::quarta-feira, outubro 26, 2005

ARGH!

Obras de remodelação nas instalações do cliente. Já aqui as referi, a propósito de uma coincidência.

Enquanto não terminam a intervenção no espaço onde nos sentávamos antes, transferiram-nos para uma cave, juntamente com outros 'outsources'.

Um espaço mais amplo, onde não estamos encavalitados uns nos outros e nas máquinas, como estávamos no nosso cantinho anterior. Mais exposto também, com menos privacidade, o que não é problema de maior uma vez que não estamos cá para privar mas sim para trabalhar. E até estamos mais ou menos à vontade, dado que o resto do pessoal que partilha o espaço connosco até é bastante descontraído.

Ainda assim, uma cave. Sem janelas. Sem luz ou 'arejamento' natural.

Mas com ar condicionado. O ruído do ar condicionado, pelo menos. Intenso, constante, sempre presente. Claro que por esta altura do campeonato já está interiorizado, e remetido para 'background'. Quase que só damos por ele quando se desliga, por volta das 19h30/20h, altura em que parece que algo se desliga no nosso próprio cérebro, tal é a estranheza que o silêncio causa. E a sensação de alívio que se apodera de nós sem que percebamos bem porquê.

E como do ar condicionado só usufruímos mesmo do ruído, a este junta-se o calor. O que se penou por aqui, em Setembro e início de Outubro. Uma autêntica sauna! Que não é das coisas mais apetecíveis do mundo, quando se está de fato e gravata. Ultimamente, no entanto, com os dias mais frescos que temos tido, não damos tanto por ele. Mas ainda se faz sentir, em particular da parte da tarde.

Entretanto, e porque as obras nesta parte do edíficio ainda não estão completamente terminadas, vamos levando, de quando em vez, com as cantorias, conversas (por vezes bastante 'coloridas') e marteladas do pessoal que, do outro lado da parede/biombo improvisada, as vai adiantando, bem como com a ocasional e irritante sirene de alarme, que nos deixa sempre a pensar "Será a sério?".

A juntar a tudo isto, e como se não fosse suficiente, nos últimos dois dias tem-se feito sentir um (muito) desagradável odor a esgoto, proveniente de uma das 'salas de arrumação' localizadas directamente por trás de nós (curiosamente, as casas de banho, que ficam mesmo ao lado da dita sala, parecem ser o único local imune).

É suposto voltarmos ao nosso espaço antigo (ou irmos ocupar um novo, ainda não percebi) em Janeiro, mas já houve quem nos perguntasse se acreditávamos no Pai Natal e no Coelhinho da Páscoa... Decididamente, não há condições!