::quarta-feira, junho 28, 2006

Com a mosca

Não deixa de me surpreender continuar a encontrar quem (ao fim de consideráveis anos de experiência nesta coisa da vida, em particular da vida adulta, com todos os seus altos e baixos, e escolhas que somos obrigados a fazer) ainda encare a felicidade como algo de absoluto, contínuo, e permanente, consubstanciada em algo tão 'simples' de atingir como o ter tudo o que se quer (mesmo quando as coisas que se querem são incompatíveis entre si).

Já não me surpreende, contudo, constatar o quão infeliz se acha quem assim encara a felicidade e a sua busca. Não surpreende, mas 'irrita'.

Especialmente quando a primeira (e às vezes única) pergunta que se coloca face aos problemas/situações que se têm de resolver é algo do género "Alguma vez serei feliz?".

Especialmente quando não se faz pela própria felicidade (por reconhecê-la!), e se espera que a Divina Providência se ocupe disso e a... bom, providencie!

Especialmente quando não se tem a coragem de agir nesse sentido, e as únicas respostas aos problemas são o encolher de ombros, a cara triste, a resignação e a acomodação à (confortável?) própria 'fraqueza'.

Isto é o meu mau feitio a falar, eu sei, mas 'faz-me espécie' (adoro esta expressão), o que é que queres? Deu-me para aqui, a mosca. 'Prontos'.

Etiquetas: