::domingo, março 19, 2006

Bráziu

Confesso: tal como tive oportunidade de te dizer uns tempos antes de ir, não era nem o meu tipo nem o meu destino favorito de férias.

Passar o dia inteiro de papo para o ar a torrar ao sol não faz bem o meu género, embora adore praia e estar dentro de água (se tiver ondulação ou rochas para 'explorar', então!). Talvez seja pela sensação de desperdício de tempo (e dinheiro), que poderia ser melhor aproveitado a descobrir e conhecer outras coisas.

E o Brasil, enfim, nunca me atraíu grandemente. Em parte pelo enjoo das novelas, em parte pela associação a um certo clima de insegurança, em parte por... não sei. Não estava, nem pouco mais ou menos, no topo da lista dos destinos a visitar.

Confesso: fui conquistado!

Pelo pouco que conheci do Nordeste, pelo menos: Olinda, Porto Galinhas, e a Praia dos Carneiros de todos os dias, onde a temperatura da água rondava a da banheira num dia frio de Inverno em Lisboa.

Pela Fazenda, com toda a sua beleza natural, e com toda a simpatia e humildade das suas gentes. Com os seus mergulhos na piscina às 6h30/7h da manhã (arrastado pelo B!), os seus passeios a cavalo ao fim-da-tarde, as visitas das dezenas de sapos aos 'gramados' ao anoitecer, e os mais que dispensáveis e comichantes ataques de melgas.

Pelas viagens de 'jipe/tractor/carrinha' da Fazenda até ao rio, passando pelo lagoa onde vivem dois jacarés (nunca avistados), e pela viagem de catamarã que nos levava às areias brancas e aos coqueiros da praia.

Pela gastronomia - não completamente desconhecida, claro - que incluía frutas e sumos tropicais, panquecas, tapiocas e outros que tais ao pequeno-almoço, e rodízio de carnes (a salsicha, a maminha, a picanha...) ao almoço, na praia, sempre rematados com deliciosos bolos e doces.

E até pelo calor, que era um pouco insuportável, é verdade, mas que lá se ia levando, de t-shirt, calção, havaiana no pé e caipirinha na mão.

Resumindo...

Foram, sem dúvida, as férias mais 'imprevistas' de todas as que fiz (tendo decidido ir apenas 15 dias antes, tomando o lugar da Avó Didi que acabou por não poder ir devido às complicações com o joelho), e não sendo, de facto, as mais necessitadas/desejadas, a verdade é que acabaram por se tornar também das melhores de sempre.

Uma combinação perfeita de companhia e destino. A repetir!