::quarta-feira, junho 02, 2004

Ontem (2)

Foi dia da criança.
Só me apercebi disso já depois do almoço.
É daquelas datas que começou a passar ao lado a partir do momento em que deixei de receber a prenda da praxe.

Ia escrever "a partir do momento em que deixei de ser criança", sim.
Mas contive-me a tempo. Porque é verdade que nunca o deixei de ser completamente. Penso que é algo que acontece a muita gente.

Não acontecerá, infelizmente, a todos. A maioria, se calhar, faz por eliminar a criança, trancando-a num qualquer quarto recôndito do seu ser, na ânsia de ser adulto, de ser "tudo" o que pretende e que se espera que seja.

Tal como há a quem aconteça o oposto. Aqueles que nunca crescem, em quem as proporções criança-adulto não se alteram como deviam ao longo do tempo, e a criança domina eternamente.

Como em tudo, será uma questão de encontrar o equilibrio certo.

Diz-me uma coisa, tu pai ou tu mãe, ou tu madrinha ou tu padrinho.
Aproveitaste o dia de ontem para pensar no tu-criança ou limitaste-te a cumprir o ritual das prendas para os pequenos?

Etiquetas:

,
2 Transmissões (em formato antigo)
Ás 5:40 da tarde, Anonymous Anónimo transmitiu...

Aproveitei para pensar no eu-criança. E tu também ?

 
Ás 6:38 da tarde, Anonymous Anónimo transmitiu...

quando se está a trabalhar é difícil pensar nisso...
não pensei nem no eu-criança, nem fiz o meu papel de eu-padrinho.
a distância é uma coisa complicada...

p.

 

<< Take me home