Always read good buques
Já começou a Feira do Livro, como sabes.
E eu fui lá esta noite, "dar uma vista d'olhos".
Na sua 75ª edição, a Feira está um pouco mais acima do que é habitual, fruto das obras do túnel do Marquês, chegando praticamente à rua que passa ao cimo (ou por trás) do Parque Eduardo VII (e de cujo nome não me recordo) e ao 'cravo-coiso' do Cutileiro.
Agora que falo nisso, tenho ideia de já no ano passado estar assim posicionada, mais para trás-cima, no Parque. Fomos lá os dois, se bem me lembro, mais para bebermos uns copos e 'desabafarmos' um com o outro do que propriamente para ver livros, e é da memória do bar/esplanada onde nos sentámos que vem essa ideia.
De resto, está mais ou menos na mesma. Dois corredores de stands de cada um dos lados do parque, um para subir e outro para descer, polvilhados aqui e ali com as tradicionais roulotes de pipocas, farturas, e afins, bem como com uma ou outra ATM, e até uma agência 'pré-fabricada' daquela que deve ser a instituição bancária patrocinadora do evento (posso dizer-te que a sigla começa com 'C' e acaba com 'D').
Uma novidade, no entanto, e porque também as há, é a secção infanto-juvenil do recinto (se é que lhe posso chamar assim), na qual os stands estão agrupados em pequenos conjuntos numas plataformas elevadas (mas não muito), às quais se acede através de rampas, e que dão alguma dinâmica à movimentação nesse espaço.
Talvez por causa da crise (presente e anunciada), do ar mais fresco da noite, ou do facto de esta ter sido uma 6ª Feira de ponte, não havia muita gente a passear na feira. Talvez tenha sido uma combinação dos três factores, com uma maior preponderância do último. Se assim for, é expectável que a audiência venha a aumentar na próxima semana. Quanto mais não seja para se gastarem os últimos cartuchos do IVA a 19% (não sei se o aumento se vai aplicar também aos livros, confesso).
No meu caso, e apesar do intuito inicial ter sido apenas ir passear/arejar um pouco, não resisti ao impulso literário-consumista, e acabei por abrir os cordões à bolsa. Não muito, não tudo, apenas o suficiente para comprar:
- "Stonehenge" , do Bernard Cromwell
- "Timbuktu", do Paul Auster (para ti, que foste comigo, e não conhecias/conheces o senhor)
- "Fica comigo esta noite", da Inês Pedrosa (duas edições, uma delas para mim)
- e o último número da Cais.
Ainda ficaram por lá outros "debaixo d'olho", à espera da próxima visita, entre os quais alguns do Noddy e companhia. Estive quase quase para trazer um deles para o B, mas achei que há-de ser mais engraçado lá voltar com ele e deixá-lo ser ele a escolher.
Ao chegar a casa e ao retirar os livros dos sacos ainda tive a surpresa de encontrar dez (10!) novos marcadores de livros, e três mini-blocos de notas a 'imitar' (com capa e contra-capa) outros tantos livros, sendo que um deles contém inclusivé o 1º capítulo da obra em causa ("O clube de Dante"). Da sinopse de outro dos três ("As Deusas em cada Mulher - a Deusa interior"), retiro o seguinte trecho que achei bastante 'interessante':
"... constitui um guia para desbravar o nosso terreno intímo e um manual sobre como ser uma mulher viçosa e sumarenta."
Prometedor, não achas? :)
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