reCAPitular - IV
... as seen on last episode.
Ok, pronto. Agora a sério.
Tu que não estás completamente a leste destas coisas dos escuteiros (como tu, por exemplo, que não precisas de ir embora só porque disse a palavra mágica), já deves ter percebido de que tratavam os posts anteriores.
Exactamente, era do CAP. Ou, para ser mais preciso, do (imaginário do) acampamento que constituiu a última sessão presencial do mesmo. Imaginário esse proposto, nem mais, nem menos, pelo tal magnífico Bando Ruivo. Já era a sério, aquela parte de sermos os maiores, etc. :)
Para ti que ainda estás um pouco a leste, e partindo do princípio que ainda não abandonaste o barco, convém dizer-te que esta é uma das componentes do nosso método de trabalho, no escutismo: ensinar (fazendo, fazer) jogando.
Seja com os mais novos (para não lhes chamar miúdos, pois há miúdos mais velhos que não apreciam o termo), como é normalmente o caso, seja com os graúdos, como acontece de quando em vez, em actividades de formação e afins.
No caso concreto dos acampamentos, e outras actividades de maior dimensão, este 'jogo' ganha outras dimensões, e procuramos sempre inseri-lo dentro de um imaginário, de uma história que possa servir de fio condutor às diversas (sub)actividades. Não só para lhes dar outra cor, mas também (e especialmente) para abrir as portas da imaginação e apelar à criatividade dos participantes.
Dota-se o jogo de Sábado à tarde (por exemplo) de um enredo contextualizado, dão-se nomes apropriados às refeições, caracterizam-se os espaços e os participantes, enfim, vai-se até onde se quiser e conseguir, no sentido de dar vida ao tema, ao tal imaginário.
Assim foi, como não podia deixar de ser, com este acampamento. O imaginário por nós proposto girava à volta da história que te apresentei, representando cada uma das equipes (bandos; já lá vou) um panteão de deuses da antiguidade. Ao nosso bando, e em sorte, calhou o panteão Hindu, como já deves ter percebido. Gostava de ter uma ou duas fotos para te mostrar aqui a tal 'imersão' no imaginário, mas não tenho. Ainda não tenho. Allô, Shiva?
Entretanto, perguntas-te tu, que por enquanto ainda te posicionas mais a oriente:
"Mas afinal, o que é isso do CAP? E 'método de trabalho', 'formação'? Mas qual trabalho? Formação para quê? Para brincar com os putos ao Sábado à tarde? Para ajudar umas velhinhas a atravessar a rua?"
Ah pois é!
(to be continued...)
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