::domingo, janeiro 08, 2006

Todo partido

É como me sinto.

A cada movimento que faço há um músculo diferente que dá sinal de vida, de forma algo ruidosa (leia-se, dolorosa). Os das pernas são os que falam mais alto, mas todos os outros (e devem ser mesmo todos!) também se vão fazendo ouvir: nas costas, nos abdominais (existem, afinal!), nos braços (nem percebo porquê!), nos ombros e pescoço...

Se estes últimos já se queixavam desde 4ª ou 5ª, afligidos pelo denominado torcicolo, todos os restantes só começaram a levantar a voz ontem (Sábado), depois do almoço.

E porquê? Bem... porque ontem de manhã fui quebrar o jejum de exercício físico que durava há cerca de um mês, quebrando outro que durava há quatro ou cinco: o dos jogos da bola!

É verdade. Quando o mister me ligou na 6ª a perguntar se queria jogar no dia seguinte de manhã, a saudade falou mais alto que o bom senso (e a mensalidade do Solplay) e aceitei de imediato (ou quase, pois tive de confirmar o horário do puto para esse dia).

Uma hora e quase meia sempre a bombar, a correr de trás para a frente e da frente para trás (embora mais devagar) atrás da bola e dos adversários, com o coração aos pulos a pedir tréguas, praticamente sem ter aquecido e cometendo o erro quase fatal de não fazer os obrigatórios alongamentos no final (depois de 2 meses de ginásio já devia ter aprendido a lição, bem sei).

O jogo em si até que foi bom. Eu gostei, pelo menos, apesar de termos perdido por uma diferença de 3 golos (o que não cai bem a todos). Deu para me divertir, para descomprimir, e até para 'dar um ar da minha graça': 1 golo, 2 assistências para golo e... mais 2 golos na própria baliza (azares da vida), o que significa que 'estive' em 5 dos 15 golos marcados, o que não é nada mau!

As saudades, essas, ficaram 'matadas': dos inícios de jogo 20 minutos para além da hora, dos galácticos que consideram que fazer 'piscinas' para nada é só para os outros, do empenho excessivo (carrinhos e afins) de alguns, das disputas acaloradas (putas acaloradas) que se extendem por minutos e minutos por causa de um simples fora, da fuçanguice (própria e alheia), do 'fiz merda, mas vou assobiar e mudar de assunto, pode ser que ninguém note' de quem passa o tempo a reclamar com os erros dos outros, etc...