Incrédulo...
... o mago releu a missiva, duas e três vezes, para se certificar daquilo que estava a ler:
"Vem por este meio o Conde Fullaño Taal, Barão d'Akii e d'Akkolà, convidar Sua Excelência para a celebração a realizar por ocasião da elevação do seu primogénito a Cavaleiro do Reino, bla bla bla...".
Apesar de não serem muito customeiras, não eram invulgares tais celebrações, de modo que não era propriamente o acontecimento em si que lhe causava estranheza, mas sim o momento da sua realização. Ter-lhe-ia escapado, por ventura, alguma alteração aos planos do Reino? Não lhe parecia possível, mas, na dúvida, chamou pelo seu aprendiz.
- Marcus!
- Sim, mestre?
- Diz-me... há novas da investida contra os Laricos?
- Novas?
- Sim, Marcus! Notícias! Novidades! Novas ordens por parte de Sua Majestade?
- Não, senhor. Há 3 luas que não recebemos qualquer mensageiro da Corte.
- Obrigado, podes ir.
Tudo se mantinha conforme o previsto, portanto. O exército do Rei partiria para a guerra, pela glória do Reino, conduzido pela sua brava e valorosa Elite, que contaria já nesse momento com a fortaleza de corpo e espírito dos cavaleiros recém armados.
Mas, a ser real o que lia, haveria (pelo menos?) um que não realizaria o seu baptismo de fogo nesse campo de batalha. Em que pensaria o Conde Taal, ao idealizar a festividade? E quais, de entre os possíveis convidados, renegariam o compromisso assumido perante o Conselho da Corte?
Não sem alguma curiosidade (que sempre o divertia), escrevinhou rapidamente num pergaminho a sua declinação, relembrando o dever superior, e, deitando o convite às chamas da lareira, regressou aos seus afazeres...
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