::sábado, abril 21, 2007

A chave

Já há algum tempo andava a avisar que algo não estaria bem:

- Não consigo abrir!
- Para a esquerda não giro, só para a direita!
- Talvez com a minha cópia tenhas mais sucesso...
- Tira-me, vira-me ao contrário e tenta de novo, vá.
- Mais uma tentativa? Ok, mas não forces, tá? Posso partir e aí é que são elas.
- Vais ter de tocar para te abrirem a porta. Eu sei que é tarde, mas não dá mesmo.

Hoje, ao chegar das compras, e ao nos verificarmos 'fechados fora de casa' lá nos rendemos à evidência: tínhamos de chamar alguém para tratar do assunto. Não só abrir a porta, mas resolver definitivamente o problema. Tanto mais que os bilhetes para o espectáculo do Ruca que começaria dali a 2 horas e meia estavam lá dentro!

O único profissional do ramo que conhecíamos em Linda-a-Velha (e que já nos tinha safado uma vez num Domingo, abrindo a porta com uma radiografia e levando 50 euros pelo serviço) só estava disponível pelas 15h, o que era manifestamente tarde, pelo que nos atirámos à lista telefónica e lá encontrámos alguém não muito careiro: 30 euros pela deslocação, o que não estava nada mal, especialmente quando comparado com os 110 da hipótese anterior. Venha!

Menos de dois minutos depois de chegar, o senhor já tinha aberto a porta (tenho de me lembrar de andar sempre com uma radiografia no carro!), e depois de analisar a fechadura e a forma como as chaves não funcionavam do lado de fora, concluiu que o problema era do canhão (são dois na realidade, autónomos embora juntos, um para dentro e outro para fora) que necessitaria de ser substituído.

- Então e isso é coisa para quanto?
- Ora bem... já sei que vos disseram que a deslocação eram 30 euros...
- Hum?
- Mas isso não é problema. O normal, tá a ver aqui na tabela, são 48euros, mas se vos disseram 30 fica 30...
- Então e o arranjo?
- Bom... abertura de porta... 100 euros mais iva... mas já inclui a deslocação!
- Ah... ainda bem...
- E um canhão... pode ser um canhão simples, vá... cento e vinte e tal mais iva... ora isto vai tudo parar aos...

300 euros! TREZENTOS! Como os do Frank Miller, que agora estão no cinema (que eu já li, e adorei, mas que ainda não vi).

Como diria o Bart Simpson: Aye Caramba!!!