::sexta-feira, outubro 15, 2004

A lei

De Murphy. Eu já devia saber como ela morde, mas consigo ser sempre surpreendido.

Começa hoje às 24h (ou será amanhã às 0h?), prolongando-se durante todo o Sábado e o Domingo, o tradicional encontro anual dos escuteiros de todo o mundo nas ondas do rádio e no espaço virtual da internet.

É o regresso do Jamboree On The Air. O JOTA.
E do seu irmão mais novo: o JOTI. Jamboree On The Internet.

É uma actividade que, dirão alguns, já perdeu o encanto e a atracção de outros tempos, devido aos meios de comunicação à distância que hoje temos (quase) permanentemente à disposição, e que já nos permitem viver todos os dias em 'jamboree', se assim o entendermos\pudermos.

Ainda assim, é um evento que dá sempre bastante trabalho aos agrupamentos que decidem ter uma participação mais activa, como é o caso do 626, em Linda-a-Velha, onde (ainda) temos uma tradição muito forte de 'jamborismo'.
E dá muito trabalho, em particular, aos responsáveis pelas suas componentes fundamentais: os rádios, os computadores, e as actividades que decorrem durante o fim-de-semana.

Como co-responsável pela componente informática, já estava a contar com uns dias (noites!) um pouco mais longos para o fim desta semana, com a habitual confusão de instalação de máquinas, ligações à internet etc...

Mas nada de especial, à partida.
Afinal, a actividade vai decorrer na sede, onde está acabar de ser instalada uma 'rede informática' novinha em folha, vamos contar apenas com 6 máquinas, uma em cada um dos cantos das secções (mais uma no bar e uma na sala de reuniões), e hoje em dia, com o XP, estas coisas de instalar redes não tem nada que saber (mesmo para quem gosta\percebe o mínimo do assunto, como eu e tu).

Ainda assim, estavam mais que reunidas as condições para que se aplicasse a Lei de Murphy, que, evidentemente, não se fez rogada.

A 1ª 'surpresa' foram os monitores.
Dos 6 que nos foram empresatados 1 deixou logo de funcionar (por coincidência, ou não, foi aquele que tinha a 'casca' rachada), e outro para lá caminha a passos largos. No mínimo arrisca-se a dar cabo da vista a muita gente.
Mas os substitutos já vão a caminho. Espero.

Depois foi a rede, que afinal não estava lá.
Ou estava, mas não nas melhores condições, com buracos suficientes para não nos aparar a queda.
Entre fichas mal colocadas, e eventuais cabos partidos, ainda estamos para perceber onde é que o sinal vai parar, quando sai de uma máquina para outra.
Á partida, e mesmo na pior das hipóteses, temos solução para o problema.
Não será a desejada, mas também há-de servir.

Com estas coisas de andar de rabo para o ar a inspeccionar cabos e tomadas, estivemos as duas últimas noites na sede, até perto das 2h30 da manhã. E também não ajudou nada o facto de eu me ter 'enganado' na versão do XP a instalar em duas das máquinas.

Enfim, valeu-nos a companhia de algumas almas caridosas, preocupadas, e solidárias.

Hoje, no último dia disponível para toda esta preparação, com tantas coisas ainda por verificar e fazer, claro que tudo parece estar contra mim:

Atraso-me a sair de casa para ir levar o B à escola, com os seus chorinhos e ameaços de vómito. O trânsito, claro, está caótico, devido à chuva.
Em Alfragide, no cliente onde estive de manhã, as coisas também não correram tão calmamente como se esperava. Afigura-se um looooongo fim-de-semana de trabalho (sim, vou para lá amanhã logo de manhã).
Na ida para Lisboa, novamente o trânsito, com a luz do depósito a piscar.
Depois é o tipo à minha frente na bomba de gasolina, ao qual só falta ir beber um cafézinho e que parece estar mesmo a gozar comigo!!!
Vou à Global para tratar do seguro da actividade, e apanho mais trânsito, incluíndo tipos parados a pedir indicações enquanto o semáforo está verde, mas não encontro lugar para estacionar, pelo que tive de deixar 'a máquina' no parque subterrâneo e pagar 1.20€ por 15 minutos. E ao sair ainda tive de esperar que uma menina atrapalhada com a manobra de estacionamento me desimpedisse o caminho!
De regresso a Alfragide, aproveito para passar pela Worten do Continente, que é mesmo do outro lado da estrada, para comprar um switch para o JOTI, e não é que na única caixa aberta a menina está a contar o dinheiro? Felizmente não tinha ninguém à frente!

Entretanto as coisas no cliente lá se endireitaram um pouco.
O que não me deve livrar de ir tranbalhar no fim-de-semana, mas pelo menos já devo ir mais descansado.

Agora ainda tenho de ir buscar o B à avó, passar pela sede, dar-lhe jantar, passar pela sede, pô-lo a dormir e... passar pela sede?

AAAAAAAAARRRRRRRRRRRRRRGGGGGGGGGGGHHHHHHHHHHHHH!

Edy, espero que estejas cheio de pica para redes e afins, amigo!

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