Mudam os tempos...
... e para além de algumas vontades, mudam também as capacidades.
Mudou, entre outras que poderia referir (blogar com mais frequência, por exemplo), a capacidade que temo mais ou menos perdida de saltar da cama 'como um raio' assim que toca o despertador.
Com efeito, hoje em dia, apesar de ter o despertador para as 7h como 'sempre' tive, dou por mim a levantar-me muito depois disso, normalmente já mais perto das 8h.
Tendo em conta que pelas 8h20m/8h30m, convém estar a sair de casa... do B!, para o levar à escola, o resultado de tamanha preguiça não é o melhor. Não é nada de dramático, também: obriga-me apenas a tomar banho e a vestir-me um pouco mais rápido que antes e a adiar o pequeno-almoço por uma ou duas horas.
Antes, que é como quem diz, há um ano, talvez menos, levantava-me efectivamente ao 1º toque do despertador, mais minuto, menos minuto, e 'levava o meu tempo', pachorrentamente, pela casa, a cumprir a rotina matinal. Até conseguia, muitas vezes, e durante o pequeno almoço, adiantar mais um capítulo de qualquer que fosse o livro que andasse a ler.
Entretanto algo mudou, mas não consigo perceber efectivamente o quê. Não me deito mais tarde que 'antes', não ando a trabalhar muito mais que 'antes', não fico a jogar até mais tarde que 'antes' (aliás, não fico a jogar, ponto), não faço praticamente nada diferente de 'antes'. Estou mais velho que 'antes', é certo, todos os dias mais um dia, mas não me parece que seja caso para tanto. Digo eu.
O descalabro completo aconteceu na passada 6ª feira, em que me fui deixando ficar, na ronha, só mais um bocadinho, embalado pelo som da Radar, até às... 8h13m! Nunca, se bem me lembro, me despachei tão rapidamente para sair de casa.
Nos dias como o de hoje, no entanto - em que voltei ao Porto (Santo Tirso, na realidade), e tinha 'outras horas' para estar onde tinha de estar - vou conseguindo obedecer ao despertador, e levantar-me a tempo e horas.
Curiosamente, e como já por aqui referi, na maioria dos dias em que poderia ficar a dormir até mais tarde, não o consigo fazer. Não só pela rotina que já está instalada, mas também porque sempre fui mais ou menos madrugador, e nunca de ficar até tarde (como em 'depois do meio-dia') a dormir.
Ainda me lembro, como se fosse ontem, dos dias de Agosto (naquele Agosto em que o Chiado ardeu) passados ali na Arrábida, ao lado de Setúbal - no então denominado '1º campo de trabalho' organizado pelo nosso chefe de Júniores de então e hoje Presidente da Junta de Freguesia de Linda-a-Velha - e de como a senhora (na altura, a futura Chefe Graça) que nos ia lá levar o pão bem cedinho ficava sempre admirada por me encontrar já a pé, enquanto o resto do pessoal (responsáveis adultos incluídos) ainda ressonava nas tendas.
Hoje em dia continuo a fazer 'ponto de honra' em ser o 1º a levantar-me nos acampamentos e afins, até porque geralmente chamo a mim a tarefa de ir ao pão para o dia, mas não haja dúvida que é com outra frescura que o faço. Diria mesmo que é sem frescura de qualquer espécie. :-)
0 Transmissões (em formato antigo)
<< Take me home