::quinta-feira, novembro 10, 2005

Bem sei...

... que é sempre mais simples procurar (e encontrar!) nos outros, nas circunstâncias, ou na conjuntura, a culpa para os nossos males, para o que não nos corre tão bem, para o que não acontece como gostaríamos.

Por vezes, nos momentos em que o espírito acompanha a carne na fraqueza, lá vão as responsabilidades para cima de outrém, que aconteceu estar ali mesmo a jeito.

Ou até mesmo para cima de ninguém, mas pura e simplesmente sacudidas de cima de nós. Pode ser que alguém as apanhe, pode ser que não. Não é importante. O que importa é que consigamos sentir que, afinal, a origem do problema não está em nós.

É natural. É humano. É a tal 'capacidade' de errar.
Não será, no entanto, muito maduro, ou sequer muito salutar. Especialmente quando o 'por vezes' se transforma em 'muitas vezes', em 'sempre', em 'constantemente'. Especialmente quando os alvos são poucos e quase sempre os mesmos, e se insiste em tomar paciência e boa-vontade por fraqueza ou incapacidade de reagir.

Porque há atitudes capazes de irritar um santo, e até mesmo estes têm os seus limites. E no dia em que o atingirem...