Síndrome de abstinência
Lembras-te daquela sequência no "French Connection" ("Os incorruptíveis contra a droga", em portugûes) na qual o Detective Jimmy 'Popeye' Doyle (Gene Hackman) está fechado numa cela, a bater com a cabeça nas paredes, a tentar tirar libertar-se da dependência de uma qualquer droga (heroína? coca?) que lhe tinha sido injectada pelos traficantes que perseguia?
Não? Hum... pois, já é um filme um bocado antigo, de facto (1971).
Então e do Renton (Ewan McGregor), do "Trainspotting", fechado no quarto (em casa dos pais?), a trepar pelas paredes e tecto, a alucinar com bebés mortos e outras coisas mais, também ele numa tentativa desesperada de se libertar da droga?
São uma coisa lixada, os vícios. As dependências. As "paixões".
Especialmente quando nos tentamos libertar delas.
É um tipo de "you don't know what you got till it's gone", mas ao contrário.
Só sabes o quanto estás "agarrado" quando te tentas libertar.
Ou qualquer coisa assim do género.
Mas se\quando tem que ser, tem que ser.
E o que tem que ser tem muita força, não é o que dizem?
Por isso, o melhor a fazer é libertares a pressão, bateres nas paredes tantas vezes e com tanta força quanto necessário, explodires tudo o que tiveres para explodir.
Até que tudo te saia do sistema.
Não é infalível, particularmente quando se se trata de algo mais "puro" ou mais intríseco ao que tu és, mas vale sempre a pena tentar.
Uma alternativa é arranjares um novo vício, algo que venha substituir\ofuscar o actual. Não aconselho esta via, no entanto. Não só porque não resolves o problema, como ainda arranjas outro(s). E quando eles se acumulam... sai de baixo!
Fica-te pela "desintoxicação", portanto.
Por precaução, é capaz de não ser de todo má ideia fechares-te no quarto.
Para não caíres em tentação, claro. Mas também para evitar que outros levem por tabela.
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