ajude a resolver (ou que resolva) a situação. O que, de uma forma ou doutra, mais tarde ou mais cedo, acabará por acontecer. Para seu grande alívio.

Hum... agora que penso nisso, já aqui abordei este assunto antes.
Lembras-te do Paco? Pois é. O problema dele era semelhante.

O dele e o de muita gente, aparentemente.
Como tu, por exemplo, que me colocaste a questão.

Se calhar não vais ficar muito contente por a trazer para aqui, mas tendo em conta que o teu anonimato é mantido, que o contexto é desconhecido, e que tu provavelmente nem cá vais passar (para ver que ela está cá ;), não deve haver grande problema.
Digo eu. Se houver, olha... as minhas mais sinceras desculpas.

Mas isto parece-me ser, de facto, e apesar da sua 'importância', um 'problema comum' sobre o qual hão-de haver muitas opiniões diferentes. Se não muitas, pelo menos algumas. As suficientes para trazer alguma interactividade adicional aqui ao sítio, vá. Mesmo que seja só a tua!

E então, queres partilhá-la connosco?
Diz lá de tua justiça, o que é mais importante para ti:

O que sentimos ou o que queremos?

O gato preto

Deitou-se no chão, de barriga para baixo, encostado à parede.
Respirou fundo, tentando fazer o mínimo ruído possível.
Do outro lado, do corredor de acesso à cozinha, já não se ouviam os passos do ratinho branco.

Ainda lá estava, disso tinha certeza, pois o seu olfato não o enganava.
Mas tinha parado, por alguma razão.
Talvez o pressentisse.
Talvez esperasse para ver qual seria o seu próximo passo.
Ou talvez não.
Talvez apenas se entretivesse com algum resto de comida do almoço dos donos.

Pormenores.
Estava ali, 'à pata de semear'.
Tudo o que era, todo o seu instinto felino, lhe gritava (mas baixinho, para o ratinho não ouvir) para disparar na sua direcção.
Havia de ser desta que o apanharia.
Vamos! Porque esperava?

Esperava... porque estava cansado.
Cansado das correrias, do jogo, de um desfecho que nunca aparecia.
Cansado de ser sempre ele a perseguir, a procurar.
Não que fizesse sentido ser ao contrário, nada disso.
Afinal, onde é que já se vira um rato a correr atrás de um gato?

O que ele queria era voltar ao tempo em que eram ambos gatos e caçavam por becos e vielas. Ao tempo em que dominavam os quintais e os telhados e faziam por estar sempre juntos.

Até aquela estúpida queda pela chaminé de Solistides.
Ele teve sorte, e conseguiu escapar às faíscas que saltaram dos dedos do bruxo quando este os apanhou aos dois no meio da confusão em que haviam transformado a sua cozinha.

Mas o amigo... bem, o amigo também terá tido sorte, ao que tudo indica.
Tirando os momentos iniciais de confusão, até se adaptou rapidamente à sua nova condição. Ao conforto. À segurança. Ao mimo.
Estava, aparentemente, feliz.
Pelo menos nunca mais ensaiou qualquer tentativa de reverter o feitiço ou de fuga.

Mas ainda brincavam juntos, de vez em quando.
E, nessas alturas, o entusiasmo de outrora, a amizade e o companheirismo, ainda pareciam lá estar.
Mas já não era de todo a mesma coisa.
Porque era sempre, sempre, o mesmo jogo de apanhada.
Um autêntico, e literal, 'gato e rato'.
E era sempre a ele que cabia a iniciativa, claro.

Um ruído! Ah! Eis que se põe novamente a caminho.
Para a cozinha, sem dúvida, para receber um naco de queijo em troca de uma pirueta ou qualquer outro dos seus truques.

Que havia de fazer?
Desistir ou continuar a insistir, perpetuando essa autêntica pescadinha de rabo na boca?
Pescadinha... na boca.
Bolas! 4ª feira!
Dia de peixe fresco no contentor do salão de chá!
Como é que era possível que se tivesse esquecido?
Depressa! Se se despachasse talvez ainda conseguisse apanhar qualquer coisa.
Hum... estaria por lá a gata Maxine?

O ratinho branco

Parou, no meio do caminho, e olhou para trás, sobre o ombro. Então, onde é que ele estava? Onde estava o gato? Virou-se para trás, sentou-se, e esperou um pouco. Nada. Ninguém. Que estranho! Tinha quase a certeza que ele estava ali, algures, escondido atrás da mobília ou da parede.
Sentia o seu cheiro no ar, ainda que muito ténue. Estava com certeza à espera que ele voltasse novamente costas para reatar a perseguição. Ah! Não o enganava, conhecia-o bem demais. Levantou-se. Raspando com as patas no chão, simulou que se afastava. Nada, novamente. Esperou mais um pouco. Silêncio. Bom, provavelmente não estava mesmo lá.
Talvez tivesse apanhado apenas algum odor residual de uma passagem do gato por ali. Ou talvez os seus sentidos o enganassem com a memória dos jogos de apanhada recentes, ou até mesmo de outros tempos mais antigos.
Tempos em que também ele fora um gato e ambos percorriam juntos as ruas da aldeia. Outros tempos. Bons tempos. Tempos que até deixavam um sabor a saudade. Mas tempos que haviam ficado para trás.
Agora era um belo ratinho branco, felpudo, com lindas orelhas rosadas. Com direito a uma gaiola só para ele, completa com roda de exercícios, almofadas de algodão e tudo o mais. Com ração, da boa, a horas certas. E, claro, a adoração dos meninos e meninas que tanto se divertiam com as suas brincadeiras.
Com tudo isto, não viria grande mal ao mundo se o gato não aparecesse mais. Teria saudades, claro. Era giro jogar às escondidas de vez em quando, pisar o risco, sentir a adrenalina a subir, mas podia passar bem sem isso. E sempre era uma preocupação a menos, afinal. Porque a qualquer momento a natureza poderia vir finalmente ao de cima, e qualquer desvio errado ou tropeção a meio da corrida fariam com que fosse facilmente apanhado! E lá se iria tudo o que tinha ganho no dia em que, por sorte, haviam entrado na casa do mago-feiticeiro. Brrrrr.... Nem gostava de pensar nisso.
Um novo odor, entretanto, invadiu-lhe as narinas e despertou-o do estado pensativo em que se encontrava: Cheddar! Claro, era 4ª feira! Quase que se esquecia. Porque é que estava ali parado, afinal? Para a cozinha, antes que desapareça!

Olés

Nunca gostei muito de os gritar, confesso.
Pelo menos em jogos do Sporting.
Pelo menos desde aquela infame noite em 1900 e carqueja, quando o feitiço se virou contra o feiticeiro, e os 'olés' resultaram numa pesada derrota para o SCP (e no ultimo campeonato para o SLB).

Não me recordo se dessa vez os entoei (é provável que sim, era jovem e tal), mas o que é certo é que nunca mais o fiz. Não vá o diabo tecê-las!

Assim, ontem também não o fiz, quando o resultado já estava 4-0, e os 'olés' se começaram a ouvir. Até porque o jogo, que estava a ser 'esquisito' desde o início (com uma bola e jogadas que pareciam saídas do 'Noddy e as bolas saltitantes'), mais se assemelhava a um jogo de 'arrabia' que de futebol. Meio parado e sem grande interesse. O golo solitário do Boavista até foi positivo, no sentido que serviu para animar um pouco as coisas.

Estava, além disso, e mais uma vez, longe dali, perdido nos meus pensamentos, meio abstraído de toda aquela euforia. A pensar no que tu me disseste e, mais ainda, no que tu não me disseste.

Mas claro que não há 'blues' que resistam a um 5 a 1.
E quando aconteceu lá saltei do banco pela 1ª vez na noite.
E voltei a saltar, a gritar, e a girar o cachecol, quando minutos depois se fechou a contagem nos 6 a 1.

E agora cá estamos, todos coladinhos no topo da tabela, a 1 ponto uns dos outros. Ou a 2 pontos. Ou a 3. Ou a 4. Ou a 5. A poucos pontos, é o que interessa.
Porque, felizmente, não faço parte dessa maioria (60%, né?) que acredita que 2 pontos de vantagem à 10ª jornada são garante da vitória no campeonato, pelo que, como sempre, e até que a matemática diga que não, ainda está tudo em aberto.
And looking good! :)

::domingo, novembro 14, 2004

Cigarros e leite com chocolate

E não chocolate de leite, como dizia um jornalista da TSF na 6ª feira.

Estes são dois dos vícios do Rufus Wainwright, pelo menos a acreditar no 'Cigarettes and chocolate milk', do seu 2º album, 'Poses'.
O que é uma pena, porque com uma voz daquelas ele devia era ter juízo, e fazer por não a estragar. Isto para não falar dos restantes malefícios desse vício horrível. E não, não me refiro ao leite com chocolate! :|

Isto vem a propósito, evidentemente, do concerto de ontem na Aula Magna.
Mais uma das minhas estreias da semana. Mais duas, na realidade.
A minha estreia em concertos do Rufus (e hei-de fazer por lá estar no próximo) e a minha estreia na Aula Magna, onde nunca tinha estado (acho que ficarias espantado com os locais onde nunca estive).

Sozinho, e armado 'apenas' de um piano e duas guitarras, R.W. seduziu e encantou durante hora e meia a audiência (que foi 'a mais calorosa, 'a melhor' etc., como sempre :), com a sua fantástica voz e as suas belas melodias.
A sua postura em palco foi das melhores, à altura do que se esperaria de um concerto deste tipo: muito comunicativo, bem-disposto e brincalhão, fazendo (quase) sempre uma introdução às musicas que tocava\cantava, e divagando sobre os mais diversos assuntos.

"I write a lot about dead people. That's why i love Europe so much. You have such great dead people."

Não o sabia 'gay assumido' até tu no-lo teres dito, aqui no blog, mas quem quer que lá tenha estado ontem e não o soubesse, não há-de ter saído de lá iludido, com certeza. Não só pelos trajeitos, mas também pela forma como fala abertamente sobre o assunto. E faz ele muito bem, digo eu.

Um dos momentos altos da noite, senão mesmo o mais alto, foi a sua homenagem ao falecido Jeff Buckley, com a interpretação do tema nele inspirado, 'Memphis Skyline', e da sua (R.W.) versão do 'Hallelujah', daquele autor.

Não terá sido mágico, como alguns entrevistados da Radar previam, mas esteve lá quase. Com um pouco mais de intimidade\proximidade (em termos 'geo-espaciais'), mais duas ou três músicas do último album ('Want one'), e um outro ingrediente especial, então sim, teria sido mágico. Mas, como já disse, esteve lá quase, o que significa que foi muito, muito, bom.
Não achaste?

::sábado, novembro 13, 2004

Bolas!

Fiz outra vez asneira!
Deixei passar o aniversário do Jorginho, o Lidador mais velho.

Fez 32 anos na passada 5ª feira, dia 11.
E eu esqueci-me!

São coisas que acontecem, bem sei.
O ano passado calhou à Rute (mil desculpas, novamente), este ano a ele.
E até me posso desculpar com o cansaço da semana, mas...

PARABÉNS atrasados para o nosso algarvio, que sempre demonstrou que os homens não se medem aos palmos ;)

E ainda... E ainda...

Para o meu primo mais velho, o Pedro (o pai do priminho Henrique), que faz hoje 35: outros tantos PARABÉNS!

Aqui vai um grande abraço de Lisboa para Vila Real. :)

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Thank you for the music

Em particular pela música a 9.95€, na FNAC.
Passei por lá hoje para adiantar as compras de Natal, e ao ver estes preços claro que não resisti a comprar umas prendas para mim também: "Bone", do Tim Booth, "Dear catastrophe waitress", dos Belle&Sebastian, e "You are the quarry", do Morrissey.

Com um desconto médio de cerca de 9€, acho que os podemos considerar autênticas pechinchas, ainda para mais se tivermos em conta que são os últimos lançamentos de cada um dos autores, e todos bastante recentes.

Quanto ao conteúdo de cada um ainda não posso adiantar muito, pois pouco conheço para além de uma ou duas músicas: "Down to the sea" do 1º, "Stay loose" do 2º, e "First of the gang to die", do 3º. São 3, afinal.
Quatro, se contar com a letra que me enviaste da faixa 11 do 3º.
Mas essa ainda não a ouvi. :)

De qualquer forma, diria que são todos apostas seguras.
E à excepção de Morrisey, de quem só possuo um 'Best Of' dos Smiths (nem sequer é só dele, portanto), presenças obrigatórias na minha 'discoteca'.

Dos James do Tim Booth, só me falta um CD para ter a discografia completa, e considero-me fan incondicional (espreita aqui).

Pelos escoceses Belle&Sebastian apaixonei-me há cerca de 2 anos e pouco, quando a Kika e o Luis me emprestaram (entre outros) o "If you're feeling sinister" (da capa avermelhada).
Entretanto comprei o "The Boy With The Arab Strap" (da capa esverdeada) e o "Fold Your Hands Child, You Walk Like A Peasant" (da capa amarelada).
E agora este, também de capa amarelada, embora numa tonalidade mais escura.
Também tinha comprado o "If you're feeling sinister", que de todos é o que gosto mais, mas acabei por to oferecer no Natal de 2002 (lembras-te?).

Alguém que também gosto bastante de ouvir cantar (e tocar), é o tal "gay assumido" que dá pelo nome de Rufus Wainwright.
Recordas-te de uma referência minúscula que lhe fiz aqui no blog, há uns tempos atrás?
Pois é, o tempo passa mesmo a correr, e é já hoje o concerto na Aula Magna.
E eu lá estarei! Contigo, que foste a única a aceitar o convite.

Quem também cá vem dar um ar da sua graça é o Josh Rouse, cujo último album, '1972', foi considerado um dos 5 melhores do ano passado, pela Radar.
Actua a 15 de Dezembro no Forum Lisboa. Queres ir comigo?

Quero comprar o(s) bilhete(s) durante esta semana, por isso não percas muito tempo a pensar, ok? Se quiseres, terei todo o gosto em emprestar-te o CD para que o descubras (em alternativa podes pedir ao Marques, que também o tem :).



::sexta-feira, novembro 12, 2004

A 1ª

E é assim.
Ao fim de 10 anos a sentar-me de um lado da mesa, lá vou eu, por volta das 18h,
sentar-me (finalmente) do outro.

É uma sensação engraçada.
Apesar da experiência que tenho da 'mesa', isto de agora me encontrar no papel dos
outros ainda me deixa a pensar "como será?" e outras coisas do género.

Não há-de ser nada, claro. E de certeza que vai ser 'giro'.
Conhecer os 'compadres' e tal :)
E sendo a 1ª de muitas que ainda hão-de vir, é melhor aproveitar antes que comece a tornar-se uma seca.

Porque daqui a alguns anos juntam-se a estas as dos escuteiros, as da catequese, as do judo e da escola de música... argh!

De que falo?
Ora, não é óbvio?

::quinta-feira, novembro 11, 2004

Simpatizante

Sou.
Ah pois claro que sou.
Do Vitória (de Setúbal), e do Moreirense.
Do Marítm, e do Farense.
E até do Braga.

E porquê, saberás tu dizer-nos?

::quarta-feira, novembro 10, 2004

Chapéus

Há muitos.
Mas no ultimo problema eram só 4.
Já me ia esquecendo de dar a solução.
Ou melhor, a explicação, porque a solução já tu a deste.

Se quiseres avivar a memória em relação ao problema, dá um pulinho até aqui.

A resposta é de facto 'o do meio' (do lado direito do muro, claro)

Porquê?
Bom, sabemos que inicialmente nenhum deles conhecia a cor do seu chapéu, embora todos soubessem que existiam 2 chapéus brancos e 2 pretos.
Cada um via e conhecia, no entanto, a cor dos chapéus dos homens que estavam no seu campo de visão.
O 1º (de qualquer dos lados do muro) não via nada.
O 2º só via o chapéu do 1º, e o 3º via o do 1º e o do 2º.

Ou seja, o 2º, o do meio, via um chapéu branco.
E sabia que se o 3º estivesse a ver dois chapéus da mesma cor, saberia que o seu só poderia ser da outra. Preto, no caso concreto.

Ora, o 3º afirmou não saber qual era a cor do seu chapéu.

Para o 2º, isto podia querer dizer uma de duas coisas:
a) que o seu chapéu não era da mesma cor que o do 1º (sendo, portanto, da outra)
b) que o QI do 3º andava pelas ruas da amargura

Quer porque conhecia o 3º, ou porque se trata de uma daquelas pessoas que pensa sempre o melhor do seu semelhante, o 2º decidiu riscar a opção b) e optar pela a), descobrindo assim a cor do seu chapéu.

Certo?

Dia da Mãe

Não será o de todas, nem sequer o da maioria, com certeza, mas é o da minha.
O seu dia de aniversário.
Faz hoje 61 anos (como não parece, não faz mal dizer) a senhora que me deu à luz (vá, diz lá: "á luz, não a alvalade!" ah ah que piada).

MUITOS PARABÉNS, Mãe.
Espero que tenhas um dia muito feliz, cheio de coisas boas.

Em jeito de prenda de aniversário aqui fica a promessa de tentar ser menos 'Afonso Henriques' ... :
Beijos e até logo

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::terça-feira, novembro 09, 2004

Menina, precisa-se

Para explicar o significado de um anúncio a pensos higiénicos que anda por aí a circular nos autocarros da capital, e que reza assim:

"Sê infiel, usa First"

Como assim?

Imperdoável?

Ou não!
Porque mais vale tarde que nunca, já diz o povão.

E acho que é compreensível o atraso, que nem sequer foi um esquecimento.
Foi, isso sim, (mais) um fim-de-semana alucinante, durante o qual nem perto me cheguei de computadores e destas coisas da internet, seguido de uma 2ª feira que marcou o início de mais uma maratona de 15 dias de formação e de noitadas de trabalho.

E 'prontos', sem mais demoras, até porque se faz tarde e quero ir dormir um bocadinho, aqui ficam os meus atrasados* PARABÉNS à (Chefe) Graça, pelas 60 primaveras que completou no Domingo. 60 a atirar para os 30, entenda-se! :)

Que continues a contá-los por muitos e muitos anos, com a mesma alegria e energia é o que te desejo!

* atrasados apenas bloggisticamente falando, porque tive a oportunidade de lhe dar os parabéns pessoalmente no próprio dia, no jantar surpresa que os filhotes lhe organizaram.

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::segunda-feira, novembro 08, 2004

E vão 5

Gotinhas no cinto.
E só não vão 6 porque na primeira edição da actividade ainda não existia o cunho.
Falo da Gota Amarela, claro, a actividade para os Guias e Sub-Guias das Alcateias do Núcleo da Barra (que é constituído pelos agrupamentos dos concelhos de Oeiras e Cascais, para quem não sabe), que decorreu durante este fim de semana (6 e 7).
Acho que já aqui tinha falado nela.

Correu muito bem, na minha humilde opinião, tanto em termos de participações (com 13 Alcateias presentes e um total de 98 lobitos, se não batemos o record, devemos ter andado lá muito perto), como em termos de cumprimento dos objectivos (fizemos tudo o que era suposto e só nos atrasámos muito ligeiramente no Sábado à noite para o Fogo de Conselho e no Domingo à tarde na entrada para a Missa).

As avaliações de lobitos e animadores também foram, na sua grande maioria, bastante positivas.

Claro que, e embora continue a correr por gosto, foram 2 dias muito, muito cansativos, especialmente para quem estava na organização. Em particular porque o elevado nº de animadores (cerca de 30) continua a não ser sinónimo de maior 'balanceamento de carga'. Não sei se por falha da referida organização, se por falta de algum espírito de iniciativa dos presentes em determinados momentos chave. Como diz o outro que agora está na moda: "falam, falam, e tal..."

Ainda assim, e à partida, cá estarei de novo para o ano, para colocar a 6ª gota no cinto :)

Fónica*

Acho que o meu post futebolístico de 6ª feira foi mais um bom exemplo daqueles momentos que posteriormente se revelam como tendo sido uma boa oportunidade para se ter estado calado.

:(

*Bernardês para "phónix"

Argumentação

Não adoras quando um teu interlucutor se sai com um "acabou a conversa" antes mesmo de esta sequer ter começado?
"Não interessa".

Então, faltam argumentos?
Entregam-se assim os pontos?

Das duas uma: ou o assunto não tem mesmo importância suficiente para nos 'chatearmos', ou a 'coisa' não estava realmente bem fundamentada.

De qualquer forma, para mim, vencer por falta de comparência ou desistência do adversário não tem a mesma piada.
Mesmo quando o "vencer" não tem piada nenhuma.

Que paciência, meu Deus...

::sexta-feira, novembro 05, 2004

Eles eram 3

O mais audaz, sacou da espada e zás... deu 4-1 ao adversário.
Que, sem dúvida alguma, era o mais fraquito de todos os 3 adversários da semana.
Ainda assim. É preciso aproveitar quando (enquanto?) se pode.

4-1. Diferença de 3 golos. 3-0, portanto.
Ou 0-3, se nos virarmos para o outro lado da 2ª circular.

Descolorido, alguém disse. De facto.
E não só no equipamento. Que é que aconteceu ao tradicional?
Ainda por cima os alemães jogaram de branco.
Não percebi o salmão ou lá o que era aquilo.
Mas ao menos não era fuschia.

Bom, vejamos:
3-0 para um lado.
0-3 para outro.
Soma daqui, tira dali, e ficamos com... 0-0.

Equilibrado. Perfeito.
E, por sinal, o resultado mais a norte, 2 dias antes.
Pelo menos valeu 1 pontito. Já não foi mau.
Pelo menos ainda dá para fazer contas de cabeça à qualificação.

Pode ser que ao passar para a próxima fase de cada uma das competições, ainda possa escrever 'Eles são 3'. Era bom. Para o futebol nacional, e tal.

Entretanto, espero que este fim de semana (no qual incluo a próxima 2ª feira) se pinte de verde, com riscas brancas. Verticais, na Luz. Horizontais, nas Antas.

::quinta-feira, novembro 04, 2004

QuatroContosEOitocentos?!?!

Por 2 refeições numa cafetaria de 2ª ou 3ª?
Tá bem que foram 2 alheiras de caça, e que à sobremesa comi uma fatiazona de bolo de chocolate (daqueles com cobertura de brigadeiro, yummi :p).
Tá bem que até é uma cafetaria com esplanada e tudo, que até fica na Guerra Junqueiro que, ao que me dizem, é supébem.
E tá muito bem que o nome do sítio até é 'Cafetaria Astro' que dá logo outro nível à coisa e tal.
Mas 24€? Bolas!
Ide roubar para a estrada, sim?

::quarta-feira, novembro 03, 2004

Hiho Silvia!

E prontos... mais 4 anos de Western e 'coboiadas'.

::terça-feira, novembro 02, 2004

omfdsp

O meu fim-de-semana prolongado.
Comecei por falhar a intenção de estar na saída da Alcateia para o 'acampamento de apresentação', às 8h30, da Sede. O que vale é que o que conta é o que se sabe.
Jogo da bola no Sábado de manhã, das 9h30 Às 11h. Começar a perder por 4-0, chegar aos 12-11, e a 10 minutos do fim descambar para os 17-11. Enfim...
Almoço na Pizza na Brasa do Zoo. O milagre da sopa de cenoura que desapareceu do prato do B e que voltou a aparecer no mesmo. E na mesa. E na cadeira. E no chão. E nas calças. Dele, do papá e da mamã.
Step à tarde. Não o exercício físico. O 'mental'. Ou digital. De dígito. Dedo. Step de 'Step - Tecnologias de Informação'. Limitada.
Jantar... jantar... não me lembro. Nem do que fiz à noite. Nada, provavelmente. Dormir. Mal. Com muitos sobressaltos.
Acordar no Domingo às 7 para ir levar o pão do pequeno-almoço à Alcateia, em Montachique. No Cabeço, para ser mais preciso. Às 7, não. Às 6h, porque me esqueci de que mudava a hora. Tudo bem. De manhã é que começa o dia!
E lá estão eles, 31 pirralhos, acabados de acordar de uma noite chuvosa em tendas 'avariadas' e\ou mal montadas. Mas alegres, bem dispostos. Prontos para mais um dia. Encontro algumas caras conhecidas do Regional. Miúdos e graúdos. Saudades. Não fico para o pequeno-almoço porque o B anda a queixar-se de 'dodói na baguiga', e não convém demorar muito não vá ser preciso ir com ele ao médico.
Não foi preciso. Fomos antes às compras. Ao supermercado do 'ilefante vermelho'. Não é cor de lalanja, é vermelho.
O tradicional almoço na Avó Guida (a avó paterna), em Caselas, com os pais, a irmã e o primo Paulo, o padrinho do B. O tal de 1m e noventa e qualquer coisa. E com a Avó Guida, claro. O B ora se queixa, ora não se queixa. Mas não larga a ameixa.
Tarde na Step. A apanhar chapéus e a bater com a cabeça nas paredes. Mas não com muita força, pois à noite vou ao Fogo de Conselho da Alcateia.
Apanho a Nana na Sede pelas 20h15 e lá vamos nós para o Cabeço. Ainda consigo apanhar um resto do 'esparguete com salsichas e ovos mexidos' para reconfortar o estômago vazio. Faço o gosto ao dedo e ajudo a lavar a louça. A secar, pelo menos. O Fogo de Conselho faz-se sem fogo, mas com holofote. No Parque Municipal não são permitidas fogueiras, com certeza. Resulta bem na mesma, com muitos momentos divertidos. Temos a visita da Catarina e do André, outras amizades do ACAREG. Outros bloggers que ainda não me autorizaram a adição de uma porta para os seus universos pessoais aqui do meu :). Uma salamandra, preta com pintas amarelas tenta entrar numa das tendas dos miúdos mas é prontamente redireccionada para outras paragens. Sem violência, porque o escuta protege as plantas e os animais. Regresso a casa na companhia do Pedro ('dos óculos', noutros tempos) e do Miguel, que adormece na sua cadeirinha assim que arrancamos e que teima em pender da mesma até quase bater com a cabeça no assento (sim, o teu sobrinho).
De Domingo para 2ª a noite volta a ser mal dormida. Volto a acordar cedo. Pelo que decido ir novamente a Montachique levar o pão e outras compras que são necessárias, antes de ir trabalhar, ao contrário do que lhes tinha dito na noite anterior. Quem corre por gosto não cansa, e tal. Ás 10h já estou na Step, para mais uma sessão de chapúes e 'headbanging'. E às 13h estou a caminho das urgências do CUF Descobertas com o B. Que quando lá chega e é atendido (muito rapidamente, diga-se!), é o miúdo mais bem disposto do mundo e não parece nada precisar de cuidados médicos. Mas têm-nos na mesma. Gastroentrite viral. É o que lhe é diagnosticado. Consequência talvez do tal quadro asmático que estava a 'pintar' na semana anterior. Seguem-se 2 semaninhas de grelhados, cozidos e muito cuidado para não desidratar.
De volta à Step. Acabo com os chapéus, aparentemente. E dou descanso à cabeça e á parede. A ver vamos.
A noite, não sendo o que pretendia, é calma e agradável, terminada com um crepe de ananás e um galão, no Quente&Bom do Central Park, na companhia da Akelá. Para retemperar forças e pôr a conversa em dia.
E no meio de tudo isto o meu clube recuperou 2 pontitos em relação aos seus eternos rivais, o Vitória de Setúbal ascendeu à 1ª posição da Liga, e o mundo continuou a loucura que todos conhecemos...

160 milhões

De eleitores.
80 a pender para um lado.
80 a pender para o outro.
Or so they say.

Os nossos amigos Americanos lá vão hoje a votos, para escolher o seu novo presidente.

Ao que dizem, ambos os candidatos estão empatadíssimos.
O que não é muito bom, tendo em conta que há 4 anos atrás até era o Gore que 'ia à frente'. E que, aparentemente, até ganhou o 'voto popular', tendo acabado por perder no 'caderno eleitoral'. Ou lá o que é.
Confesso que não percebo muito bem o sistema deles (nunca me dei ao trabalho, é um facto). Se me quiseres dar um atelierzito, mesmo aqui no blog, estás à vontade.

E quem é que tu achas que vai ganhar?
Já nem te pergunto quem é que tu gostarias que ganhasse, porque isso, enfim...
Digo eu. Se calhar até me surpreendes!

Apesar de teoricamente não haver favoritos, e do meu preferido ser o nosso-quase-compatriota Kerry (e esta conversa de favoritos e preferidos tem muito que se lhe diga), a verdade é que não estou muito esperançado. Porque será, não é?

Mas, se de facto se fizer alguma luz naquelas cabeças (na maioria, pelo menos), e se decidirem por trocar de 'cowboy', olha... até te pago uma cerveja em jeito de comemoração. Combinado?

(entretanto, podes entreter-te com as animações que são referidas no blog da Nana, aqui ao lado: Oh these funny yankees)