CCAlvalade
Diz quem sabe (quem se lembra!) que o Centro Comercial de Alvalade foi o primeiro centro comercial de Lisboa, muito antes de Colombo, Vasco da Gama e outros que tais darem à costa.
Eu não sei se foi, fio-me na palavra de quem mo diz, mas lembro-me de por lá passar volta e meia, com os meus pais e irmã, e recordo-me em particular da loja que mais gostávamos de ver e de visitar: a dos animais!
Não devia haver muitas outras na altura, pelo que era sempre uma alegria percorrer aqueles corredores à procura das montras cheias de periquitos, peixes grandes e pequenos, hamsters, e claro, os reis da festa, os gatinhos e cachorros.
Quando a STEP se mudou de Arroios para Alvalade em 2007, foi com gosto que descobri que o velhinho Centro Comercial ainda mexia, e com gosto redobrado que reencontrei a loja de animais ainda aberta.
Para além dessa subsistia uma Valentim de Carvalho (embora já em fase terminal), um restaurante, dois cafés, uma loja de pintura, duas perfumarias, duas joalharias/relojoarias, uma lavandaria, uma papelaria, uma agência de viagens, uma reprografia, uma serralharia e uma agência bancária!
Nada mau, para o centro comercial mais antigo de Lisboa. Especialmente quando pensamos nos de Linda-a-velha: Live, Tropical e Torre das Flores (que apesar de tudo lá vai resistindo).
Hoje em dia, no entanto, quatro anos passados, tudo o que resta é um dos cafés (um verdadeiro case study!) e a lavandaria, tendo todas as restantes lojas ou fechado portas de vez ou mudado de lugar algures para os arredores da Praça de Alvalade.
Isto não tanto devido à crise, mas às obras que entretanto se iniciaram no espaço do centro comercial (e estacionamento) com vista à sua 'renovação', das quais já se falava há um bom par de anos, mas que estiveram suspensas a aguardar a resolução do conflito entretanto instalado entre o proprietário do edifício e os lojistas.
Ao que parece o estacionamento existente está a ser remodelado e expandido por forma a ocupar o actual espaço das lojas, e estas irão por sua vez subir também um piso, instalando-se nas 'arcadas' do piso zero do edíficio Alvalade, onde hoje existem duas agências bancárias e algum espaço aberto... e livre.
É esperar para ver.
E ir suportando, na medida do possível, o (enorme) ruído e tremores provocados pelas máquinas que vão escavacando paredes, colunas e afins, lá por baixo...
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