Um Domingo diferente
O de antes, de antes, de antes de ontem.
(não é por ter sido diferente que só falo dele agora, 4 dias depois, mas porque os 3 primeiros dias da semana foram algo... 'complicados', vá, com as suas 11 a 12 horas enfiado no cliente dos aviões)
Tentou começar às 7 da manhã (o Domingo, para aqueles que já tiverem perdido o fio à meada), como se fosse um dia normal de semana - devido à rotina instalada, que já me está no sangue - mas dei-lhe a volta virando-me para o outro lado na cama, conseguindo assim dormir mais um pouco, começando-o verdadeiramente apenas por volta das 9h.
Seis horas de sono. O suficiente para um jovem da minha idade.
Levantar, lavar, vestir o máximo de roupa quente possível, tomar o pequeno-(muito pequeno)-almoço, preparar o farnel para o dia na serra: o pão, o fiambre, o queijo, as águas, os sumos, a papaia e a pêra-abacate limonadas, as bolachas, as batatas fritas, o chocolate... o reforço, e a parte mais substancial do almoço (os panados!) eram da responsabilidade do B, que os estaria a preparar em sua casa.
A serra em causa era a de Montejunto, ali entre Alenquer e o Cadaval, onde iria passar boa parte do dia (aquela parte à volta da hora de almoço) com o B e a P, em resposta ao desafio do G, para participarmos numa actividade de "sementeira de carvalhos", organizada pelo FAPAS.
Cerca das 10h chegou a boleia para o Alto de Santa Catarina (e mais além), onde apanhámos o resto do farnel e um B algo rezingão (são os genes maternos, que se há-de fazer), saindo pelas 10h30 em direcção à Castanheira do Ribatejo, essa bela localidade, onde chegámos, com pontualidade britânica, às 11h10 combinadas.
Aí encontrámos o resto do grupo, no qual se incluía toda a família Pais (ou muito perto disso, pois faltava a C e a bebé M), que connosco haveria de subir à serra. Eles tinham ido de comboio até ao local, tendo nós ido de carro apenas porque havia a possibilidade de não termos lugar na camioneta cedida pela Câmara de Alenquer, uma vez que a nossa inscrição tinha sido de 'última hora'.
Confirmando-se a 'lotação esgotada' da camioneta, seguimos no bólide atrás desta, serra acima, interrompendo, no percurso, uma montada ao javali que se havia instalado na estrada, a meio caminho. "Desculpem lá qualquer coisinha e tal..."
Lá no alto (mais ou menos), visitámos a antiga Real Fábrica de Gelo (muito giro, e um bom tópico para outro post), tendo daí seguido até ao destino final, em pleno cume (num deles, pelo menos), onde almoçámos, em jeito de pic-nic, semi-protegidos do frio por um sol que não se fez rogado e nos proporcionou uma vista espectacular.
A sementeira em si acabou por durar pouco mais de uma hora, hora e meia, consistindo na abertura de pequenos buracos na terra (onde a conseguíssemos encontrar, no meio das pedras!), com cerca de um metro entre si (para que os carvalhos, ao crescerem juntos, se protejam mutuamente do vento e afins), onde depositávamos meia-dúzia a uma dezena de bolotas (mais ou menos, consoante o nº de bolotas já germinadas presentes).
Pelas 15h30 estávamos despachados, com cerca de 11 mil bolotas semeadas (num grupo de umas 50 pessoas, dá uma boa média), e a descer lá do alto para os carros, que aguardavam na berma da estrada.
O regresso a casa foi pacífico, com o B a dormir ainda antes de entrarmos na autoestrada, efeito para o qual terá contribuído o facto de termos andado em círculo durante algum tempo, à procura da estrada que nos levaria à entrada correcta para aquela.
Á noite, até a mais ou menos habitual sessão de cinema foi diferente, por dois motivos:
Primeiro, porque fruto de uma daquelas magníficas (ainda que lesivas da concorrência) promoções da Lusomundo, não pagámos bilhete (eu, o P, o E, e a R).
Segundo, porque desta vez o filme foi muito bom. Não que outros não tenham sido, mas este foi mesmo muito bom. Pesado, sim. Mas muito bom.
"A troca" ("The changeling", no original), com a Angelina Jolie, e o John Malkovich, realizado por um senhor chamado Clint Eastwood, que parece não saber fazer filmes menos bons.
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