Estados incoerentes
No dia em que iniciamos (lá na Step) uma nova série de entrevistas a potenciais futuros 'Steppers', surge-me a dúvida:
- Porque raio, nestas coisas de salários (e outras), é bruto o 'oposto' de líquido?
Tem-se o vencimento bruto. Aplicam-se os impostos e outros que tais. Fica-se com o vencimento líquido.
Não devia o bruto, em vez de ser bruto, ser sólido? Não seria mais coerente, mais 'contextualizado'? Passava-se para o estado o líquido a partir do sólido.
Ou até mesmo ao contrário: do líquido passar para o sólido. Porque afinal, é com o que fica que temos que suportar o mês, e a não ser que o dito mês tenha boa flutuabilidade, o mais certo é ir ao fundo se estiver suportado pelo líquido.
O que, pensando bem, até vai acontecendo com cada vez maior frequência, pelo que até fará algum sentido começar com o sólido e acabar com o líquido.
O mais correcto, no entanto, o que faria mais sentido, seria começar com o líquido, descontar o que quer que se tivesse de descontar, e ficar com o gasoso. Porque se evapora, efectivamente.
Agora 'bruto'? Porquê?
Será porque no fim das contas aquilo que sobra é mais delicado?
Senhores e senhoras das finanças, economias e afins, querem explicar?
Ou será este um problema de liguística e semântica?
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