Nem só de pão
Vive o homem. Ou a mulher.
O Homem, portanto (ou a Mulher, porque não?).
Já ouviste dizer, claro.
Mas será que já interiorizaste?
É muito importante que o faças, acredita.
Especialmente se for tua a padaria.
Porque os clientes acabarão por ir desaparecendo, à medida que se forem apercebendo que no teu estabelecimento não há mesmo mais nada para além do que está exposto, e que o teu pão, por muito variado, vistoso, e saboroso que seja, nunca passa disso mesmo.
O problema está em haver, talvez não logo na porta ao lado, mas com certeza não muito longe, alguém a oferecer algo mais: para além da baguete e do enfarinhado, lá está também o café, a bola com creme, o sumo natural, o jornal...
Um serviço mais completo, enfim.
Talvez o pão ali não seja tão bom, talvez o forno não seja a lenha, mas lá está: nem só de pão... O que a concorrência eventualmente perde na qualidade do pão, ganha nas restantes.
Claro que haverá, certamente, quem continue a vir ter contigo pelo teu pão, mesmo sendo cliente da 'porta ao lado', por preferir aquele teu jeito especial de misturar a farinha e o fermento, tal como haverá quem se baste apenas a 'pão e água', quer seja por não conhecer outra coisa, quer seja por considerar que não precisa de mais nada.
Mas não te fies nisso.
Se é certo que a tua primeira prioridade és tu e aquilo com que te sentes bem a fazer, não te esqueças que nenhum negócio sobrevive sem clientes. Portanto, faz por os manter. Mesmo que seja só um!
Trata-os bem.
Diversifica. Completa. Complementa.
Tenta elevar, constantemente, os padrões de qualidade (e de confiança).
Porque até mesmo o cliente mais fiel acabará por se fartar, mais tarde ou mais cedo, do pão sem miolo.
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