A Lei de Murphy aplicada às férias
- Olá, bom dia! Então essas férias? - perguntei, ao atravessar a sala - Vens pouco queimada.
- Eh.. pois é... foram curtas - respondeu, deslizando a cadeira para trás, e mostrando a custo a perna esquerda, com o joelho elástico colocado por cima das calças de ganga.
- Então, que aconteceu?
- Esmaguei o menisco, no 1º dia - explicou, com ar triste.
- Xiii... grande azar! Como é que isso aconteceu?
- Estava na aula de snowboard, com um pé preso e o outro solto... escorreguei... deslizou... um para aqui, outro para ali... caí de joelho...
- Mas que azar, realmente. E agora?
- Talvez tenha de operar, ainda não sei. Nove em dez casos não precisam, mas a minha mãe por exemplo, foi um dos "um em dez".
- Com sorte não vai ser preciso, e pela estatística... - disse-lhe, retomando o meu caminho e entrando no meu gabinete - Não sabes que essas coisas só se fazem no último dia?
- Pois... um amigo meu, dois dias depois, partiu um pulso!
- Bolas, isso é que são umas férias azaradas! - exclamei.
- É, foram mesmo muito azaradas: à ida o meu namorado perdeu o cartão de embarque; depois, em França, fomos multados por excesso de velocidade; e no regresso, quando pensava ainda poder aproveitar o pouco que restava das férias, ele teve uma gastroentrite. Enfim...
- Alguém vos fez um voodoo!
- Éramos treze, no grupo.
- Ah! Está explicado, então. Estavam a pedi-las.
- Éramos para ser quatorze, mas o décimo quarto teve um acidente de mota na véspera e já não foi...
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