The not so ideal crash
5ª feira, 26 de Agosto de 2004.
20h, mais 5 ou 10 minutos.
Estou parado no STOP da rua que dá acesso ao Largo Rui Pereira, a partir da Av.Tomás Ribeiro, à espera para virar à esquerda, para esta. Para ir para casa.
Parece que não vou ter de esperar muito.
À minha esquerda, na referida Tomás Ribeiro, pára um carro, um Peugeot 206, a fazer pisca para a direita. Quer virar para a rua de onde venho.
Como esta curva é bastante apertada, e mais ou menos complicada de fazer quando já lá se encontra outro carro, o condutor decidiu parar e deixar-me passar primeiro.
Ainda estou a processar a cedência de prioridade, ainda nem sequer arranquei com o carro, quando percebo que o Peugeot 106 que segue atrás do meu 'interlocutor' não só não abrandou nem se desviou, como ainda acelera em direcção a este.
A condutora parece gesticular e protestar contra o facto de ele estar ali parado.
"Vai bater", pensei.
E bateu.
"Bolas! Vem para cima de mim".
E veio.
Creio que, na realidade, utilizei outra qualquer interjeição menos própria, mas isso não vem ao caso.
Numa 'fracção de segundo', o 106 ficou com a frente desfeita, o 206 com a traseira metida para dentro, e com a dianteira enfiada na porta da Astra. A minha.
Um pouco mais para dentro, um pouco mais de força, e era capaz de ter ficado com algumas nódoas negras. Não fiquei, graças a Deus.
Os outros condutores também não sofreram quaisquer ferimentos, à parte de um ligeiro arranhão\hematoma no braço da condutora do 106. O airbag cumpriu a sua função.
Acalmados os nervos da menina, e a preocupação do senhor do 206 (que ia entregar o carro a um cliente, que por acaso até ia a passar na rua!), tratou-se de resolver a situação.
Preencheram-se as declarações amigáveis.
Chamou-se o reboque para o 106.
E chamou-se também a polícia.
Porque o dono do 206 (a quem o condutor o ia entregar) preferiu não arriscar e, pelo sim, pelo não, tratou de participar. O seguro, afinal, morreu de velho.
Lá para as 22h já estava tudo preenchido e tratado.
Já o 106 tinha desaparecido para parte incerta.
Já o 206 tinha sido devidamente estacionado para aguardar o dia seguinte.
Já eu tinha verificado que a minha porta, afinal, ainda abria e fechava 'normalmente'.
E até já os bombeiros por lá tinham passado para encher a rua de areia (a cobrir o óleo).
Agora é esperar para ver no que isto vai dar em termos de seguros...
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