Há coisas que nunca mudam - II
O almoço estava marcado para as 13h, nas Amoreiras, servindo as bilheteiras de ponto de encontro.
Era o compromisso possível, o 'meio caminho', entre os dois elementos do grupo que estavam na outra ponta de Lisboa, e os três que se encontravam ali para as bandas da 4ª saída da A5 (para quem vai de Lisboa para Cascais).
Desta forma conseguiriam juntar o grupo todo, ao invés dos mesmos 3 de sempre, que normalmente se encontravam para almoçar algures pelos arredores da tal saída da A5.
A conspiração do momento exigia o máximo de presenças (daí também a presença do segundo da outra ponta de Lisboa), pelo que, desta feita, tudo fora combinado de véspera, por forma a evitar desencontros.
Cerca de hora e meia antes da hora marcada, recebeu o telefonema do outro, a quem iria dar boleia, e combinaram encontrar-se por volta do 12h30, 12h40, ali no seu lado da outra ponta de Lisboa, para evitar voltas maiores no trânsito da hora de almoço.
- Dá-me um toque quando estiveres a entrar no metro - sugeriu - que eu vou descendo, e tirando o carro.
Á hora planeada para saír, no entanto, ainda não tinha recebido o dito toque, pelo que decidiu ligar:
- Então, onde andas?
- Eh pá! Estou a sair agora de casa! Pensei que fosse mais cedo e que tinha mais tempo etc etc etc...
- ...
- Mas vai andando que eu vou lá ter e...
- E vais daí de metro para as Amoreiras?
- Então, metro para aqui e para acolá, Marquês de Pombal, e...
- Olha, vai ter à Praça do Coiso, que eu desço a Avenida Que Vai de Cima para Baixo, e apanho-te aí, ao virar à direita para cima, ok?
- Do lado direito, certo.
- Ok, até já.
- Até já.
Etiquetas: Da imutabilidade dos seres
0 Transmissões (em formato antigo)
<< Take me home