::quarta-feira, novembro 29, 2006

Tudo começou com uma pontita de febre

No Domingo anterior ao passado, dia 19, portanto.

Por acaso, e por sorte, no dia seguinte, 2ª feira, tinha consulta de 'rotina pós-operatório' no otorrino, que lhe diagnosticou uma faringite e prontamente lhe receitou mais uma dose de 'papas e descanso' (outra!) com alguns medicamentos à mistura.

Para o fim da semana - 5ª feira à noite, para ser mais preciso - não só se mantinham as altas temperaturas como a tosse (surgida na 2ª à noite) se fazia sentir com mais intensidade, e num dos seus ataques durante o sono, para além da especturação traz consigo mais qualquer coisa. Qualquer coisa que parecia sangue seco, digerido.

Um novo ataque de tosse na manhã de 6ª feira, embora mais ligeiro, confirmou a presença de sangue (mas nada que se parecesse ao sangue vivo da semana a seguir à operação às amígdalas), de modo que lá fomos nós de novo para o Hospital.

S.Francisco Xavier, desta feita, onde para além de o mandarem (com v de volta) ao Egas Moniz para ser visto por um otorrino, lhe tiraram umas radiografias e sangue para análise. Fizeram-lhe ainda uma sonda naso-gástrica, que consiste, para quem não sabe, em fazer passar um tubo finissimo pelo nariz até ao estômago, para tentar perceber o que se passa lá por baixo.

Diga-se de passagem, que o puto se portou muito bem, como um campeão. Tanto na recolha de sangue, como com a dita sonda, tendo colaborado muito mais que o esperado, e sem fazer grande alarido. É o meu orgulho! :)

No tubinho, no entanto, não vem nada, o que parece indicar que o problema também não será do estômago. Um último vómito causado pelo tubo a sair da garganta, contudo, manda cá para fora mais sangue, tanto digerido como vivo.

"Ok, fica cá internado para observação", foi o veredicto da médica que o estava a acompanhar.

E assim foi. Passou a sua 3ª noite internado (em tantos outros hospitais e descontando, claro, as 2 que passou na maternidade há quase 5 anos), tendo saído, felizmente, logo na tarde do dia seguinte, uma vez que o episódio não se voltou a repetir.

Entretanto, mudou de antibiótico, começou a fazer aerosois (para acalmar a tosse) e já tem uma endoscopia marcada (ugh!) para dia 11 de Dezembro, para se tentar perceber com mais certeza se o problema é ou não do estômago.

O mais provável, segundo a opinião dos vários médicos que o viram, é que se trate de algum tipo de iritação/inflamação do esófago, provocada pelas 'sessões de vómito' diárias com que o B brindava o pessoal no colégio há um ano ou dois, durante as refeições. Um tal de síndrome de Mallory-Weis, que afecta sobretudo alcoolicos e bulímicas (é certo que eu de vez em quando bebo umas bejecas, e que a Carla tem sempre a mania que está (mais) gorda, mas... caramba, mesmo sendo verdade que quem sai aos seus não degenera, não podia ter herdado só as coisas boas, este miúdo?)

Para já, e apesar da tosse que persiste, vai estando melhor, com a esperança de estar completamente bom para as 3 ou 4 festas de anos que vai ter para a semana, e manda beijinhos a todos quantos têm perguntado por ele.

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