E não se pode processar?
Diga lá sôtoura, não se pode processar?
Levar a tribunal esses senhores que engendraram e andaram para aí a espalhar os novos cartazes laranja, com a estampa do nosso ex-futuro-demissionário-demitido 1º?
Na base da apropriação indevida, abusiva e, quiçá, ofensiva, de lemas e motes alheios?
Passo a explicar...
Corria o ano de mil novecentos e oitenta e tal, quase noventa (ou mesmo noventa, já não me recordo bem), quando um grupo de jovens escuteiros de Linda-a-Velha decidiu aceitar o desafio de participar num festival music-hall que se iria organizar para e com as diferentes 'associações de juventude' do local e arredores.
Para participar, sendo um festival music-hall, era necessário compor uma canção com letra e música originais e, claro, apresentá-la ao publico e a um juri.
Pois que como já referi os ditos jovens decidiram participar e dar mostras do seu talento, virtuosismo e entusiasmo (que dá sempre jeito para compensar minimamente a eventual ausência dos dois primeiros).
Lá se organizaram e deitaram mãos à obra, reunindo-se em casa de um e de outro, a horas incertas e impróprias, até alcançarem um resultado com o qual se sentiram satisfeitos e do qual, estavam certos, haviam de ficar muito orgulhosos.
E na noite do festival, subiram a palco, encantaram a plateia e juri, e arrecadaram o 1º lugar!
...
Só não me recordo se foi para a letra, se para a música.
Esta coisa da idade e dos neurónios que se vão apagando é lixada.
Mas acho que foi para a letra. Acho.
Perguntem ao Marques, à Rita que não é Ana, ao Carneiro, ao Panão, ao Studder...
Ou a qualquer um dos outros (ainda éramos uns quantos, desculpa lá se me esqueci de ti).
Pode ser que eles se lembrem.
Eu já só me lembro (mais ou menos) da melodia, e de parte da letra.
Com alguma ajuda talvez até me recorde de toda, mas assim, sinceramente.. já foi há muito tempo!
Mas sei que começava assim:
"Contra ventos e marés...
(... tendo o céu por limite")
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