E eis que o ano entra no seu úlitmo duodécimo, e as coisas por aqui continuam paradas no 'para quê?'.
É isso mesmo. No 'para quê?'. Não no 'O quê', nem no 'Quando', nem no 'Quem', nem mesmo no 'Como'.
Ou seja, não me faltam nem os assuntos, nem o impulso para sobre eles escrever, apenas... a motivação? 'Apenas' isso, aparentemente.
O que é estranho (e contraditório?), se pensar naquele que declarei ser o principal motivo para me meter nestas andanças: manter o contacto contigo. E contigo, e contigo, etc...
Será que não era esse o meu verdadeiro propósito?
Será que perdi essa vontade de nos manter mais próximos, dado-me mais a conhecer?
Nem uma coisa nem outra, acredito.
Embora tenha sido honesto nessa declaração inicial de intenções, é certo (e sabido, ainda que só por ti que fazes parte da minha 'sociedade secreta' particular) que sempre foi algo mais que isso, e que é esse 'algo mais' que se sobrepõe a tudo o resto, incluindo à 'vontade de informar', tendo inclusivé a determinada altura (se não mesmo quase sempre) sido a principal força motivadora para os escritos que por aqui ia publicando.
É irónico que hoje vá exercendo o efeito inverso, não sendo isso necessariamente negativo.
Enfim...
Dezembro, novamente.
Este vem encontrar-me um pouco mais ansioso do que os últimos cinco ou seis me têm encontrado - não sei se por alguma reacção adversa do meu alter-ego à Lua Cheia que insiste em mostra-se, apesar da núvens - e definitivamente em 'modo pessimista'.
Até poderia dizer que 'pessimista' é uma palavra forte demais (em especial para um sportinguista, essa raça de gente que mal conhece o termo, e acredita sempre até ao fim), e utilizar em vez disso 'modo recta da meta', 'tudo ou nada', ou 'vai ou racha', mas como a sensação dominante é de que vai mesmo 'rachar'...
Mas... 'i'm getting ahead of myself' (sempre quis dizer isto!), estando a começar pelo fim.
Curiosamente, e no contexto em causa, o ano até começou com o sentimento diametralmente oposto...