O azar de uns é a sorte de outros
Jantar de aniversário do B lá em casa, ontem á noite.
Á mesa, quase todos os convivas do costume. Onze no total: pais, avós paternos, bisavó Guida, mais o padrinho, a madrinha, a Tita, e os respectivos acompanhantes.
Digo quase todos, porque faltavam (como tu, que estás mais atenta/o, já percebeste) os avós maternos, que tinham andado por Roma com um casal amigo (a passear, a ver os museus e o Papa, a ser assaltados, etc.), e que chegavam nessa noite.
Por razões várias (entre as quais se conta o facto de a Carla fazer melhor 'sala' que eu ;), ofereci-me para os ir buscar ao aeroporto. A chegada estava prevista para as 21h15, o que me permitiria sair de casa mais ou menos à hora em que os últimos convidados estariam a chegar, lá para as 21h, e assim ainda chegar perfeitamente a tempo de apanhar, pelo menos, o fim do jantar.
No aeroporto, ainda no parque, encontrei um ex-colega da Step (sim, porque mesmo sendo pequeninos, os cinco anos de vida já dão para estas coisas), o Artur Lança, de Cuba (Alentejo!), que ali estava para ir buscar um tio da mulher, que chegava de Genebra. Com o avião 'dele' atrasado e com o 'meu' a chegar, ainda deu para pormos a conversa em dia: a Step, as aulas dele na Universidade, o Sporting, etc...
Entretanto, o 'meu' avião, e de acordo com os placards electónicos, não parava de chegar. Chegou às 21h14h, às 21h20, às 21h24, e finalmente, às 21h30. Foi concerteza alguém que se esqueceu de algo pelo caminho, obrigando o piloto a voltar atrás para a apanhar. São coisas que acontecem, afinal.
Um quarto de hora de atraso, portanto. Contando com os habituais vinte a trinta minutos para a saída das malas, "lá para as 22h já estamos a caminho de casa", pensava eu.
Pois sim. Ás 22h saíu apenas o tal casal companheiro de viagem, com a 'boa nova': "Eles ainda vão demorar um bocadinho porque uma das malas chegou danificada e estão a apresentar reclamação!". Quem já passou por estas coisas de reclamações no aeroporto (e eu já passei, por duas vezes), sabe que este 'bocadinho' nunca é inferior a meia-hora, e neste caso não foi diferente: só às 22h45 é que se despacharam. Que grande seca!
Por coincidência (será?) a mala danificada era uma que nós lhes tínhamos emprestado, e que nos tinha sido 'dada' pela TAP em substituição de outra (que se partira já não sei em que viagem), o que poderá apontar para algum tipo de hereditariedade nestas coisas de bagagens danificadas/extraviadas.
E 'prontos', lá para as 23 e qualquer coisa, já estávamos em casa, onde o resto do pessoal aguardava apenas a nossa chegada para cantar os parabéns ao puto e se pôr a andar (excepto os residentes, claro). A 'pressa' era tanta (dado o adiantado da hora) que só quando as 4 velas que adornavam o barrete do Orelhudo (do Noddy) foram apagadas, é que nos apercebemos que o padrinho não estava 'à mesa': "Ah, não faz mal. Eu cantei na casa de banho!".
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