::sexta-feira, outubro 06, 2006

Uma semana depois

O dilúvio. Autenticamente.

Aquilo que, à uma e meia/duas da manhã, parecia ser 'apenas' mais um dos 'ataques de especturação' do B que, ao longo de toda a semana, e a par dos restantes tipos de 'arranhar da garganta', tinha vindo a dificultar a recuperação pós-operatória, acabou por se revelar como sendo a própria consequência de todas essas 'agressões': uma 'hemorragia activa' (não sei se é esse o termo correcto), o tal dilúvio, não de água, mas de sangue.

Lençois, pijamas, toalhas, paredes, lavatório, e até a cortina da banheira, tudo inundado ou salpicado, num cenário digno de um qualquer filme do Quentin Tarantino.

Não passou, felizmente, e graças a Deus, de um susto, de um grande susto. Algo que, não sendo o normal neste tipo de situações, não é de todo incomum. A 'crosta', por assim dizer, que se forma após a operação acaba por sair (e sangrar), na sequência das tais agressões: o gritar, o não ingerir líquidos frios em quantidade suficiente, o tossir, a própria actividade física, ou até mesmo, e simplesmente, o falar.

Susto ou não, a verdade é que é daquelas visões que nos deixa completamente aflitos, desesperados.

Neste momento já está tudo bem, e de volta ao 'normal', após as quase 12h passadas na SO do Santa Maria, para onde nos tinha levado a ambulância do INEM (o receio de que o episódio se prolongasse ou se viesse a repetir em plena viagem para o hospital levou-nos a optar por colocar o assunto em mãos mais experimentadas, alterando assim o destino inicialmente estabelecido: a CUF Infante Santo, onde tinha sido operado).

Fica o susto, mais uma noite em branco, e a tarefa renovada (com atenção/vontade redobrada) de tentar fazer com que ele cumpra as 'regras de conduta' apropriadas, por forma a cicatrizar o mais rapidamente possível.

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