::segunda-feira, janeiro 31, 2005

Em cheio?

Ou simplesmente cheio?
Aposto mais nesta última, para caracterizar o dia de hoje.

Acordar às 6 da matina, para ir levar os pais e a irmã ao aeroporto.

Voltar para casa e estender alguma roupa.
Acordar o B, dar-lhe o pequeno almoço, vesti-lo e levá-lo à escola, tudo ao som do 'não quero ir escola' meio choramingado já típico das 2ªs de manhã.

Fazer-me à autoestrada para Lisboa, ainda meio a dormir, e apanhar a fila na descida do Monsanto.
Aproveitar essa mesma fila para fechar o olho de vez em quando e 'acordar' com uma distância de 50 metros para o carro da frente.

CRASH!
Correcção: com uma distância de 0 metros para o carro da frente.

É no que dá dormir no máximo apenas até às 9 da manhã, devido ao 'Já é dia!' e ao 'Quero brincar!' do quarto ao lado, mesmo ao fim de semana, e mesmo quando se vai para a cama às 3 ou 4 da madrugada.

Felizmente não houve grande mossa, apenas uns ligeiros arranhões na frente do Yaris e na traseira da bonita advogada loira de olhos azuis que vinha à frente.
Perdão, na traseira do Polo da jovem.

Depois, mais 45 minutos para ultrapassar as Amoreiras e Marquês.
E vivam as obras do túnel!

Chegar à Step às 10h30, e preparar o portátil para a apresentação do Powergate na Direcção Regional de Saúde do Sul, em Beja, às 14h30.
Reparar, não tão surpreso quanto isso, que o Murphy também já tinha chegado ao escritório. O tal da lei.

O software está a estoirar, aqui e ali, em alguns pontos fundamentais do processo.
Não devia ter instalado aquela última versão assim em cima da hora. E agora?
Desinstalar, reinstalar, reinicializar o portátil, ligar para Inglaterra para o amigo Ivan.

11h30.
12h30.
13h00.

Começa a fazer-se tarde.
E luz no fundo do túnel também, felizmente.
Mas já não dá para almoçar, pois só temos 1h30 para nos pormos em Beja.

Chegamos lá (eu e o Miguel) mesmo em cima da hora, muito graças à 'rapidade' da BMW do rapaz, para a qual os 200 horários são brincadeira.

Não só é rápida como também é simpática, a carrinha:
"In 600 meters, turn right diagonally into...", ia indicando de vez em quando a senhora do GPS, para evitar que nos perdessemos pelo caminho.

Em Beja, vamos ter à sede da Direcção Regional, na Praça... do Lidador!
Que agradável coincidência.

A reunião/apresentação corre bem, apesar de um pouco longa demais, e os potenciais clientes parecem gostar da aplicação.
Vamos lá ver se também gostam da proposta que lhes vamos apresentar, e se esta consegue competir com as restantes.
E ganhar-lhes, de preferência!

Saímos de Beja pelas 18h, ainda de estômago vazio, reabastecendo apenas na estação de serviço de Grândola.
Um galão e sandes mista de queijo e presunto.
E meia, porque o Miguel, apesar da fome, acaba por se contentar com metade.

Daí a Lisboa é um pulinho.
Quase que demoro mais tempo a chegar a casa, depois de ir buscar o carro à Step, à conta do trânsito do final de tarde.

Ainda assim, só perco os primeiros 5 minutos do Sporting-Vitória de Setúbal.
Mais 30 ataques e 20 remates que o adversário, mas o mesmo nº de golos.
Tsc tsc tsc.
Mais uma bela oportunidade perdida.

E assim fica outro Sporting em 1º lugar da Superliga.
O de Braga. Infelizmente, equipa de vermelho, o que lhe tira algum encanto.

Um aspecto positivo foi ter visto o jogo na companhia do B, que ia alternando a sua atenção entre o jogo (e os gritos de apoio ao Sporting) e os modelos em lingerie do catálogo da La Redoute.
O rapaz faz-se, não haja dúvida, mas está a precisar que lhe encurtemos a rédea.

Especialmente neste capítulo das raparigas.
Hoje ao sair da escola, para fazer das suas gracinhas para a Filipa (e mãe) largou a mão da avó Didi e fugiu para o meio da estrada.
Felizmente, o anjo da guarda que lhe foi atribuído impediu o pior. Por uma unha negra, ao que parece.

Não o livrou, no entanto, de umas valentes palmadas da avó (valentes porque ela fica sempre mais chorosa que ele quando o faz, pelo que lhe exige, de facto, uma certa valentia), nem da primeira 'cara triste' no seu diário, onde também ficou registado o 'disparate'.
Pela reacção adversa a tanta negatividade no 'livro das novidades', quer-me parecer que somos capazes de ter encontrado neste um bom aliado para o tal 'encurtar de rédea'.

Entretanto, acabei por também não jantar.
Bebi apenas um cházinho e... empaturrei-me de doces (tiramissu, mousse de chocolate, siricaia, mousse de manga) que nos foram enviados de uma qualquer festa de aniversário do Domingo.
Pode ser que assim recupere os 3 ou 4 quilitos que perdi nos últimos tempos.
Ou pode ser que não.

Olha... está o Keanu na televisão a fugir de mota a uma explosão nuclear, ou lá o que é.
Não, não é o Matrix. É o 'Perseguição diabólica' (acho eu), com o Morgan Freeman.
Já vi no cinema, há alguns anos. Se bem me lembro é um pouco 'banhoso'.
Pelo que mais vale ir deitar-me e tentar aproveitar as poucas horas de sono que tenho pela frente.

Até porque... sim... já passa da meia noite.
Já é amanhã.

::domingo, janeiro 30, 2005

Era para ser em directo...

...a publicação deste post, mas não foi possível pois o pequeno Luís Miguel tinha açambarcado o computador só para ele, para jogar um jogo qualquer de corridas da Lego, vedando-me assim o acesso à internet.

O Luís Miguel, já agora, é o primo de 7 ou 8 anos (?) do Nuno Gonçalo, que por sua vez é o primo mais novo da Carla, cujo 19º aniversário estivemos ontem a comemorar.

O dele (Nuno Gonçalo) e o da mãe, a Isabel (a irmã mais nova da mãe da Carla), que faz anos no mesmo dia do filho, a 18 de Janeiro. Infelizmente, devido a uma gripe que a havia atacado por essa altura, a festa não se pôde realizar no Sábado previsto (22), tendo sido adiada para ontem.

Ontem, dia 29.
Que, curiosamente, é o dia de aniversário do único irmão da mãe da Carla (que tem mais 2 irmãs, para além da Isabel), o Manuel, pai da Patrícia e do João Custódio (outros primos da Carla), que também já por aqui apareceram (e vão aparecendo).

Reunião de família em casa dos Silva (Tó-Zé, Isabel e Nuno, todos escuteiros em S.Domingos de Rana), portanto, com direito a 3 bolos de aniversário, um dos quais (o do Manuel) verdadeiramente espectacular: com o símbolo do Sporting Clube de Portugal.

Por esse motivo (a festa, não o bolo) não pudemos estar (eu, a Carla e o Bernardo) em casa dos Coelhos, onde se comemorava, pela mesma altura, o 2º aniversário do Coelhinho mais novo, o Gonçalo, futuro tesoureiro da "Lidador II - a nova geração". Tesoureiro não apenas para seguir as pegadas do pai, que o foi na 1ª versão da equipe, mas também porque os cargos de Guia e Sub-Guia já estão predestinados ao Bernardo e ao Artur (o filho do Jorge - outro Lidador, claro), respectivamente, numa lógica de cronologia dos nascimentos.

Ao jantar, houve outra reunião de família, desta feita da minha (por contraponto com 'a da Carla'), no melhor restaurante chinês de Lisboa e arredores: 'O Jardim'.

Foi aí, em Linda-a-velha - mais precisamente na Carolina Michaelis, mesmo por baixo da antiga casa dos meus pais (que entretanto se mudaram para Queijas) - que se reuniram as nossas 4 gerações, num total de 23 pessoas, para comemorar o 84º aniversário da melhor avó do Mundo: a minha (e da minha irmã, e dos meus primos), claro! A avó Guida.

Que à conta do Bernardo e do Henrique já ganhou oficialmente o título de bisavó, mas a quem, devido ao seu ar de 'menina e moça', ninguém se lembra de o chamar. :)

Quem também fez anos ontem foi o pai da Rita-que-é-Ana-mas-que-não-gosta-de-o-ser, a minha amiga de mais longa data (quase 32 anos!), por coincidência outro Manuel.

Para todos eles, e com os respectivos atrasos, aqui ficam os meus PARABÉNS.

Com beijos&abraços 'mais bons' e mais especiais para a aniversariante menos nova, evidentemente!

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::sexta-feira, janeiro 28, 2005

O alpinista

O alpinista não acredita no que o povo diz acerca de Maomé e da montanha.
Ele sabe que não é assim.

Ele sabe, e aceita, que é a ele que cabe tomar a iniciativa e fazer o movimento.

Porque se para ele a montanha é tudo, para a imensidão da montanha, para a sua intemporalidade, ele não é nada. Apenas mais um grão de areia.

Então, pelo gosto que tem em estar na montanha e em sentir-se em comunhão com esta, ele percorre a distância, ele faz o esforço.

Porque esse gosto, essa autêntica paixão, é parte integrante do que o define, é algo que lhe é intrínseco e do qual não consegue, nem quer, libertar-se.

E assim, aceitando o seu papel, parte ao encontro da montanha.

Percorre os seus caminhos, escala as suas rochas, desfruta do ar puro que nela se respira, deixa-se arrebatar pelas visões que lhe são proporcionadas ao longo das suas encostas.

Enverda, ocasionalmente, por carreiros inexplorados, guiado pela curiosidade, pela vontade de descobrir a que recantos escondidos o levarão.

Mas sempre com a perspectiva de atingir o cume, de alcançar o prémio máximo, do qual nunca desiste.

Mesmo tendo em conta o frio que ás vezes se faz sentir ao longo do caminho, que queima e que pode matar, ou a dificuldade em respirar no ar rarefeito das alturas, ou o cansaço provocado pelo esforço constante.

Mesmo sabendo que pode cair e magoar-se.
Como já aconteceu e voltará a acontecer.

Mas é mesmo assim, na montanha.
Fazem parte, o risco e a dor.
São o preço a pagar pela realização.

Um preço pequeno para o alpinista, que vive para a montanha.
A quem, mais do que a dor de um osso quebrado ou de uma queimadura de frio, custa a ausência, a distância, a que a recuperação ou o retemperar de forças poderão obrigar.

Por esse motivo, por mais tempo que passe afastado da montanha, por mais adormecido que pareça estar o sentimento (que se sustém a si próprio, e que não necessita de ser alimentado), ele acaba sempre por voltar.

Para se sentir vivo.

::quinta-feira, janeiro 27, 2005

A aposta

E ainda a propósito do jogo de ontem, entre o SLB e o SCP.

Tendo saído gorada a pergrinação à Luz que combinavas por estas partes (por falta de adesão das peregrinas), desafiaste-me para uma aposta sobre o resultado do jogo.

Quem perdesse, ou melhor dizendo, aquele cujo clube fosse eliminado, pagaria um jantar ao outro (em local à escolha do 'pagante').

E até poderíamos convidar as diversas 'diabas vermelhas' que também por aqui foram expressando o seu apoio ao Benfica.

Por diversas razões, não te respondi.

Podemos, no entanto, assumir essa 'não resposta' como uma aceitação tácita do desafio, seguindo à letra a sabedoria popular que nos diz que 'quem cala consente'.

Ou seja, estou a dever-te um jantar.

A ver se o combinamos um dia destes, e se alguma das meninas ou algum dos meninos que por aqui andam nos querem fazer companhia.

E antes que me esqueça:

Viva o SPORTING!

Receita

Para um grande jogo de futebol.

Junte-se:

2 equipes cheias de 'ganas de ganhar'.
Uma, eventualmente, com mais arte que outra (não faz diferença).

6 grandes golos ('normais').

Um ou outro 'caso de jogo' de somenos importância, para apimentar um pouco, do qual resultem:
- 1 cartão vermelho
- Uns quantos amarelos

Deixe-se apurar durante 120 minutos.

Se não estiver 'no ponto', sorteie-se, perdão, salteie-se, com 13 grandes penalidades.

Faça-se acompanhar com setenta e tal mil espectadores e está pronto para ser servido.

No final, dê-se os PARABÉNS ao vencedor e grite-se:

Viva o SPORTING!

::terça-feira, janeiro 25, 2005

Wake-up call

Na 5ª feira passada deu na TV o "Grande Lebowsky", dos irmãos Cohen.

Jeff Bridges, John Goodman, Steve Buscemi, Julianne Moore, e mais uns quantos conhecidos.

É um filme muito giro, muito divertido, com uma saudável dose de loucura e 'nonsense'. Daqueles obrigatórios.

Como estava meio de molho, apreveitei para rever.
Neste filme o Jeff Bridges interpreta o papel de um hippie quarentão, 'the Dude', que leva tudo nas calmas e cujos principais prazeres na vida são jogar bowling e fumar umas ganzas.

A meio do filme, numa das suas trips, 'the Dude' imagina-se a voar sobre a cidade atrás de uma rapariga que se lhe escapa num tapete voador (tudo isto tem um significado, mas para isso é melhor veres o filme).
A certa altura, em pleno vôo, e como só poderia acontecer num sonho/alucinação, surge-lhe na mão uma bola de bowling que o deixa maravilhado. Deixa-o também, e infelizmente para ele, mais pesado, interrompendo-lhe bruscamente o vôo e projectando-o a toda a velocidade para o chão, numa cena típica de desenho animado.

Ao chegar ao chão, o sonho é interrompido e 'the Dude' acorda para a dura realidade.

É mais ou menos assim que me sinto.
Como se tivesse dado a tal queda, com se tivesse sido arrancado bruscamente a um sonho e a realidade me tivesse atingido com toda a força.
Acho que é daqui que vem a 'neura'.

Não sei bem quando é que aconteceu.
Tenho ideia que começou quando fomos ver o 'Jantar de idiotas', na 4ª feira passada, possivelmente de boleia com a gripe que já estava meio domada e que ganhou forças com o frio dessa noite (não devia ter ido, eu sei, mas...).

Penso que é algo que deve acontecer ocasionalmente a todos quantos passam muito tempo com a 'cabeça na lua'. Até mesmo a Aquarianos de gema. Ou sobretudo a esses.

É algo quase imperceptivel, tipo aquele efeito de 'deja vu' no Matrix (o 1º!), e que te diz que há algo que não está correcto. Que há algo que não estás a fazer bem.

É o vento que sopra com um pouco mais de força e desfaz as formas que desenhavas nas nuvens. É aquela onda que chega um pouco mais longe que as outras e atinge as paredes do castelo que se erguia à beira-mar, começando a 'derretê-lo'.

É a realidade a bater à porta, e a dizer "Olá cá estou eu. Não te esqueças de mim, ok? Vê lá o que é que andas a fazer."

E quando isso acontece, o sonhador acabado de acordar olha ao seu redor, retrai-se e fica... neurótico?
:)

Se calhar.
Mas só até começar a sonhar de novo.

::segunda-feira, janeiro 24, 2005

É oficial

Estou com a neura.
Ainda agora começou a semana e já estou assim.

Nem escrever me apetece.
Nada me soa bem.
Estou sem paciência.

E meio triste.
Desde manhã cedo, por causa de um sonho estúpido. Um sonho triste, melancólico.
Daqueles que fazem a tristeza passar para a 'vida real' e prolongar-se ao longo do dia. Que bela treta.

Junta-se a isso a ressaca da gripe e o stress da semana caótica que aí vem e... pimba!

E o fim de semana que até nem tinha corrido mal, com muito descanso, muita brincadeira com o puto mais fixe do mundo e resultados de futebol menos maus.

Enfim...

Valeu o almoço. Obrigado pela companhia. :)

Mais dois

Mais dois aniversários festejados durante o fim-de-semana.

Um no Sábado.
O outro no Domingo.

Um a 'dar as últimas' nos 30.
O outro a estrear-se nos 40.

Um foi meu chefe durante os meus anos de Pioneiro, no final da década de 80.
O outro foi meu chefe de Agrupamento durante a maior parte da década de 90 (e agora é-o outra vez).

Um é o ZéTó.
O outro é o Carlos Moreira.

Com um e com outro aprendi e continuo a aprender muito.
Sobre o ser escuteiro e não só.

Para um e para outro, e com o atraso a que o fim-de-semana obrigou aqui ficam os meus

PARABÉNS


Que contem muitos, e que continuem sempre assim, com a mesma força e a mesma juventude!

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::quinta-feira, janeiro 20, 2005

E não se pode processar?

Diga lá sôtoura, não se pode processar?

Levar a tribunal esses senhores que engendraram e andaram para aí a espalhar os novos cartazes laranja, com a estampa do nosso ex-futuro-demissionário-demitido 1º?

Na base da apropriação indevida, abusiva e, quiçá, ofensiva, de lemas e motes alheios?

Passo a explicar...

Corria o ano de mil novecentos e oitenta e tal, quase noventa (ou mesmo noventa, já não me recordo bem), quando um grupo de jovens escuteiros de Linda-a-Velha decidiu aceitar o desafio de participar num festival music-hall que se iria organizar para e com as diferentes 'associações de juventude' do local e arredores.

Para participar, sendo um festival music-hall, era necessário compor uma canção com letra e música originais e, claro, apresentá-la ao publico e a um juri.

Pois que como já referi os ditos jovens decidiram participar e dar mostras do seu talento, virtuosismo e entusiasmo (que dá sempre jeito para compensar minimamente a eventual ausência dos dois primeiros).

Lá se organizaram e deitaram mãos à obra, reunindo-se em casa de um e de outro, a horas incertas e impróprias, até alcançarem um resultado com o qual se sentiram satisfeitos e do qual, estavam certos, haviam de ficar muito orgulhosos.

E na noite do festival, subiram a palco, encantaram a plateia e juri, e arrecadaram o 1º lugar!
...

Só não me recordo se foi para a letra, se para a música.
Esta coisa da idade e dos neurónios que se vão apagando é lixada.

Mas acho que foi para a letra. Acho.
Perguntem ao Marques, à Rita que não é Ana, ao Carneiro, ao Panão, ao Studder...
Ou a qualquer um dos outros (ainda éramos uns quantos, desculpa lá se me esqueci de ti).
Pode ser que eles se lembrem.

Eu já só me lembro (mais ou menos) da melodia, e de parte da letra.
Com alguma ajuda talvez até me recorde de toda, mas assim, sinceramente.. já foi há muito tempo!
Mas sei que começava assim:

"Contra ventos e marés...

(... tendo o céu por limite")

::quarta-feira, janeiro 19, 2005

Ui

Há muito tempo que não chocava uma assim.
Daquelas de ter de ficar de molho por mais do que uma noite.

A última vez que lembro de ter 'faltado ao trabalho' por estar adoentado foi em 1998, quando trabalhava na Link, à conta de uma faringite que me apanhou num fim-de-semana que fui passar com os meus pais e a Carla ao Algarve. É no que dá andar ao sol sem chapéu, suponho.

Desta vez, e ao que tudo indica, apanhou-me essa gripe que para aí anda a encher as urgências dos nossos hospitais, e já me fez baldar a um dia de trabalho. O que não veio mesmo nada a calhar nesta altura do campeonato. Aind apor cima, nem para pôr o sono em dia serviu.

Mas penso que já lhe tratámos da saúde, eu, os cêgripes, aspegics e restante troupe.
A febre, pelo menos, já se foi, tal como o desconforto e mal-estar geral.
Ficaram as dores de cabeça ligeiras e o 'congestionamento nasal'.

Espero que tenha ido de vez (até à próxima, pelo menos), e que não regresse com os meus eventuais 'excessos'. E, claro, que não tenha saltado nem para o B, nem para a Carla.

A ver vamos...

::segunda-feira, janeiro 17, 2005

Cada macaco

No seu galho.

Neste caso concreto, cada comentário no seu post.

Já que o meu 'inocente texto alucinogénico' sobre o dia 15 de Janeiro, derivou numa troca de comentário futebolísticos pró-benfiquista, decidi criar este post para albergar esses mesmos comentários.

Vamos ver se funciona!

......
.....
....
(isto representa o tempo a passar. Não tem som porque o relógio é digital.)
...
..
.

Não funcionou.
Pelo menos não da maneira que eu queria.

Por isso coloco o link para os ditos cujos 'à mão' (que não faz mal a ninguém):

Os tais comentários

E com esta te deixo por hoje e vou para casa, porque o que estava a chocar já chocou, e requer alguns cuidados especiais.

Até amanhã!

PS: Edy, estou com uma penalização de -40 à actividade, pelo que o MERP de hoje à noite deve ficar sem efeito. Transmite ao resto da malta, sff! :(


Até começou bem

O fim-de-semana.

Com um Bernardo não muito rezingão, que deu uma noite boa, de Sexta para Sábado, só tendo acordado e 'exigido' companhia às 6 da manhã. Depois ainda dormiu até às 9h, mesmo a tempo de me acordar para a 'joga da bola' dos Sábados de manhã.

Jogo esse que, por sua vez, também contribuíu para dar ao fim de semana um tom positivo, tendo marcado o (meu/nosso) regresso às vitórias: 9-6, ou qualquer coisa do género. Pouco mas bom.
A endurance esteve um pouco abaixo do normal, o que me levou a ocupar o posto de guarda-redes por mais 25 minutos do que o que me era devido, mas ainda assim foram 75 minutos bem gastos.

Falhei a ida à piscina com o puto, no entanto.
E isso não foi muito bom. Temos de arranjar maneira de coordenar estes horários de Sábado, já que durante a semana é sempre mais complicado (é quase impossível estar em Linda-a-Velha à hora da piscina: por volta das 19h).

A tarde de Sábado, apesar de ter sido passada na Step, acabou por não ser má de todo. Não só conseguimos dar a volta a um problema que se estava a tornar algo bicudo, como ainda deu para avançar no campeonato de Cricket, permitindo-me aumentar um pouco mais a distância para o 2º lugar (2º e último, curiosamente ;).

E à noite, o ponto alto do dia: jantar (de 'Pizza na brasa') seguido de uma sessão de 'home cinema', com as (já) companheiras do costume. Para ver, desta feita, o 'Estranhos de passagem', do Stephen Frears, com a Audrey Tatou (a menina do 'Amélie'). Nada do policial/suspense que esperava, e um pouco parado, mas interessante. Uma história sobre a miséria de algumas vidas, e a constante luta para lhe escapar, a lembrar-nos do quão abençoadas são as nossas e do quanto nos lamentamos de barriga cheia.

Pelo caminho, o FCP foi a Coimbra empatar com a Académica, o que é sempre uma boa notícia.

No Domingo, e apesar de ter começado igualmente bem, com outra noite calma da parte do B, as coisas descambaram um pouco.

Foi um dia passado na Step a limar algumas arestas que, afinal, não tinham ficado bem polidas (e que tinham de o estar para hoje), com meia dúzia de partidas de Cricket pelo meio, que apenas mantiveram o status quo.

O fim de tarde e início de noite foram o que se sabe, com leões a dançar o bailinho da Madeira, e àguias a vencerem no xadrez.
Ouvi dizer, a dragões e lampiões, que o meu SCP terá sido bem roubado durante a 1ª parte, e pelo menos em termos disciplinares, mas é óbvio que isso não pode justificar o desaire. Especialmente quando as tão famosas 'condições anímicas' estavam tão em alta.
Enfim, suponho que assim tenha mais graça, com todos os 'grandes' empatados ao fim da 1ª volta. A ver vamos quem é que se 'aguenta à bronca'.

Por essa altura (à noite), e já desde o meio da tarde, andava a sentir-me um pouco febril, com alguma tosse e calafrios a indiciar o início de mais um 'choco' (que se verifica hoje).

Isso, no entanto, não foi suficiente para adiar a sessão de MERP (Middle-Earth Role Playing) que tinha marcada contigo e com o resto da malta, no meu regresso (há muito ansiado) a estas lides, por onde já não andava desde os meus... 17, 18 anos?
Foi tudo ainda um pouco atabalhoado, devido à (minha) 'ferrugem' acumulada ao longo de todos estes anos e à inxeperiência dos restantes jogadores, mas ainda assim, na minha opinião, bastante divertido.

Agora é só tratar de arranjar algum tempo extra, não só para jogar, como para preparar um pouco melhor as coisas. E isso é que é capaz de ser mais complicado. Mas vamos lá ver o que é que se consegue arranjar.

Uma ideia para me facilitar a vida poderá ser iniciar também o B nestas artes.
Quanto mais não seja podemos dar-lhe a tarefa de lançar os dados! ;p

::sábado, janeiro 15, 2005

Dia 15

30 dias passados sobre o dia 15 do mês passado.
15 dias para o dia 30 deste mês.

Efemérides.
O Alfa e o Ómega.
Embora o Ómega e o Alfa seja a ordem correcta.

Enfim... disparates!

::sexta-feira, janeiro 14, 2005

Ainda dEUS

Ainda o "Nothing really ends".

Que conta assim, lá para o fim:

"Don't say goodbye,
let accusations fly,
like in that movie.
You know, the one where Martin Sheen
waves his arm to the girl on the street..."

A verdade é que eu don't know.
Não faço ideia de que filme é que se está aqui a falar.

Haverá para aí algum cinéfilo digno desse nome que me possa esclarecer esta dúvida?

Dou alvíssaras a quem me souber dizer o título do filme.
Com provas que sustentem a afirmação, claro.

Fica a valer o 1º 'chá e torradas' do ano.

A ver se o eventual vencedor faz valer os seus direitos e não deixa expirar o prazo para reclamação do prémio, como aconteceu a alguns dos do ano passado (que às 24h do dia 31 de Dezembro de 2004 perderam todo e qualquer direito aos ditos cujos não reclamados).

;p

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E pronto

Já está.
Já o cacei.

Raio do bicharoco.
Ás vezes consigo dar-me cá um auto-baile... Apre!

:p

Agora sim, até amanhã.
Ou até logo.

::quinta-feira, janeiro 13, 2005

É quase meia-noite

E lá fora está um nevoeiro fantástico, a cobrir toda a avenida dos Cabos d'Avila e arredores.

A avenida (se é que é tal coisa) provavelmente tem outro nome, mas não sei qual é. Sempre a conheci assim, muito por causa das informações de trânsito na(s) rádio(s).

"E nos Cabos d'Avila, o trânsito rola mais lentamente..."

Sabes do que estou a falar, certo?
Daquela estrada que vai do Restelo/Caselas à Amadora. A do Continente.

Agora que as instalções dos Cabos d'Avila propriamente ditos estão praticamente desaparecidas, não sei por quanto mais tempo manterá esta designação.

Mas voltando ao nevoeiro.
Está fantástico, como disse.
Não tem grande graça para quem anda na estrada a conduzir, como eu estava há pouco, mas para quem está 'de fora' a ver... tem o seu quê.
A sua mística.

Nada de D.Sebastião ou outros que tais.
Para mim, o nevoeiro leva-me sempre de volta ao filme homónimo do John Carpenter: "The fog". "O nevoeiro" em português, e numa das mais fidedignas traduções de sempre do título de um filme estrangeiro.

Lembra-me sempre (o nevoeiro) de piratas meio carcomidos pela humidade e pelos séculos, a sair da bruma, de espadas e ganchos em riste, para exercer a justa vingança!!! Eh!

Daí que prefira observá-lo do conforto de casa, do que na rua, ou no carro.
Se bem que isso não os impedia, no filme, de fazer o que tinham de fazer!
Brrrrr...

E assim, aqui estou. No Montepio.
No cliente, portanto. Num dos.

Fica aqui em Alfragide, na Quinta Grande para ser mais preciso, mesmo em frente da Conforama e do Continente (do outro lado da referida avenida).

Olha, no seguimento da rua onde tu trabalhaste. Nas traseiras, por assim dizer.

"Ricos empregos! Depois dizes que trabalhas até altas horas e não sei quê, mas tu vais é para a internet! Bla bla bla"

É um facto. Estas coisas, afinal, não se escrevem por si, não é?

Voltei cá para terminar umas coisas que tinham ficado meio penduradas, quando saí à pressa (e super atrasado) para o jogo de futebol das quintas (às 20h30, em Linda-a-Velha), mas ao chegar cá dei com o sistema indisponível.
Em manutenção, e coisas do género.

Ou seja, posso desenvolver e implementar, mas não posso testar.
O que não dá grande jeito.

"Vai mas é para casa descansar, e tal!"

Tens razão, vou de seguida.
Mas já agora aproveito e acabo isto, não achas?

Estou a ouvir dEus.
A banda belga, entenda-se.
Embora também vá fazendo por ouvir o que Ele terá para me dizer.
Os puxões de orelhas, as palmadinhas nas costas, etc...

"No more loud music", um 'best of' dos rapazes.
Ando com ele no carro para to emprestar (agora que descobriste dEus, a banda) e lembrei-me de o trazer para matar saudades.

E cá está o "Nothing really ends", que ouviste o outro dia na Radar e que te despertou o interesse. E, possivelmente, o gosto.
Muito bonita. É de todas, e de longe, a menos 'loud', mas espero que também gostes do resto.

"I once told a friend,
That nothing really ends,
No one can prove it.
So i'm asking you now..."

Eu disse "jogo de futebol"?
Ah! Que exagero. Quase tudo menos isso.
Se o pessoal descarrega quando está sentado a assistir, quando está em campo então... ui!
Mas hoje foi demais. Quase a passar dos limites.
Quase... A verdade é que houve quem saísse 15 minutos mais cedo para o balneário!
Espero que estejas mais calmo... ;)

Eu também saí 15 minutos antes do fim, mas apenas porque a Carla tinha deixado as chaves de casa dentro do carro e estava à porta com o B, sem conseguir entrar. E como para voltar à garagem também precisava das tais chaves... lá fui eu a correr!

Melhor assim, vistas bem as coisas. Também já me estava a chegar a mostarda ao nariz. Escrevo sobre isso noutro dia.
Mas posso adiantar que estou a começar a ponderar a hipótese de desistir da bola das 5ªs e ir antes para o SolPlay.
Sempre é outro ambiente. Mais calmo. Mais agradável. Mais interessante...

Bolas!
Esqueci-me outra vez de trazer o "Murder by numbers" para entregar no Blockbuster.
E já lá vai quase uma semana. Assim ficam caras, estas sessões de 'home movies'.
Fraquito, o filme. Apesar da Sandra.

E reparo agora que também me esqueci do telemovel no carro.
Espero que não estejas a tentar contactar-me.
De qualquer forma não devo demorar-me muito mais.

Isto afinal parece que já mexe.
Mais um reboot aqui, mais um teste ali, e se estiver tudo ok, vou embora.

Hum... não está.
Ainda não está.
...
Que raio...
...
Bom, deixa-me cá arregaçar as mangas e tratar de caçar este bug.

Até amanhã.

Aí está ela

A chuva.
Será que veio para ficar?

Dava jeito que sim, para evitar estragos de monta às culturas e afins, e 'dores de cabeça' a quem delas depende.

E para subir um pouco a temperatura, também.
Mas não muito, porque o Janeiro quer-se frio.

Já diz o povão: 'Janeiro quente, Diabo no ventre'.
(aquilo do SMART sempre dá para aprender umas cousas ;)

Já tinha algumas saudades, confesso, de sentir o cheiro a terra molhada e de ver as nuvens cinzentas sobre o mar.

Quem de direito devia instituir um ou dois dias assim por semana, ao longo de todo o ano.
Cinco dias de sol, intercalados com dois de chuva.
Todas as semanas.

Desde que não calhassem ao fim de semana, até era capaz de não ser muito mau.

Para variar um pouco.
E tal.

::quarta-feira, janeiro 12, 2005

Não era bom...

...se o "quem espera sempre alcança" anulasse automaticamente o "quem espera desespera"?

::terça-feira, janeiro 11, 2005

E o primeiro...

... bebé do ano é:

O 'padinho' do Bernardo, e meu primo 'mais grande' (um metro e noventa e?), o Paulo!

MUITOS PARABÉNS, gaijo, pelo teu 33º aniversário.

Desculpa lá estas horas, mas este foi um dia 'daqueles'...

Espero que tenhas tido um dia muito feliz, e que assim continue até às 24h.
Claro que teria sido melhor se o teu FêCêPê ainda fosse o líder da Superliga, mas é assim mesmo a vida. Campeões num ano, e no seguinte... também, provavelmente! :)

Beijos&Abraços dos teus primos-compadres e do teu afilhado 'mai lindo'.

Etiquetas:

Emprestas-me?

A tua máquina forográfica digital?

Preciso de tirar umas fotos para ilustrar alguns posts que tenho pensados, e com um máquina digital sempre me despacho mais rapidamente.

Hum? Que me dizes?

::segunda-feira, janeiro 10, 2005

E a anedocta...

... é assim:

"Adão, tu amas-me?"
"Não, Eva, eu não te amo..."
"Não?!"
"Não, lamento..."
"Então... Então porque fazes amor comigo?!"
"HELLO?!?! DUH!!! Vês mais alguém por perto?"

...

Isto vem a propósito dum comentário ao post das artes, onde se refere que a 1ª arte terá sido a da conquista, justamente por causa deste célebre casal.

Penso que serve para ilustrar o facto de que, pelo menos com estes dois, não terá sido necessária grande arte, ou mesmo qualquer arte, para... o que quer que fosse.

E claro que também serve para ilustrar outras coisas... ;p

OutSMARTed...

... once again!

Salada de Frutas
Maricarmen
Amigo (cantigas de)
Ricou (Teresa)
Trindade

Estas são 5 das respostas correctas que devíamos ter dado ontem.

No total, e se bem ouvi/percebi, ainda falhámos mais outras tantas.

E outras tantas.
E outras tantas.
E outras tantas.
E outras tantas.

Muito mau, o filme de ontem.
A confirmar a noção de que as sequelas são geralmente piores que o 1º da série.
Pelo menos para alguns.

Melhores tempos virão.
Espero!
;)

::domingo, janeiro 09, 2005

As artes

Quando, num post anterior, me referi ao 'lavar a loiça' como sendo para mim a 11ª arte, não pretendia com isso dar a entender que teria/dominava outras 10.

Tentava apenas demonstrar o gosto pela coisa, equiparando-a às restantes artes 'catalogadas', da mesma forma que, por exemplo, chamamos ao cinema a 7ª arte. Ou a 9ª, à Banda Desenhada.

Se lhe dei a 11ª posição, foi apenas para precaver uma eventual prévia atribuição da 10ª a qualquer outra arte.

As vossas questões acordaram, no entanto, uma dúvida adormecida:

Quais serão as outras?
Qual será a 1ª? Qual será a 8ª?
Haverá já, de facto, uma 10ª?

Desenho, Pintura, Escultura, Música, Dança, Arquitectura...
Em que posição terão sido catalogadas?

Procurei, procurei, procurei... mas nada de concreto encontrei.

Para além de referências à 7ª e à 9ª, não consegui encontrar nenhum site, nenhum texto, em que se apresentasse esta ordenação das artes, por forma a responder à questão.

Terás tu a resposta?
Conhecerás, por ventura, o 'indíce das artes'?
E quererás partilhar esse conhecimento connosco?


A talho de foice

Também posso aproveitar para (tentar) responder à tua pergunta, claro.

Quais são as minhas outras artes, para além do 'lavar loiça'?

Ora deixa cá ver...

Uma delas será, sem dúvida, e como já aqui foi indiciado, a 'rabujice' ou 'rezinguice'.
Uma arte que tem vindo a evoluir de forma mais ou menos natural, ao longo da minha vida, tendo já atingido um grau elevado de sublimação, que qualquer pessoa que já tenha trabalhado/privado minimamente comigo poderá atestar.

Associada a esta, e por vezes indistinguível, vem a 'irritância'.
Que é como quem diz, a arte de provocar reacções do género "Tu não me irrites!" e "Ai que irritante!". Diria que já serei, senão cinturão negro, pelo menos castanho, nesta arte.

Curiosamente (ou não), é junto do 'sexo-fraco' que as minhas artes parecem ter mais sucesso. É esse o caso com qualquer uma das anteriores e também com outras, como por exemplo, a arte do 'levantar da lebre'. Que costuma provocar as mais diversas reacções, embora todas com uma mesma ressonância: "Não me faças isso!", "Conta, conta, conta!", "Oh pá, diz lá!", etc.

Enquanto que quer a 'irritância', quer a 'rabujice', me são mais ou menos inatas, e saem com uma certa naturalidade (não me dando, contudo, especial prazer), esta última já exige um certo esforço consciente, uma certa intenção, acabando também por dar muito mais gozo na sua prática.

Tal como outra arte que tenho vindo a desenvolver ultimamente: a arte de 'cutucar a onça com vara curta'.
Vistas bem as coisas, esta acaba por não ser mais que uma combinação/derivação da 'irritância' e do 'levantar da lebre', mas envolvendo, no entanto, outro tipo de risco para o artista. Um arte mais radical, se quiseres, e que por isso mesmo provoca um maior fluxo de adrenalina.

E vão... cinco? Cinco!
Haverão mais?
Hum...

No outro dia chamaste-me "o verdadeiro artista das histórias escondidas", não foi?
Bem, suponho que podemos inscrever isso como uma das minhas artes. Ainda pouco desenvolvida, talvez, ainda muito 'verde e crua', mas que também me dá muito gosto. Contar histórias. Histórias dentro de histórias. Histórias por detrás de histórias. Histórias à volta de histórias. E por aí adiante. Uma arte que serve, muitas vezes, de veículo para outras das minhas artes já aqui referidas.

Tu também já me chamaste artista doutras coisas.
E imagino que tu também já o tenhas feito.
Tal como outros.
Belas-artes nuns casos, artes vis noutros.
Não me cabe a mim classificá-las ou referi-las, a essas de 'atribuição alheia'.

Parece que me fico pelas seis, portanto, omitindo as 'ocultas'.

Ou não? Seis não me soa bem.
Porque o meu número é o 7.
E porque falta uma, claro.

A única 'verdadeira': o desenho.
A minha preferida de entre as 'artes clássicas' (como executante, pelo menos), e a única em que me safo minimamente.

Há quem diga que tenho algum jeito para a coisa, e até já aconteceu perguntarem-me se trabalho na 'área', em alguma coisa relacionada com desenho, design, etc.

E às vezes, quando olho para algumas das coisas que faço, para os rabiscos que me vão saindo entre um programa e outro, ou a meio de uma reunião, também me pergunto o porquê de não dedicar mais tempo a este gosto, o porquê de não fazer por aprimorar a minha arte e de não lutar mais por esse sonho (de menino) de ser um 'artista da BD'.

Falta de tempo? Preguiça? Subjugação ao 'vil metal'?
Medo de falhar, derivado do realismo e da constatação da falta de 'arte e engenho'?

Ou será alguma voz interior a gritar-me na alma que a minha verdadeira vocação está na cozinha, no lava-loiças, entre pratos, esfregões e detergente de aloe-vera super-concentrado?

Sem palavras

2-1


(e será que sem comments?)

::quinta-feira, janeiro 06, 2005

6 de Janeiro

Faz hoje 1 mês que o B fez 3 anos.
E daqui a 1 mês, se Deus quiser, fará o seu papá 32.

Dia de Reis.
O dia que encerra a quadra natalícia, para a maioria das pessoas.

Dia de desmontar e guardar a àrvore. Ou de a deitar fora, para quem tiver optado pela versão natural. Shame on you!
Dia de realizar o último jantar de Natal.
E, para alguns, o dia de abrir as prendas.

Dia, para mim, de escrever sobre a minha passagem de ano.
Porque qualquer dia passa do prazo de validade (se é que já não passou).

Não é que que tenha muito para escrever sobre o assunto, mas como disse que 'depois contava', tenho mesmo de o fazer, não é?

Ora bem... a minha passagem de ano...

O momento propriamente dito, o da passagem em si, aquele em que as 11h59m do 31 de Dezembro de 2004 se transformaram em 0h00m do 1 de Janeiro de 2005, foi igual a tantos outros: copo de champanhe numa mão, doze passas na outra, alegria e antecipação a toda a volta, alguma apatia e tristeza interior (já lá vamos), etc...

Toda a envolvência desse 'momento zero', no entanto, foi diferente de tudo o que alguma vez tinha feito em jeito de 'passagem de ano', pois estive a colaborar num 'reveillon' organizado para idosos oriundos de diversos lares e centros de dia do concelho (Oeiras), como já por aqui tinha referido.

A organização esteve a cargo duma associação juvenil do concelho, a 'PróAtlântico' , da qual fazem parte alguns escuteiros de Porto Salvo meus conhecidos. Foi daí, aliás, que surgiu o 'pedido de ajuda', mais especificamente da Célia Lemos, uma das mentoras do projecto (a par do Nuno Chaves, e doutros, eventualmente).

A esse pedido, e de Linda-a-Velha, responderam, para além de mim, a Paulinha, o Doc, o Carlos Sousa (o avô escuteiro-materno do B) e a minha irmã, a Patrícia (que, tal como outros que lá estiveram, não sendo escuteira, também quis ajudar). A Carla também tinha intenção de ir, mas 'atrasos de última hora' no jantar do B acabaram por fazer com que passasse a meia-noite com este e com os avós.

Para além de nós, estavam lá uma série de caras conhecidas das nossas 'andanças escutistas' (entre outros, a Sofia de Porto Salvo e o Ricardo de Nova Oeiras) e outras desconhecidas (voluntários da associação, amigos dos amigos, etc.). Devíamos ser cerca de 20-25, no total.

O nosso trabalho, que para alguns já tinha começado muito antes de dia 31 (com toda a preparação do evento, do espaço, etc.), consistiu em transportar os convivas de e para o local (na Lage, em Oeiras), servir à mesa, participar na festa :), e no fim, deixar tudo arrumadinho e a brilhar.

Eu concentrei-me essencialmente nas tarefas de condução (porque não havia muita gente habilitada e/ou com habilidade para conduzir as carrinhas) e de 'lavagem de loiça' (quem me conhece sabe que é algo que faço por gosto e que considero a 11ª arte ;), pelo que acabei por me 'escapar' ao servir à mesa.

Escapei-me também ao 'participar na festa', para o qual não me estava a sentir particularmente vocacionado.
Por um lado, porque nestas coisas costumo colocar umas 'palas mentais' (tipo as dos burros, sim) e ficar 'obcecado' com o trabalho que há para fazer, parando apenas quando está tudo feito ou quando já estou definitivamente 'mais para lá'.
Por outro lado, e principalmente, porque outro tipo de 'palas' me impediu, como geralmente impede, de apreciar e aproveitar o fantástico ambiente que ali se vivia. Em vez de aproveitar a (excelente) companhia dos presentes, preferi 'chorar' as ausências. E isso, como se sabe, não leva a lado nenhum.
Enfim, mais uma coisa para (tentar) melhorar em 2005.

'Largámos o serviço' lá para as 3h ou 4h da manhã, ainda a tempo de ir até ao restaurante 'O Pedro' (o novo 'sítio do costume' em L-a-V) apanhar os últimos foguetes da festa que lá havia, e de nos juntarmos aos amigos que também lá tinham ido acabar a noite. Pouco depois chegaste tu, e aí sim, com o grupo de outros tempos quase todo reunido de novo, e sem 'preocupações laborais', a minha noite de fim de ano finalmente animou.

Não que me tenha arrependido, ou que não tenha gostado, da escolha que fiz para a passagem de ano, nada disso. Gostei imenso. Gostei Hymalayas :p.

Não só porque o serviço aos outros é, para mim, a parte fundamental do ser Escuteiro, mas também pelo sabor muito especial que esta acção teve, num momento como o actual, em que acontecimentos tão chocantes e avassaladores nos fazem sentir pequenos e impotentes. Acabou por ser uma simbiose, afinal.

Se puder, lá estarei de novo para a próxima.
E se puder/conseguir levar-te comigo, tanto melhor.

Até lá, faz favor de teres um óptimo 2005.

::quarta-feira, janeiro 05, 2005

Explicação

Concedo que, aliadas, a força do desejo e a imaginação são poderosíssimas.

Tanto podem como fazer com que no 'dois' que geralmente é bom, 'um' se sinta demais, como fazer com que te sintas sozinho no meio de uma multidão.

Mas todo esse poder, por si só, não concretiza os sonhos.
Não lhes dá substância, não os torna reais.

Ora, algo que não é real é algo que não existe.

E nada se pode colocar no meio de algo que não existe.
Porque o meio também não está lá.

Certo?

::terça-feira, janeiro 04, 2005

Contadores de histórias

J.M.Barrie
Foi o escritor (escocês, do início do sec. XX) que nos deixou o Peter Pan, a Sininho, o Capitão Gancho e restante companhia.

Fui no Sábado passado ver o "À procura da Terra do Nunca", com o Johnny Depp e a Kate Winslet, sobre o período da vida do escritor em que este criou essa sua mais famosa obra (uma peça de teatro, originalmente).

Um filme com tanto de divertido como de comovente, daqueles capzes de te deixar pregado à cadeira no final durante uns bons minutos, em 'contemplação'. A não ser, claro, que tenhas necessidade de fugir à pressa da sala para esconder/lavar as lágrimas ;).

Uma história sobre o poder (e as limitações) da imaginação e da fantasia, e a importância de nunca perder a tal 'criança interior'. Sobre o 'crescer' e tornar-se adulto. E sobre o que isso NÃO tem de implicar.

Tal como a minha mana já o fez num comentário ao post anterior, também eu to aconselho. Vivamente.

Infelizmente, nem sempre basta acreditar com muita força para que os nossos desejos se tornem realidade. Mas ás vezes... 'it's all it takes'. E se nunca tentarmos...


Lemony Snicket
Pseudónimo de um tal de Daniel Handler, que (possivelmente entre outras coisas) também toca acordeão (com os Magnetic Fields, que estiveram cá há pouco tempo).

Este senhor (também) escreve histórias para crianças, e também sobre crianças.
Mais concretamente, sobre 3 orfãos que são alvo das artimanhas de um parente afastado que lhes pretende roubar a fortuna herdada.

Essas histórias (ou parte delas), foram agora adaptadas ao cinema, num filme intitulado "Lemony Snicket's: A series of unfortunate events", no qual o vilão é interpretado pelo (quase irreconhecível) Jim Carrey.

Fui vê-lo na semana passada.
E foi, de facto, um 'unfortunate event'.

Um event com muito potencial, muito bem conseguido visualmente e a nível de efeitos especiais, a lembrar os filmes do Tim Burton.

Mas também muito chato. Parado. Sem ritmo.

Sem graça.

O Jim Carrey, contra quem eu não tenho qualquer tipo de preconceito, está ao seu melhor nível no que respeita à sua famosa (ou infame?) "expressividade corporal", mas tudo o resto, e se calhar por isso mesmo, me pareceu algo... inexpressivo.

Logo por azar, a única apresentação do filme que vi (quando fomos ver o 'Tesouro', lembras-te?), devia ter a 'bobine do som' ao contrário (ou qualquer coisa assim do género, não percebo muito disso), porque o que se ouvia não era inglês mas uma outra lingua qualquer que não consegui identificar.
Achei o efeito fantástico e fiquei a pensar que o filme seria mesmo falado nessa 'lingua'! Mas não é. Infelizmente.

Admito que parte da culpa desta apreciação negativa seja minha, que poderei ter entrado na sala com expectativas demasiado elevadas, que possivelmente não estaria num bom fim de tarde para aquele tipo de filme, ou que estaria com a cabeça demasiado nas nuvens para apanhar as piadas.

Mas toda a companhia (5 meninas! ;o) saíu com a mesma sensação, pelo que não tenho muita dificuldade em não me 'auto-flagelar' por isso.

Venha de lá o 'Charlie and the Chocolate Factory', esse sim do mestre Burton (e com o Johnny Depp), para ver se restaura a minha fé no género.


A aia
Aqui era suposto encaixar um texto sobre a aia, que tal como o bardo, e embora não tão famosa como este, também contava histórias na corte.

Mas já fiz e refiz o texto uma meia-dúzia de vezes, e não consigo chegar a um consenso comigo próprio.

Até já apaguei o título, com a intenção de desistir do 'tópico'.

Decidi-me, no entanto, por voltar a colocá-lo (como se verifica), e a registar desta forma a minha primeira ocorrência de "blogger's block".
Também faz parte, afinal.
:(

E assim, mais 'cedo' que o previsto, passo ao seguinte.


Pam
Não sei se costumas contar histórias ou não, mas preciso que me contes uma.

Sobre bagagem.
Daquela que anda sempre connosco.
De e para qualquer lado.
Mais pesada nalgumas circunstâncias, mais leve noutras.
Mais à vista. Mais escondida.
Mais presente. Mais esquecida.
Mas sempre a acumular, a crescer.

Tenho em mente um conto já antigo, que conheci em traços gerais, mas do qual não aprendi o detalhe.
Porque sempre me bastou o contorno, o conceito que lhe estava inerente, nunca quis saber dos pormenores. Nunca me quis chatear com isso.
Mas, agora que preciso de um desfecho para uma das minhas próprias histórias, sinto necessidade desse detalhe, e penso que tu mo saberás dar.

Imagino que não haja muito mais a acrescentar ao que já sei - meia dúzia de parágrafos, se tanto - mas ainda assim preciso de o conhecer.

Porque nem sempre o contar histórias é suficiente.
Por vezes também é necessário ouvir algumas.
De realidade.

::segunda-feira, janeiro 03, 2005

Certa noite...

... lá no cimo da árvore mais alta do monte mais alto, ela disse-lhe, a meio de uma das suas conversas:

"Sabes, minha estrela, que brilhas muito mais naquela constelação que na outra?"
"Sei, sim. Sinto-o cá dentro."
"Ainda bem..."
"E sabes tu porquê, amiga?"
"Porque te fazem sentir mais viva aquelas estrelas que as outras?"
"Hum... Boa resposta. Mas não. Não deixando isso de ser verdade, não é a resposta correcta."
"Então qual é?"
"Posso contar-te um segredo?"
"Conta! Adoro segredos."
"Mas um segredo é para guardar."
"Sim, eu sei. Eu guardo-o."
"Prometes?"
"Prometo!"
"Acontece que, na realidade, não sou uma estrela..."
"Não? Mas eu vejo-te brilhar."
"Sim, vês. É verdade. Mas nem tudo o que brilha é ouro, não sabes?"
"Mas... são de ouro, as estrelas?"
"Ahahahaha. Claro que não. É apenas uma forma de falar..."
"Ah?"
"Quero dizer que nem tudo o que brilha no céu, nem tudo o que ilumina a tua noite, são estrelas."
"Como a Lua?"
"Como a Lua! Óptimo exemplo."
"Então... tu és uma Lua?"
"Sim, de certa forma. Tal como ela, também eu brilho com uma luz que não é minha."
"Então? Roubaste-a? A quem?"
"Não, não roubei. Limito-me a refleti-la."
"Refletes? Como um espelho? E de quem é a 'tua' luz?"
"De quem a tem de direito próprio. Das estrelas verdadeiras que me estão próximas, e que vou orbitando."
"E naquela constelação as estrelas são mais fortes, é isso? E na outra mais fracas?"
"Sim, mais ou menos. Naquela só existe uma estrela, tudo o resto são reflexos..."
"Só uma? A sério? Uau! Deve ser muito grande."
"Muito, mesmo. Muito intensa."
"E na outra? Quantas há? São pequeninas?"
"Só há uma, também. E sim, é pequenina."
"Por isso com ela não brilhas tanto."
"Exactamente."
"Obrigado por partilhares comigo o teu segredo."
"Não tens de quê. Sei que posso confiar em ti."
"Oh. Obrigado, novamente. Mas..."
"Mas?"
"Porque é que não te ficas apenas por aquela constelação?"
"Porque... escuta! Não é a tua mãe que te chama?"
"A minha mãe? Não ouç...".
"É sim. Já deve estar na tua hora."
"Ah, ok. Já percebi! Está bem. Boa noite, estre... er... como é que te devo chamar agora?"
"Podes continuar a chamar-me estrela, se quiseres."
"Quero sim. E assim não revelo o nosso segredo!"
"Isso. Boa ideia."
"..."
"Diz..."
"Devias ficar sempre naquela constelação."
"Boa noite, amiguinha..."

::domingo, janeiro 02, 2005

O problema - III

Já há algum tempo que não colocava aqui qualquer problema aos nossos engenheiros e afins, de modo que decidi começar o ano com um. Não só para matar saudades, mas também para não perder a pedalada.

Nada de muito complicado para (re)começar.
Algo que se resolve com algumas contas de cabeça (ou de máquina de calcular).

"Então é assim..."

Um cientista estava a fazer um estudo sobre hábitos alimentares.
Para suportar as suas teorias, e antes de iniciar o estudo em seres humanos, decidiu realizar uma série de testes em cobaias (os denominados 'animais de laboratório'), nomeadamente, em ratinhos brancos.

Para variar um pouco e não estarmos constantemente a sacrificar os machos da espécie, podemos imaginar que em vez de um ratinho ele terá utilizado uma ratinha.

No caderno onde ele anota o resultado dos testes, podemos encontrar as seguintes entradas, relativas ao início dos mesmos:

"Momento 0:
ratinha iniciada em dieta de queijo único (de cabra, seco)."

"Momento 0 + 2 meses:
ratinha introduzida numa pequena jaula-labirinto com outras variedades de queijo (de ovelha, amanteigados, aromáticos, etc.), durante 9 horas por semana."

"Momento 0 + 4 meses:
ratinha adiciona uma das espécies de queijo do labirinto à sua dieta."


Ao fim de 24 meses, e tendo verificado que a ratinha manteve ambos os tipos de queijo nos seus hábitos alimentares(embora com interrupções pontuais, e desprezáveis, no consumo de um e outro), o cientista começou a pensar em alterar as condições dos testes.

Assim, decidiu:

- aumentar em 3 vezes o tamanho da jaula-labirinto, acrescentado novas variantes e possibilidades aos percursos;
- quintiplicar o tempo de permanência da ratinha na jaula-labirinto, de 9 horas/semana para 45 horas/semana;
- retirar da jaula-labirinto a espécie de queijo pela qual a ratinha havia optado, substituindo-a por novas variedades de queijo (mantendo, contudo, o queijo seco na sua dieta).

A pergunta que se coloca, e para a qual se pretende resposta, é a seguinte:

Nas novas condições, quanto tempo levará a ratinha a acrescentar uma nova variedade de queijo à sua dieta?

::sábado, janeiro 01, 2005

Ano novo


FELIZ 2005
PARA TODOS