Grandes para quê?
Sábado, dia 28 de Março (mantenho, portanto, a tendência de atraso significativo nos relatos), cerca das 9h da manhã.
Seguia na A1, com a 'Nossa Senhora' - a velhinha Toyota Hiace branca da paróquia, 'NS' de sua matrícula, na qual a Lidador foi a Kanderteg (Suíça) há 16 anos - carregada com o material da Alcateia (cujos restantes 6 animadores e 28 lobitos, seguiam uns quilómetros mais à frente, a caminho de Torres Novas), para o acampamento de Páscoa, que iria durar até 3ª.
Tendas, fogão, candeeiros, bilhas de gás para estes e para aquele, enxada, pá; tachos e panelas, talheres, pratos, copos, jerricans, e outro material de cozinha; caixas de 'adereços', de roupa, de ferramentas, de lápis e canetas de cor; cordas, lonas, 'panos de tenda', varas... tudo devidamente acomodado na parte de trás da carrinha, não ocupando sequer metade da sua capacidade máxima. Esta iria servir, essencialmente, para o transporte dos miúdos e respectivas mochilas de Torres Novas para o campo (Parque Escola da Serra de Aire e Candeeiros), a meia-dúzia de quilómetros.
Ao passar ao Carregado sinto um ligeiro cheiro a queimado e começo à procura da sua possível origem, no exterior. Nada à direita. Nada à esquerda. O único sítio onde conseguia vislumbrar fumo era atrás. A sair da própria carrinha!
Meto os quatro piscas, desacelero (e já não ia muito depressa, não só devido à provecta idade da viatura, mas também devido à ventania que se fazia sentir e que parecia querer virar aquela), meto a 4ª... e a carrinha vai-se abaixo. Encosto na berma. Desligo o motor. Tento voltar a ligá-lo. Não consigo.
Ligo para as adjuntas, a contar do sucedido. Apanho uma das animadoras ainda um pouco mais à frente, em Aveiras, num 1º pit-stop para o xixi, e peço-lhe para voltar para trás e vir apanhar algum do material: as tendas, são o mais importante, para não atrasar a montagem do campo.
Ligo também para a assistência em viagem, e para o responsável pela manutenção da carrinha, na paróquia.
Em menos de uma hora, as tendas já seguiram para campo com a Â, e eu já estou a seguir no reboque a caminho de Linda-a-velha. O condutor, senhor de meia idade e poucas falas (quase duas coisas em comum comigo :p), mantém o rádio sintonizado numa estação onde está no ar um programa para crianças e jovens, e que passa o Coro Infantil não sei de onde.
Em Linda-a-Velha, já perto das 11h, a A (ex-animadora da Alcateia) vem dar uma mãozinha com o material, aproveitando(-me d)o facto dela se encontrar por aquelas bandas. O plano é simples: vamos ao Alto de Sta. Catarina buscar a Astra da C, e transferimos tudo da carrinha para esta. Tudo não, quase tudo: abrindo uma excepção devido à nossa própria situação excepcional, a chefia do campo (já contactada pelas adjuntas) vai-nos deixar usar o fogão local, pelo que já não será necessário levar o nosso.
Vou buscar as chaves da Astra, e trato de retirar todo a 'tralha' que lhe ocupa a bagageira, bem como a cadeira do B, levando tudo para casa (da C e do B). Volto para a garagem, pronto para a fase final do plano, e a Astra decide não pegar. "Nabice minha" - pensei, apesar de todas as luzinhas laranjas e vermelhas que se acendem. Tento mais uma vez. E mais uma. Não vale a pena. Não vai pegar mesmo.
"E agora? @#$@&%!!!! ... hum... Será que... sim... é só limpar-lhe a tralha também e... não custa tentar..."
Tentámos.
E resultou: também é jipe e camião, afinal! :)
PS3: também o 'Super Carro' ameaçou fazer das suas - e provar que "não há duas sem três" - na 3ª feira à tarde, ao sairmos de campo, não querendo arrancar acusando 'falta de chave'. Este, no entanto, lá cedeu ao fim de algumas tentativas de 'pé na embraiagem e carrega no botão'. Mas tenho de tratar daquela pilha!
PS2: embora ainda não saiba o que se passou com a carrinha - falha minha, que ainda não liguei ao Sr. N - o problema com a Astra deveu-se ao facto de ter deixado cair parte da respectiva chave (que se 'desmontou' na minha mão) e desta ter saltado o 'chip' necessário para que aquela electrónica toda funcione. Por sorte, os dois senhores que na 3ª ao fim da tarde andavam de volta dela lá o conseguiram encontrar no chão da garagem, e resolver o problema.
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