Quem tudo quer
Como faz? Para ter tudo? Sim. Não faz. Não? Não. E porquê? Porque não pode, claro. Não pode fazer? Não, não pode ter tudo. Então como faz? Não podendo ter? Sim. Decide. O quê? O que quer mais e o que quer menos. E se não conseguir decidir? Tem de conseguir. Porquê? Porque não pode ter tudo, certo? Mas como faz para conseguir decidir? Como faz em tudo o resto: pensando, pesando... Para ter a certeza do que prefere? Sim, dentro do possível. Como assim? Ter a certeza na medida em que é possível ter a certeza de alguma coisa. Certeza é certeza. Nem sempre, nem tudo é assim tão matemático. Pois, de facto. E sabes o que dizem... O quê? Nesta vida, apenas duas coisas são certas. Ah, sim, a morte e os impostos. Embora não forçosamente por essa ordem. Como se faz então? Para ter a certeza? Sim! Talvez não se faça nada, porque nunca se a tem. Nunca? Nunca. Então como se faz para decidir? Arrisca-se, suponho. Arrisca-se? Sempre. Sempre... Porque quem não arrisca.... Tudo perde?
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