O vazio
De onde vem? Como surge? Estará sempre lá, à espera de algo que o preencha, ou surgirá apenas quando esse algo desaparece?
Estou em crer, correndo o risco de me contradizer (ou parecer que o faço), que o vazio 'nasce' com o sentido que se deixa de sentir.
Faz-se presente quando 'cá dentro' nos apercebemos de alguma falta de significado, mas 'cá em cima' ainda não juntámos os pontos todos.
Porque quando temos tanto para nos sentirmos preenchidos, e o vazio não faz qualquer sentido, é complicado perceber (e admitir) que, afinal, o que 'temos' não nos preenche.
Daí a falta de... qualquer coisa, que não conseguimos perceber o que é.
Será por isso, talvez, e por outro lado, que é mais desconcertante a percepção do vazio nalguém que está connosco, que a noção do vazio provocado pela nossa ausência em quem não está.
Porque não faz sentido. Ou fará?
0 Transmissões (em formato antigo)
<< Take me home