::segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Mais um dia

Para comemorar algo de especial nas nossas vidas.

Na tua.
Na dela.
Na dele.

Mais um dia igual a todos os outros, e cuja intenção, como a de tantos outros, se devia repetir todos os dias do ano.

Mais um dia em que, supostamente, devemos fazer uma das tais 'pausas para pensar' naquilo que o Dia assinala.

E daí... talvez não.
Talvez este Dia, ao contrário de outros, não tenha sido feito para pensar, para refletir. Apenas para sentir.

Até porque nalguns casos (quiçá no teu? Espero que não!), o melhor a fazer é mesmo não pensar muito. Apenas ir na onda. Go with the flow.

Aproveitar o Dia e o momento.

Para dar um miminho extra.
Para dizer aquelas palavras que noutros dias não saem, por vergonha ou por princípio (para não banalizar).

(Quão melhor seria o mundo se não tivéssemos tanto medo dessas palavras e/ou de as 'vulgarizar', não achas? Se elas fossem umas autênticas desavergonhadas? Desde que sinceras e honestas, claro está.)

É pena, claro, como é pena noutros Dias, o aproveitamento comercial que se faz do momento, do sentimento.

O relógio, o perfume, o cd, a lingerie...

Mas, lá está, tal como noutros dias, só vai nisso quem quer.

Até porque o nascer e o pôr do sol continuam lá.
Tal como os museus, e os jardins com os seus cisnes, como referia hoje na Radar o convidado especial do Dia, o Vitor Espadinha.

O tal, que declama, no fabuloso 'Ouvi dizer' (que até nem é muito apropriado ao Dia) dos Ornatos Violeta:

"A cidade está deserta
e alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra,
repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga, ora doce...
Para nos lembrar que o amor é uma doença,
quando nele julgamos ver a nossa cura..."

E olha...

Feliz dia de S.Valentim para ti!

Para todos.

Até mesmo para os 'Brasa', sim.
E, especialmente, para os 'Sleepless in Seattle'... ;)