Estava na sala, de volta de algumas fotografias para as molduras, com o puto na marquise, entretido a inspeccionar o meu velho 'forte cowboy', resgatado há algum tempo da arrecadação, a par dos seus variados ocupantes: os ditos cowboys, indíos, soldados, cavaleiros playmobil, etc...
De repente, um grito:
- PAPÁ, anda cá! - Que foi? - Está aqui uma lagartixa gigante!!! - Hum... uma lagartixa gigante? - Sim! Anda! - No meio dos bonecos, preta? - Sim! Comoéquesabes?
Também na cozinha, mas mais para a entrada - na ponta oposta aquela onde costumam aparecer as abelhas mortas, portanto - 'descobri' esta pequena portinhola, cujo propósito me escapa por inteiro...
... do 'Livro dois - A Muralha de Gelo' de 'As crónicas do gelo e fogo'.
E estou naquela situação, naquela angústia, que outros livros já me proporcionaram, de não querer que acabe, e estar a atrasar a leitura dos últimos capítulos o mais possível.
Por um lado... quero ler mais. Por outro... não quero.
É o paradoxo 'Rebelo de Sousa', aplicado à literatura.
Como escreve na contra-capa a editora: "Se gosta de romance 'histórico' (as plicas são minhas) épico, de um thriller arrepiante, de uma aventura emocionante, de uma fantasia credível e, em suma, de uma grande leitura... então este livro é para si."
E de facto é para mim, sem dúvida para ti, e acredito que para ti também. Para ti tenho algumas dúvidas que seja, e para ti... definitivamente não.
O pior de tudo é que o 'Livro três - A fúria dos reis' só sai em Fevereiro :(
... porque não pedir ao Menino Jesus a Coragem para (te) ofereceres a Verdade?
Through the storms and the lie baby you stood by my side and life is wine
but there are days in this life when you see the teeth marks of time two lovers divide
sound meets sound babe her echoes, they surround and all that we need is one thing now what is there to allow
babe it's time we gave something new a try oh alone we may fight so just let us be three
and baby tonight i see your lips are on fire and life is wine now the windows are open the moon is so bright no one can tell us what love brings for you and i
sound meets sound babe the echoes, they surround and all that we need is one thing now what is there to allow
babe it's time we give something new a try oh alone we may fight so just let us be three tonight
through the storms and the lie baby you stood by my side and life is wine
you feel the sweet breath of time it's whispering it's truth, not mine there's no "i" in threesome
and i am all for it
babe it's time we give something new a try oh alone we may fight and feathers bend like trees in the moonlight
babe its time we give something new a try oh alone we may fight so just let us be three tonight
Saíamos de casa esta manhã, e a caminho do carro passámos pelo "Jardim" - restaurante chinês que já conheceu melhores dias (já não está nas mãos do Sr.Lin, infelizmente) - em frente ao qual, encostados às colunas, aguardavam dois indivíduos de etnia chinesa, eventualmente cozinheiros ou empregados do estabelecimento, que aguardavam a abertura do mesmo.
De repente, atrás de mim, o B grita, em tom de guerreiro:
"CHINESES! CHO ya CHI wuen CHA!"
Segui em frente acelerando o passo, sem olhar para trás, enquanto o chamava e procurava um buraco onde me enfiar...
Muito mais injusto que quem não ter dentes receber as nozes de Deus (hum... isto não soa lá muito bem), é recebê-las quem os tem e não as quer trincar.
De quando em vez, surge lá por casa, mais concretamente na zona da cozinha/marquise, uma abelha morta.
Assim como esta:
Ontem, por exemplo, surgiu uma na bancada da cozinha, na zona do esquentador, depois do técnico lá ter ido concluir que pouco ou nada poderia fazer pela falta de água quente nas torneiras...
Estávamos a voltar do Pingo Doce, na 2ª de manhã, quando decidimos tratar logo do assunto do passarinho & gaiola, para não estar a entrar e sair de casa vezes sem conta.
No momento, a única loja de animais de que me lembrava nas redondezas era daquela perto dos semáforos na Tomáz Ribeiro, no início da descida para Algés. O B, no entanto, tinha outra em mente.
- Aquela ali ao pé de tua casa, onde passámos no outro dia... tinha um cão e tudo, que me assustou, e eu disse que já tinha visto tudo e queria ir embora... aquela... tás a ver a tua casa, não é? Vira-se para ali... não, para ali... e depois, segue-se para a direita, muito, muito, muito...
Eu, no entanto, não estava mesmo a ver que loja de animais ele poderia estar a referir-se, especialmente ali por perto.
- Uma que vimos quando fomos à procura de bolas e isso para a árvore de Natal... e tu tinhas quase a certeza de que não havia... e íamos com a Madrinha... ou com a Tita... ou com a Madrinha... ou com a Tita... - Então? Decide-te, com a Tita ou com a Madrinha? - Não sei, já não me lembro! São tantas Patrícias na minha cabeça que às vezes me baralho todo! - Tantas? São só duas! - Sim, eu sei. Mas já chegam para me confundir!
Pois é, o pequeno bico-de-lacre que veio cá parar a casa na noite de 4ª feira passada (depois de, no sábado anterior, ter sido resgatado na rua por uma das lobitas da 51), acabou por falecer de 6ª para Sábado, não sei se em consequência do frio que se faz sentir cá por casa (sim, não é só da falta de esquentador, mas a isso já lá vamos), se dos ferimentos sofridos na mais que certa queda de uma qualquer gaiola das várias que circundarão a nossa sede, se da combinação de ambos.
O certo é que se foi. Estava eu a preparar-me para lhe dar uma dose reforçada de alimento no Sábado de manhã - uma vez que ia passar o fim-de-semana fora acampado com a Alcateia (em Sintra, que frio!, mas a isso já lá vamos... ou não) - quando o achei demasiado quieto, na colher-de-sopa-chinesa que lhe servia de ninho, dentro da caixa de lápis que fazia as vezes de gaiola.
Logo por azar, já o tinha apresentado ao B, na noite anterior, e combinado a compra da gaiola para a 2ª seguinte (mais uma das tarefas para as férias), tendo o bicho já sido baptizado e tudo: Cookie, já que no cão dos avós não tinha colado.
"Filhote, sabes... er... encontrámos os donos do passarinho e devolvemo-lo... Mas 2ª feira podemos ir comprar outro, com gaiola a sério e tudo!"
E assim foi.
Por sugestão do próprio B, que por ali se lembrava de ter passado recentemente na demanda de enfeites para a árvore de Natal, demos um pulinho ali ao outro lado da rua, ao Tropical, e na loja do canto ao lado do pela-enésima-vez-ressuscitado-cinema, encontrámos o canário mesmo mesmo perfeito (não havia muitos, na realidade).
De modos que... o Cookie já cá canta, literalmente:
Enfim, não interessa. O que interessa é que nestas duas semanas quero:
- aproveitar ao máximo as férias do B! - enfeitar a árvore de Natal (com o B) e terminar as compras de Natal; - tratar do assunto do esquentador! - avançar mais um pouco com a arrumação/decoração da casa; - escrever! - (voltar a) jogar WoW, ler um ou dois livros, ver os filmes possíveis; - não me chatear muito com assuntos de trabalho (são férias, sim, mas...); - evitar pensar... no que é melhor não pensar;
"É tarde demais" - pensa para com os seus botões. "A uma semana da operação, a menos de uma semana, já não vai fazer efeito. A dor vai lá estar na mesma."
E de facto vai. O efeito da anestesia, ainda por cima tão diluída como está, vai ser praticamente nulo. Começou a ser administrada tarde demais. Uma semana ou duas antes, e talvez fizesse algum efeito, mas assim...
"Para quê adormecer, então? Ou fingir que adormeço? Porque não aproveitar acordado, bem vivo?" - a ideia surge-lhe tentadora. Muito tentadora.
Retirar do braço a agulha, o tubo, que gota a gota o adormece. Deitar pela sanita abaixo os comprimidos que o entorpecem. Remover a máscara que lhe dá o sono a respirar.
Podia fazê-lo. Apetece-lhe fazê-lo. Muito.
Mas sabe que não é só de dor que se trata. Que não é só sobre ele.
E assim sendo, vai resistindo à tentação. Na esperança vã de vir a não sentir...
"João, venha cá ao Pai." "Ó Maria, não ouviu o que a Mãe lhe disse?" "Diga lá à Mãe o que quer Martim!" "Fransica, tome conta da mana, que o Pai vai falar com a professora."
ARGH!!!
Onde é que eu me fui meter?! Pior: onde é que fomos meter o B?!
Talvez por teimosia, burrice, obstinação, ou outro qualquer adjectivo com menor carga depreciativa, a verdade é que não sou pessoa de desistir. Não me considero tal, pelo menos. Talvez até seja, e a minha auto-percepção esteja completamente desfocada (não havia de ser a primeira coisa em que o estava).
Mas daquilo que realmente quero, daquilo que quero mesmo, de corpo e alma (e coração?), não desisto. Não o sei fazer. É uma dificuldade minha, uma falha, um defeito, reconheço, não saber quando é hora de o fazer.
Faço meu o mote (vivo-o, mesmo) que li o outro dia no nick de alguém no Messenger (foi no teu, não foi?), que dizia qualquer coisa do género "never give up on something you can't go a day without thinking about".
É (sou) mesmo assim. Mas isto... é perverso, e causa um efeito de 'pescadinha de rabo na boca' dos diabos (cruz credo): se não desisto continuo a pensar, e se continuo a pensar não desisto, e por aí fora, ad eternum.
Ad nauseum, também, dirás tu, e não sem a tua pinga de razão.
Nestas coisas dos dito em inglês, no entanto, sempre preferi (porque sempre me intrigou mais) aquele que diz algo tão estranho como:
"Desiste enquanto és uma cabeça"
Este "Quit while you're a head", sempre me deixou muito confuso, porque nunca percebi muito bem, o que quereria dizer. Até hoje!
Hoje percebi, ao pensar no problema, e ao chegar novamente a esta questão, que é a minha tradução que está incorrecta - fruto de anos e anos sem aulas de Inglês - e que o que isto quer realmente dizer é:
"Desiste enquanto TENS cabeça"
Porque, de facto, é preciso ter cabeça para saber quando e como desistir. E não o fazendo a tempo e horas, corre-se o risco (sério!) de se perder a cabeça e nunca mais o conseguir fazer! Com todos os prejuízos para a saúde eventualmente inerentes a tal situação.
E usando a cabeça, pondo-a a funcionar verdadeiramente, fazendo-a falar mais alto que a 'bomba' que sempre me moveu, dou-me conta que, em certas coisas, não basta o meu querer, a minha força de vontade e a minha preserverança. Até porque nem fazem sentido assim.
Portanto, enquanto sou uma cabeça... atiro a toalha. Desisto.
Não do que quero. Mas de querer, e fazer por isso, sozinho.
A nova novela da TVI está aí, com uma Alexandra Lencastre que
"Entre A e B, ela prefere... ambos!"
E eu sem televisão para poder acompanhar esta temática tão real, e tão próxima, que é a das escolhas e decisões difíceis (ou não-escolhas e indecisões, conforme o caso).
Mesmo.
Mesmo real e próxima, isto é. E não 'tenho mesmo muita pena de não ver a nova novela da TVI'.
Tivesse nascido um ano mais cedo e já os teria casado o ano passado, fazendo 6 a 6 do 6. Que combinação... ok, ainda bem que nasceu quando nasceu :)
Meia-dúzia já lá vai. UAU!
Não pára de surpreender, esta maneira do tempo voar. E não há forma de nos habituarmos a isso. Eu, pelo menos, não me habituo. Ainda sou novo e tal, deve ser por isso. ;)
Só de pensar que daqui a outros tantos outros tantos já está a pedir as chaves do carro... Brrrr!
É o nome da rúbrica com que António Sérgio se estreou na RADAR, na passada 2ª Feira, 3 de Dezembro, a par do programa 'Viriato 25', no ar entre as 23h e a 01h.
Para quem não sabe, António Sérgio ("Som da frente", "A hora do Lobo", entre outros programas) é um dos nomes míticos da rádio (e da música), deste nosso cantinho à beira mar plantado, a quem muitos na(s) indústria(s) chamam de Mestre, e que foi recentemente 'dispensado' da Rádio Comercial.
Sorte a da Radar, que com este ingresso ajuda a consolidar a sua posição como uma das melhores rádios nacionais (embora na realidade se sintonize apenas em Lisboa e arredores, o que hoje em dia tem uma importância algo relativa dada a presença online).