Mais um dia
Para comemorar algo de especial nas nossas vidas.
Na tua.
Na dela.
Na dele.
Mais um dia igual a todos os outros, e cuja intenção, como a de tantos outros, se devia repetir todos os dias do ano.
Mais um dia em que, supostamente, devemos fazer uma das tais 'pausas para pensar' naquilo que o Dia assinala.
E daí... talvez não.
Talvez este Dia, ao contrário de outros, não tenha sido feito para pensar, para refletir. Apenas para sentir.
Até porque nalguns casos (quiçá no teu? Espero que não!), o melhor a fazer é mesmo não pensar muito. Apenas ir na onda. Go with the flow.
Aproveitar o Dia e o momento.
Para dar um miminho extra.
Para dizer aquelas palavras que noutros dias não saem, por vergonha ou por princípio (para não banalizar).
(Quão melhor seria o mundo se não tivéssemos tanto medo dessas palavras e/ou de as 'vulgarizar', não achas? Se elas fossem umas autênticas desavergonhadas? Desde que sinceras e honestas, claro está.)
É pena, claro, como é pena noutros Dias, o aproveitamento comercial que se faz do momento, do sentimento.
O relógio, o perfume, o cd, a lingerie...
Mas, lá está, tal como noutros dias, só vai nisso quem quer.
Até porque o nascer e o pôr do sol continuam lá.
Tal como os museus, e os jardins com os seus cisnes, como referia hoje na Radar o convidado especial do Dia, o Vitor Espadinha.
O tal, que declama, no fabuloso 'Ouvi dizer' (que até nem é muito apropriado ao Dia) dos Ornatos Violeta:
"A cidade está deserta
e alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra,
repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga, ora doce...
Para nos lembrar que o amor é uma doença,
quando nele julgamos ver a nossa cura..."
E olha...
Feliz dia de S.Valentim para ti!
Para todos.
Até mesmo para os 'Brasa', sim.
E, especialmente, para os 'Sleepless in Seattle'... ;)
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