::quinta-feira, dezembro 01, 2005

Dia 1 de Dezembro

À 365 anos atrás um grupo de homens, os denominados Restauradores, provocavam mais uma guinada no curso da nossa história, criando um motivo de júbilo, para gerações futuras de trabalhadores portugueses, e um motivo de lamentação, para partes das gerações portuguesas do fim do século XX/princípios do século XXI.

Recordar-se-ão melhor, provavelmente, os que se lamentam, do que os que festejam, o porquê daquilo que fazem.

Primeiro dia do último mês do ano. Mês do Natal. Mês do fim-de-ano (mais um que termina).
Mês do aniversário do B (tá quase!), e do Teu, do teu, do teu, do teu, e do teu. E do d'Ele, claro.

Mês das jantaradas, das confraternizações. Dos reencontros. Da paz e harmonia para todos os homens (e mulheres) de boa-vontade (e os outros que se lixem, para ser franco, pois isto já é suficientemente difícil sem os ter por cá a tentarem estragar-nos tudo).

Mês do stress das COMPRAS, dos presentes, do cúmulo do consumismo, mesmo em tempos de crise, como aqueles que vamos vivendo.

Não me conto entre os poucos que se podem gabar de lhe escapar e de lhe ser imune, confesso. Faço listas, compro, ofereço, perco-me nas demandas pelo presente adequado a cada um.

Pelo gosto de oferecer. Pelo gesto, pelo que representa. Uma materialização das palavras ditas e atitudes tomadas (ou não) no resto do ano. E cada vez mais ofereço apenas e sempre que faz sentido, não me deixando levar (aí sim) pelas tradiçoes e obrigações da época. Continuam a existir, não o nego, em determinadas situações, mas nunca a 100%. Ou faz sentido e é sentida, ou então não tem razão de ser, a prenda de Natal. Daí que as litas listas se alterem de ano para ano, ora adicionando, ora subtraindo.

Já ao stress que lhe está mais ou menos inerente, à lufa-lufa de última hora, já vou escapando, na medida em que vou tentando (e conseguindo) adiantar o máximo de 'trabalho', começando as ditas compras o mais cedo possível.

Este ano, por exemplo, já levo algum avanço confortável, graças ao Dia/Noite do Aderente FNAC (PUB). São 10% de desconto em todos os artigos (excepto em não sei o quê) que dão sempre jeito em qualquer altura do ano, e muito mais nesta. Como gosto bastante de oferecer livros (e alguma música), aproveitei-os o ano passado, voltei a aproveitá-los este, e provavelmente hei-de continuar a fazê-lo no futuro.

Ontem ao fim do dia, na loja do Colombo, e no meio de tanta aderência dos aderentes (e era mesmo aderência, para além de adesão, pois era tanta gente que se colavam uns aos outros), até me consegui despachar relativamente depressa, 'despachando' também um bom número dos nomes da lista (o teu e o teu, por exemplo).

Ainda faltam muitos nomes (porque a lista não é muito pequena), mas uma boa parte já está. O primeiro dos 'jantares de Natal' (o almoço do outro lado da família, no próximo dia 8) já está 'coberto', pelo menos.

E o alento até já é outro, agora que o arranque já está dado.