Smoke-free!
Será?
Não sei porquê mas custa-me a acreditar.
Porque como tantas outras leis que deviam ser seguidas, e cujo desrespeito devia ser punido, mas não é, quer-me parecer que esta há-de ir pelo mesmo caminho.
Com uns, por um lado, a quebrá-la, e outros, por outro, a não a fazer cumprir.
É a velha questão da fiscalização, da penalização, etc.
Nas finanças, no ambiente, nas estradas, nos 'antros de perdição nocturna', e por aí adiante.
Mas já é um princípio. Um bom princípio.
E uma atitude que aplaudo. De pé.
Desculpa-me qualquer coisinha, 'ó tu que fumas'.
Afinal, se eu não posso (ou não devo) fazer outro tipo de coisas passíveis de prejudicar terceiros, por mais prazer que me dêm, e por mais falta que me façam, porque razão há-de o tabaco ser diferente, com todos os malefícios que lhe são conhecidos, e que nem tu, com certeza, poderás negar?
Só não percebo a preocupação dos senhores dos restaurantes e afins, que apareceram nas repotagens à hora de almoço, a dizer que 'pessoalmente acham muito bem', mas que 'vai ser mau para o negócio'. A queixarem-se da probabilidade, da quase certeza, de virem a perder clientes.
Mas porquê?
Hoje em dia, até percebo que muito pouca gente queira tomar a decisão de tornar o seu espaço comercial num espaço sem fumo, com receio de que a clientela fumadora fuja para a concorrência (e por isso também aplaudo a Haggen Daaz do Chiado, apesar dos preços escandalosos, por ter adoptado essa medida).
Mas a partir do momento em que todos são 'smoke free', em que não há concorrência para onde fugir, parece-me que esse será um falso problema.
Será que os fumadores vão deixar de ir 'comer fora'?
Ou será que vão passar a ir apenas aos restaurantes que têm esplanada?
Ou será que os referidos senhores já estão a contar com o desrespeito à lei, por parte dos concorrentes?
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