::sexta-feira, agosto 12, 2005

Defeito nº 1

Vou começar pelo fim, pode ser?

Pelo fim do teu mail, entenda-se, não pelo último defeito ou algo do género, até porque não me parece que tenham algum tipo de ordenação, a não ser, eventualmente, a cronológica. Não devem ter aparecido todos ao mesmo tempo, afinal. E se há alguns que são de nascença, genéticos talvez, outros hão-de ter aparecido um pouco mais tarde.

Começo, portanto, pelo que referiste em último, que acaba por ser o único com o qual não concordo. Todos os outros, ou são demasiado evidentes para alguma vez os poder ter negado (estão na cara por assim dizer, e não só figurativamente), ou já me foram sobejamente apontados ao longo dos anos pelos amigos.

Sim, pelos amigos. Os verdadeiros sabem que não se devem coíbir de o fazer (ainda que o façam de forma mais ou menos diplomática), pois é nos 'apontamentos' de quem nos quer bem que refletimos, e é (também) através deles que crescemos e 'melhoramos'.

Atenção que não estou a dizer que qualquer pessoa que nos fale dos nossos defeitos é nossa amiga. Não se aplica propriamente a comutatividade, nestas coisas. É preciso saber filtrar o que nos é dito por quem não nos conhece/nos quer mal/nos inveja. Filtrar e/ou não ligar. O que nem sempre é fácil, claro, especialmente para quem se precoupa demasiado com o que toda a gente pensa, e em agradar a tudo e a todos. Que não é o caso (o meu).

O que muitas vezes acontece, infelizmente, é que mesmo os amigos só nos dizem as coisas quando se chateiam/zangam connosco. Ou 'nosco' com eles. Como aconteceu contigo, por exemplo. E nesses momentos, é sempre mais complicado reconhecer a razão e os defeitos próprios.

Mas não é isso que se passa. A sério. Agradeço o mail, como sempre 'agradeci' nas ocasiões anteriores em que me apontaste o que quer que fosse. A estima (mútua, acredito) a isso 'obriga' (e torna natural). Além do mais, diga-se em abono da justiça, não fizeste mais que responder à 'provocação' que foi o meu primeiro post sobre os defeitos. "Estava mesmo a pedi-las", por assim dizer.

Acontece que após calma reflexão e meticulosa análise dos possíveis porquês de listares aquele 'defeito' em particular, cheguei à conclusão que não concordo contigo. Pura e simplesmente por considerar que estás a confundir conceitos.

Passo a explicar...