Padrões
'Eles andem aí'.
Por aí. Por aqui. Por acolá.
Os padrões com 'p' minúsculo, atenção.
Se bem que os outros, com 'P', também por aí andam, sim. E hão-de continaur a andar por muitos e largos anos, se Deus quiser.
Mas é aos com 'p' que de facto me refiro.
Aos de comportamento (á falta de melhor nome).
Já reparaste neles? Se calhar não.
Pronto, talvez tenhas reparado, ou melhor, talvez te tenhas apercebido de um ou outro.
Ou não.
Eu arriscaria dizer que provavelmente já reparaste em atitudes que se repetem, em gestos, mas que nunca te apercebeste dos padrões. Nunca juntaste as peças todas do puzzle que constiutem o padrão.
Porque, tal como acontece com os comboios, também um padrão pode esconder outro padrão.
É assim mesmo que eles são. Discretos. Dissimulados. Quase que invisíveis.
É claro que o facto de não estarmos activamente à sua procura os ajuda a manterem-se despercebidos. Nem existe, à partida, qualquer razão para o fazermos. Para quê? Não fazíamos mais nada!
Existem em vários "sabores".
Os pessoais, de mim para ti por exemplo, e os colectivos, de ti para com o grupo.
E os respectivos vice-versas, claro.
Os inofensivos, que denotam apenas uma rotina, um defeito, ou um feitio.
Os não tão inofensivos, que poderão denotar que algo não está bem.
Etc.
Geralmente só os vemos quando algo nos chama a atenção para eles. Quando algo os denuncia. Uma (in)confidência, por exemplo. Algo que se ouve sem querer. Algo que nos é explicado. Explicitado. Algo que acende uma luzinha cá dentro, que torna claro e evidente o que até então nos passava completamente ao lado.
A partir desse momento torna-se quase impossível deixar de analisar aquilo que acontece sem ser à luz dessa revelação.
Essa análise poderá ser perfeitamente inofensiva, um simples constatar de um facto, um 'ora cá está isto de novo', ou o típico 'Realmente, como é que nunca me apercebi disto antes?'.
Mas também poderá ter outros contornos, se o padrão for nosso, ou se nos afectar de alguma forma. Aparecem os 'Será que...?' e afins. Aparece a dúvida associada ao não sabermos se a tal atitude, o tal gesto, é apenas um acaso ou uma confirmação do padrão.
Eu não me preocupo muito com os padrões. Ou melhor, não os procuro.
Há um ou outro que penso ter detectado, que de vez em quando me "chateiam" um pouco, mas que até já me ensinaram um pouco sobre mim. E sobre ti, também.
Vistas bem as coisas, até podem ser parte da resposta para a nossa questão, não achas?
Para o 'Quem sou eu?'.
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